II
- Bases da Ética Cristã
Como um princípio definido de vida, a ética
cristã repousa sobre bases igualmente definidas, como sejam: o Decálogo, os
profetas do Antigo Testamento, além de outros textos da Palavra de Deus.
O Decálogo
Os dez mandamentos foram
dados a Moisés no monte Sinai (Êx.20), foi o primeiro trado ético dado pelo
Senhor com o propósito de reger o comportamento do ser humano. O Decálogo
estabelece deveres do ser humano para com Deus, para consigo mesmo e para com o
próximo.
Os Profetas
Aos profetas, coube de
modo especial a responsabilidade de interpretar e popularizar o ensino da Lei.
Eles eram com um tipo de vigilantes, as atalaias que promoviam a vontade de
Deus para o desenvolvimento espiritual e social da nação. Eram responsáveis em
confirmar a fé dos humildes e tementes a Deus, e condenar a auto-suficiência
dos arrogantes e elevavam a fidelidade e justiça divina acima de todo e
qualquer padrão humano.
Novo Testamento
O
Novo testamento é rico em noções de ética e cidadania. O Senhor Jesus disse:
"Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar e aí te lembrares de que teu
irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai
e reconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem, e apresenta a tua
oferta" Mt. 5. 23-24. O texto aqui vai nos levar a viver bem com todas as
pessoas; pesar em nosso subconsciente as nossas ações, a fim de vivermos bem
com todas as pessoas. E é nas Epistolas que o Senhor Jesus deu entendimento aos
apóstolos, para ensinar como os membros deveriam viver sem ferir a ética
cristã. O apostolo Paulo ensinando aos irmãos de Colossos disse que os crentes
deveriam suportar e perdoar uns aos outros... Tem que gente "fere" a
ética, sem se preocupar, com a verdade
ou a mentira; quem já se despiu da velha natureza humana, não pode viver
preso nela (Cl.3.9;13). Lembremos que o ser humano sem Deus vive do jeito que
quer, e uma grande parte sem qualquer tipo de ética.
II - Conceitos Éticos para família
O lar
O lar é expressão física do casamento e da
família. Quando pensamos no lar, vem à mente, um homem, uma mulher, filhos,
casa, alimentos, e outros. O lar bem estruturado é fundamental para uma
sociedade melhor mais equilibrada, e principalmente uma Igreja mais abençoada,
com famílias bem fundamentadas. Uma família começa, quando um homem e uma
mulher se sentem atraídos um pelo outro.
O namoro
Quando o homem e a mulher
estão atraídos um pelo outro começam o namoro. O namoro é o meio pelo quais os
começam a conhecerem um ao outro, para futuramente formar uma família. Para a
sociedade que não esta compromissada com a Palavra de Deus, de um modo geral a
ética é colocada de lado; no namoro já tem relacionamento sexual e não há um
compromisso sério entre o casal.
·
O
namoro é um compromisso de caráter.
·
O
namoro é coisa séria.
·
O
namoro é coisa de gente adulta.
·
O
namoro deve envolver responsabilidade e respeito mútuo.
Como o namoro é o primeiro
passo dado por aquele que busca o parceiro ideal com quem vai viver o resto da
vida, é fundamental que ambos o rapaz e a moça somem, ao amor que os une,
responsabilidade e o respeito mútuo. E caso não dê certo este se namoro terminarão
sem ter maior um constrangimento.
O noivado
Há um
falso pensamento, que não se pode orar para a escolha do par ideal; porém é um
erro pensar deste jeito, se pedimos ao Senhor para nos ajudar nas outras
escolhas e decisões que fazemos, por que não pedir também a Deus por esta
escolha tão importante. Tem que ter cuidado para não prender-se há um jugo
desigual (2 Co 6.14).
·
Os
noivos precisam conhecer melhor as famílias que estarão fazendo parte após o
casamento. Caso haja alguma dúvida, deve ser esclarecida antes do casamento.
·
Separem
um tempo para a oração. Um encontro com Deus, a fim de que ele possa direcionar
suas vidas a uma união feliz. Deus sabe o que é melhor para os seus filhos.
Importa sua benção sobre o amor que os une, hoje e no futuro.
·
Já
consciente da aprovação divina, ambos buscarão seus pais, para acertarem então
o dia do noivado.
·
Os
pais aprovando este ato devem procurar o pastor da igreja, para comunicar esta
decisão, e como será feito o noivado.
·
No
entanto durante o noivado não é, para adiantar ás núpcias.
O casamento
Mesmo
sendo abençoado por Deus, o casamento não é um sacramento nem um mandamento
divino. De acordo com as Escrituras, e principalmente nas Epístolas Paulinas, o
casamento é uma escolha pessoal do indivíduo. Segundo o apóstolo Paulo, ideal
seria que o homem não se casasse; porém, por causa da impureza, o homem deve
ter a sua própria mulher e, cada mulher, o seu próprio marido (1 Co 7. 1,2). A
orientação portanto sobre o casamento é, deixará o homem e a mulher seus pais,
se unirá e formará uma nova família (Mt. 19.5).
Motivos para o casamento
Complemento Afetivo. Tudo que Deus fez foi bom,
mas quando Ele viu que Adão estava sentindo só, formou de uma de sua costela
uma linda mulher e deu a Adão, para que ele pudesse ser completado
afetivamente.
Procriação Legítima. Havendo Deus formado a
mulher, entregou ao homem e abençoou-os e disse: "... Sede fecundos
multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai". (Gn.1.28). Além de o
casamento ser um complemento afetivo, é também, o meio por onde as famílias crescessem
em expansão numérica.
União Abomináveis. Observe que Deus criou o
homem e a mulher; Deus não fez um terceiro sexo (homossexual), Deus criou macho
e fêmea, para que formassem a família. Em alguns lugares já esta sendo
oficializado o casamento dos homossexuais, mas esta união é uma afronta ao Deus
vivo.
Atividade Sexual Legítima.
Segunda a
Ética moral na família, a atividade sexual do homem e da mulher, restringe-se
somente recinto do casamento. Por isto, sob a influência do Cristianismo,
muitos povos adotam esta postura como norma ética, ainda que na prática, a
maioria sem Deus tenha este princípio ético com absoleto, "fora de
moda".
Os princípios básicos da
ética começam no seio da família. Cabe aos pais, ensinarem aos filhos como devem
proceder em meio à sociedade onde estão inseridos.
III - Ética na vida
Ministerial
O Obreiro Como Homem
De
princípio devemos ver no obreiro, alguém como qualquer pessoa. Alguém de carne
e osso, que espera ser compreendido, amado, e ajudado, fica alegre, triste,
fica cansado exausto após um dia de atividades. É marido, pai; como os demais
homens têm virtudes, e está sujeito também ao fracasso.
Observaremos
a seguir alguns pontos éticos e pessoais que o obreiro precisa ter cuidados.
1. Estar sempre na
dependência e proteção divina. É o fraco sendo fortalecido no Forte. E só assim
é possível estar seguro e permanecer em pé no dia da adversidade.
2. Oração e vigilância é a
marca para o obreiro não cair em tentação. Porém alguns pensando ser forte negligenciam
e desfalecem na chamada. E ficam vulneráveis aos dardos inflamados do maligno.
3. Poucas áreas da vida do
obreiro carecem de cuidados, como contato excessivo com o sexo oposto.
4. O temperamento é a marca
registrada de todo ser humano e distingue uns dos outros. É parte inseparável
da personalidade humana, desde o seu nascimento até a sua morte. O obreiro deve
sob a orientação do Espírito Santo, controlar o seu temperamento, para não
colocar em cheque a sua chamada espiritual.
5. Controlar a língua, para
que não venha falar tudo que vier à mente. Quem fala o que quer, pode ouvir o
que não quer. O mau uso da língua pode trazer conseqüências desastrosas.
O Obreiro e Seus Colegas de Ministério
O
sucesso ministerial do obreiro cristão é resultante duma série de fatores. Não
há como mencionar aqui sua totalidade, porém enfatizaremos a necessidade de o
obreiro valorizar os seus colegas de ministério.
O Obreiro e a Ética com Seus Cooperadores
1. Trate bem os seus obreiros
cooperadores, na qualidade de co-participante das responsabilidades do
ministério que Deus lhe confiou.
2. Nunca tomar decisões que
venha afetar a Igreja e ao interesse da obra de Deus, sem prévio entendimento
com seus cooperadores. É de suma importância que os prós e os contras sejam
avaliados por todos.
3. Não force os seus
cooperadores a aceitarem suas decisões só porque estas lhe pareçam melhores. É
bom ouvi-los e considerar suas decisões.
4. Não manipule as idéias dos
outros, eles como você não gostam de ser levado a fazer alguma coisa sobre
pressão.
5. Evite liderar por
"ordem", se quiser continuar gozando da simpatia dos seus
cooperadores.
6. Use a ética no púlpito,
não trate mal um dos seus cooperadores. Quando precisar repreender alguém,
chame à parte; persistindo o erro chame dois ou três obreiros. Se persistir
devido o abuso, aí cabe levar ao conhecimento de toda a congregação.
7. Caso por descuido trate
alguém mal no púlpito, seja humilde para retratar-se também publicamente.
8. Reconheça o trabalho que cada
esta desenvolvendo, não centralize todo o trabalho em você. O trabalho do
ministério não é de um, mas de todos.
Não faça críticas
destrutivas e nem permita que qualquer outra pessoa o faça, sobre um seu colega
de ministério. Aborreceu-se contra algum colega de ministério, procure resolver
a questão pessoalmente. Mostre-se disposto para ajudar colegas que estejam
sofrendo algum tipo de problema em suas Igrejas.
Quando convidar alguém para cooperar consigo, faça o possível
para que ele sinta-se bem, hospede-o da melhor maneira que puder. Se tiver despesas
com passagem, cubra; sempre quando possível ao trazer um amigo de ministério de
uma oferta extra.
Evite a fama de briguento,
grosso mal-educado e intransigente com os seus colegas. Antes de julgar a ação
dos outros pergunte a si mesmo: O que eu teria feito estando em seu lugar?
Oficiando Atos Eclesiásticos
O obreiro precisa ter uma atenção especial, quando
for realizar um ato eclesiástico. Deve ter uma palavra específica para cada
momento, se é uma cerimônia fúnebre, use o texto bíblico que traga conforto aos
familiares. Uma vez eu ouvi dizer que um irmão, num jantar de casais, leu sobre
o endemoniado de gadareno... Não tinha nada a ver com o assunto do momento.
Visitando uma pessoa enferma, não diga que ela já esta "mais pra lá do que
pra cá". Estes exemplos são para alertar aos irmãos acerca de como proceder
diante das mais variadas tarefas que desenvolve o obreiro.
Princípios Básicos de Etiqueta e Higiene e
Linguagem
Além dos cuidados que o
obreiro deve ter quanto a sua comunhão com Deus e o seu ministério, ele deve
ter também cuidados especiais com a sua maneira de ser e de agir em outras
áreas da vida, com, por exemplo, a sua maneira de vestir e a sua higiene
pessoal.
Cuidado no trato
Há
obreiros que em um guarda-roupa mais sortidos, têm condições de variar seus
trajes. Outros, porém que são menos favorecidos nesta questão, e não pode
variar muito o seu modo de vestir. Mesmo não tendo muito recurso, não justifica
o obreiro andar mal arrumado ou sujo todo desconjuntado.
O obreiro precisa ter em
mente, que ele é um representante legal de Deus na terra, e por isso deve ter o
cuidado de trajar como um verdadeiro cidadão do céu. O modo como o obreiro
traja vai depender da região onde ele vive. Alguns pontos a considerar:
1. Trazer calçados sempre bem
limpos;
2. Ter a roupa sempre limpa,
bem passada, sem falta de botões ou descosturados;
3. Combinar as cores da roupa
que vai usar, a começar da gravata;
4. Deve ter os cabelos
aparados e bem penteados, sempre;
5. Ter o rosto sempre
barbeado;
6. Ter as unhas bem aparadas
e limpas;
7. Cuidar da higiene bucal
escovando-os dos dentes, e sempre que possível procurar o dentista.
Outro cuidado que obreiro
deve ter é com a linguagem, na Bíblia está escrito:" Procura apresentar-te
a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar, que maneja bem
a palavra da verdade" (2 Tm. 2.15).
Tomando como base este versículo,
vamos falar de modo sucinto, sobre a necessidade de o obreiro equilibrar a sua
linguagem. O uso correto da linguagem é muito importante porque quem usa o púlpito
esta formando opinião e se não falarmos de modo coerente à palavra de Deus,
podemos atrapalhar o crescimento das outras pessoas. Sabemos que nem todos têm
uma formação acadêmica, mas nem por isso vamos relaxar com o nosso vocabulário.
Tem ótimos dicionários da língua portuguesa que pode auxiliar o obreiro na
melhoria do seu vocabulário, também há bons dicionários bíblicos que pode
ajudar o irmão na pregação do Evangelho, e os bons livros pode ajudar o
desenvolvimento intelectual das pessoas. Se o obreiro tiver um bom conhecimento
da palavra de Deus, não precisará ocupar o seu tempo com palavras incabíveis
para o momento. São comuns algumas pessoas usarem o púlpito para "alguns
desabafos", enquanto na realidade o altar do Senhor é para trazer benção à
vida das pessoas. Não podemos falar mal de ninguém no altar do Senhor,
entretanto algumas pessoas costumam dizer que "Eu falo mesmo", e não
se importa com quem esta ouvindo. A Ética serve para conservar a moral das
outras pessoas; a ainda que a pessoa esteja errada, não é bom usar o seu nome,
sem que a mesma esteja presente, e tenha direito de resposta. Tem assuntos que
podem ser administrados além do púlpito, e trazido a resposta ao povo com o
caso já resolvido. Cuidado com as palavras, porque ela tem o poder de abençoar,
ou amaldiçoar aqueles que estão ouvindo.
Conclusão:
Chegamos ao final deste
estudo, e espero que cada um dos queridos irmãos, tenham tirado algum proveito
dele e lembrando que a ética é
fundamental para o crescimento espiritual de cada um de nós.
Bibliografia
Oliveira, Raimundo Ferreira de, Ética Cristã: A
vida no dia a dia EETAD 2003.