Lição 12: Da Circuncisão e dos Alimentos Sacrificados a Ídolos | EBD – Jovens | 2° Trimestre De 2021
EBD | 2° Trimestre De
2021 | CPAD – Jovens | Tema: O
Cuidado de Deus com o Corpo de Cristo – Lições da Carta do
Apóstolo Paulo aos
Coríntios para os nossos Dias | Lição 12: Da Circuncisão e dos
Alimentos Sacrificados a Ídolos
OBJETIVOS
Mostrar uma circuncisão no Antigo Testamento
Conhecer a circuncisão e o cristianismo
Saber a respeito dos alimentos sacrificados aos Ídolos em
Corinto
TEXTO DO DIA
“Ora, no tocante às coisas sacrificadas aos Ídolos,
sabendo que todos temos ciência. A ciência incha mas o amor edifica.” (1
Co 8.1)
SÍNTESE
O que salva o ser humano não são hipóteses
religiosas, mas a fé no sacrifício Vicário de Cristo Jesus
AGENDA DE LEITURA
Segunda – Lv 12.1-3 Deus ordena a circuncisão no Antigo
Testamento
Terça – Dt 10.16 A circuncisão que agrada a Deus
Quarta – Jr 4.4 A circuncisão do coração
Quinta – At 15.29 “Que vos abstenhais das coisas
sacrificadas aos ídolos”
Sexta – 1 Co 8.9 Que não venhamos escandalizar ninguém
Sábado – 1Co 8.4 Só há um Deus
INTERAÇÃO
Professor(a), na lição de hoje estudaremos
a respeito da ilustração que Paulo fez sobre a circuncisão e os alimentos
sacrificados aos Ídolos. Tudo indica que alguns crentes estavam dando
judaizantes, que desejavam que o novo convertido se tornasse primeiro judeu,
tendo que se circuncidar. Então Paulo os ensina que o ser humano algum jamais
será salvo por intermédio dos rituais religiosos, principalmente a circuncisão.
Só há salvação mediante a fé no sacrifício de Carlos de Jesus Cristo.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado(a) professor(a), uma das agências da lição
deste domingo é a circuncisão. Por isso, sugerimos que para a aula de hoje,
você faça uma mesa redonda com seus alunos e debata a seguinte questão: ”
Abraão foi justificado diante de Deus pelas obras ou por sua fé?”. Concluía o
debate mostrando que Abraão não tinha porque se gloriar diante de Deus por seus
feitos, pois a palavra de Deus nos diz: ” creio Abraão em Deus e isso lhe foi
imputado como Justiça”. Em quem ele creu? Na promessa de Deus de Gênesis 15.5.
O homem não será justificado diante de Deus por algum tipo de rito, mas
unicamente mediante a fé em Cristo (Rm
4.1-8).
TEXTO BÍBLICO
1 Coríntios 7.18,19
18- É alguém chamado, estando circuncidado? Fique
circuncidado, É alguém chamado, estando incircuncidado? Não se
circuncide.
19- A circuncisão é nada, e a incircuncisão nada é,
mas, sim, a observância dos mandamentos de Deus.
1 Coríntios 8.2-5
2- E, se alguém cuida saber alguma coisa, ainda não
sabe como convém saber.
3- Mas, se alguém ama a Deus, esse é conhecido
dele.
4- Assim que, quanto ao comer das coisas
sacrificadas aos ídolos, sabemos que o ídolo nada é no mundo e que não há outro
Deus, senão um só.
5- Porque, ainda que haja também alguns que se
chamem deuses, quer no céu quer na terra (como há muitos deuses e muitos
senhores).
INTRODUÇÃO
Na igreja em Corinto havia alguns judeus
convertidos em Jesus Cristo. Alguns deles eram influentes e não tinham ainda
regras e costumes do judaísmo. Muitos desses costumes contrariavam a mensagem
do Evangelho. Por isso, o embate entre os judeus convertidos a Jesus e o
apóstolo Paulo foi constante durante todo o seu ministério. Na lição desta
semana veremos dois assuntos que se destacam entre os Coríntios que haviam
deixado judaísmo: a circuncisão e os alimentos sacrificados aos Ídolos.
I – A CIRCUNCISÃO NO ANTIGO TESTAMENTO
1. A circuncisão teve sua origem em Abraão. A circuncisão é a remoção do
prepúcio, uma pele que cobre o órgão sexual masculino. Deus estabeleceu a
circuncisão como um sinal para sua aliança com o patriarca Abraão. O Senhor prometeu
que faria de Abraão uma grande nação (Gn 12.1-3; 17.2,10-14). A partir dele,
todos os seus descendentes, do sexo masculino, deveriam fazer a circuncisão
como um sinal externo e visível da aliança com Deus. O ritual da circuncisão
deveria ser realizado no oitavo dia de vida e simbolizava a inserção do
indivíduo no povo eleito pelo Senhor, segundo a promessa feita a Abraão.
A desobediência a essa ordenança divina resultaria
na expulsão da comunidade, e isso poderia significar vagar pelo deserto, ser
transformado em escravo e até mesmo morrer. A circuncisão também tinha uma
função em relação à saúde do homem e da mulher, considerando as condições de
vida dentro de um ambiente nômade, como a de Abraão e seus descendentes.
2. A circuncisão passou a ser um ritual obrigatório
na Lei de Moisés. A
prática da circuncisão, iniciada por Abraão, com o tempo passou a ser um
requisito obrigatório na Lei Mosaica (Lv
12.2,3). A não observância dessa regra poderia ser punida com a
morte. Sua importância também era evidenciada com a obrigatoriedade de ser
feita no oitavo dia, mesmo que coincidisse com o dia de sábado. No Novo
Testamento, Paulo mostra aos coríntios a importância da “circuncisão
espiritual”, alcançada mediante a fé em Jesus Cristo. Todavia, o Pentateuco (Dt 10.16; 30.6) e os
profetas do Antigo Testamento, com o em Jeremias, já davam destaque a
circuncisão do coração, não feita pela mão do homem (Jr 44; Jr 9.25).
3. A lei e a circuncisão não libertaram o povo
judeu da escravidão do pecado. Os judeus se achavam superiores aos gentios por
serem herdeiros da promessa feita por Deus a Abraão e por serem os receptores
da Lei. Eles mantinham sua identidade e exclusivismo por meio do ritual da
circuncisão, que apenas aumentava mais a arrogância e a hipocrisia. Eles
buscavam a Deus, mas de maneira equivocada. Os rituais e as práticas de
purificação e pretensa santificação não foram suficientes para alcançarem a tão
sonhada justificação diante de Deus. A justificação do homem se dá mediante a
fé no Filho de Deus.
II – A CIRCUNCISÃO E O CRISTIANISMO
1 .O concílio de Jerusalém deliberou a respeito da
questão da circuncisão. A expansão do Evangelho para os territórios
gentílicos por meio da evangelização fez com que muitos conflitos com relação à
circuncisão surgissem. O assunto se tornou tão incômodo que por volta dos anos
50 d. C. foi realizado um concílio em Jerusalém com a participação de
Paulo, Barnabé e alguns apoiadores da igreja
em Antioquia, juntamente com os apóstolos e anciãos da igreja em Jerusalém (At
15.1-29; G l 2.1-10).
O concílio teve como principal atribuição definir o
que deveria ser observado pelos cristãos gentílicos e quais seriam as práticas
exclusivas dos judeus. A decisão foi de que a circuncisão seria observada
somente pelos judeus. Todavia, infelizmente o concílio
não extinguiu os conflitos entre os judeus convertidos e os cristãos
gentílicos.
2. Na igreja em Corinto não se deveria fazer
distinção entre circuncisos e incircuncisos (1 Co 7.18). Paulo demonstra em algumas de
suas cartas, em especial em Romanos, que Abraão não
foi justificado por meio da circuncisão, mas sim pela sua fé no Todo-Poderoso.
Ele afirma que tanto os judeus quanto os cristãos são descendentes espirituais
de Abraão. Então, aos coríntios ele orienta: Quem está circuncidado, continue
circuncidado; quem não está circuncidado, continue incircunciso. Ele deixa bem
claro que a circuncisão é apenas um sinal externo para os judeus e não implica
diretamente a salvação.
3. A verdadeira circuncisão é a do coração. Os judeus ensinavam, mas não
praticavam a Lei. Portanto, de nada valeria um sinal externo se as práticas não
condiziam com o que ensinavam. Paulo afirma que a verdadeira circuncisão é a
que ocorre no interior do ser humano, em seu coração, que só pode ser realizada
pelo Senhor (Rm 2.25-29). Entretanto, isso não significa que o exterior não é
importante, mas sim que a verdadeira transformação deve acontecer de dentro
para fora.
Segue o Vídeo Adicional da Lição👇
III – ALIMENTOS SACRIFICADOS AOS ÍDOLOS
1. Os “açougues” em Corinto nos dias de Paulo. No
primeiro século, os mercados da cidade de Corinto vendiam as sobras das carnes
dos animais que eram sacrificados aos ídolos nos templos pagãos. Comprar nesses
açougues era uma rotina normal na cidade, não era problema para os seus
habitantes, com exceção da comunidade judaica. Naquela época aconteciam também
algumas festas nos pátios dos templos dos ídolos dos quais todas as pessoas
podiam participar livremente (8.10). Em Corinto, para uma grande maioria, essa
era praticamente quase a única oportunidade de comer carne.
2. Comprar carne sacrificada aos ídolos? Com a chegada do Evangelho na
cidade de Corinto, as práticas idólatras, como a compra de carne que foi
sacrificada aos ídolos e que eram vendidas nos açougues, começou a gerar
conflitos entre os crentes. Alguns membros continuaram comprando esses açougues
e comendo essas carnes sem preocupação, enquanto outros, influenciados pela
crença judaica que tinha certa influência nas comunidades cristãs, deixaram de
comprar desses açougues por serem carnes sacrificadas aos ídolos.
Comer alimentos sacrificados aos ídolos também foi
um dos principais assuntos, junto com a circuncisão, na assembleia que
aconteceu em Jerusalém (At 15.22-29). Para os
cristãos de origem judaica, comer carne sacrificada aos ídolos era ser
semelhante ao que fazia os sacrifícios. Essa foi uma das questões levadas pelos
irmãos até Paulo, solicitando a orientação dele a
respeito de como deveriam proceder.
3. Orientações e conselhos a respeito de alimentos
sacrificados aos ídolos. Paulo traz duas orientações importantes aos crentes de Corinto
quanto às coisas sacrificadas aos ídolos: A primeira orientação era para os
crentes mais maduros e que não acreditavam em outros deuses além do único Deus
Criador. Para estes ele recomenda que continuem no mesmo procedimento de
sempre: Vá e compre o que tiver no mercado (8.4-6). A segunda orientação é para
aqueles crentes mais fracos, que acreditam em um único Deus, mas na prática
temem os falsos deuses.
Porém, o mais importante é o fato de que Paulo
recomenda que a nossa “liberdade não seja de alguma maneira escândalo para os
fracos” (v.g). Ele é bem enfático ao afirmar: “Pelo que, se o manjar
escandalizar a meu irmão, nunca mais comerá carne, para que meu irmão não se
escandalize”. Os crentes maduros deveriam evitar comer a carne oferecida aos
ídolos se isso fosse prejudicar de alguma forma a fé, a consciência dos irmãos
mais fracos.
SUBSÍDIO 1
“Paulo reconheceu que nem todos os cristãos tinham
alcançado um estágio de conhecimento intelectual ou de vigor espiritual que
permitisse, sem ofender a si próprios, assistir a uma festa impregnada de uma
atmosfera idólatra. Quando essas pessoas se tornaram cristãs elas aceitaram o
Deus da fé cristã como o único Deus. Mas esse conceito era limitado. Um
estudioso escreveu: ‘Este conceito monoteísta que todos possuíam… ainda
não havia desabrochado na consciência de todos em sua plenitude.
Alguns talvez ainda guardassem dentro de si
remanescentes de sua antiga superstição, e tivessem medo do poder dos ídolos.
Tais pessoas não iriam considerar os ídolos iguais a Deus, mas ‘seres
intermediários, anjos bons ou maus, e era melhor procurar o seu favor ou evitar
a sua ira.’ Dessa maneira, havia alguns que comiam… no seu costume para com o
ídolo: ‘havia algo que, em tais pessoas, sobreviveu à sua conversão’. Não tendo
ainda amadurecido a ponto de chegar a uma completa rejeição da realidade dos
falsos deuses. Esses cristãos iriam sentir uma sensação de culpa de comessem a
carne oferecida aos ídolos” (Comentário Bíblico Beacon. Vol. 8.
Rio de Janeiro, CPAD, 2006, p. 309).
SUBSÍDIO 2
“No capítulo 8, o apóstolo Paulo responde a mais
uma pergunta dos coríntios, referente ao consumo de carne oferecida aos ídolos.
Antes da sua conversão, muitos crentes em Corinto eram pagãos, adoravam ídolos
e sacrificavam animais aos deuses. Nesses sacrifícios, juravam sua devoção às
respectivas deidades, invocavam a bênção dos deuses representados pelos ídolos
e se comunicavam com as forças diabólicas, enquanto comiam uma parte da carne sacrificada
(1 Co 10.18). Tudo isso era um ato de louvor pagão.
O restante da carne era consumida pelos sacerdotes
ou vendida no mercado. Após a sua conversão os crentes coríntios desejavam
saber se ainda seria lícito comer daquela carne oferecida aos Ídolos ou se
deviam se abster de tal consumo” (HOOVER, Thomas Reginald. Comentário
Bíblico 1 e 2 Coríntios Rio de Janeiro, CPAD,
1999, p. 64).
CONCLUSÃO
Na lição de hoje vimos que há vários conflitos
entre os convertidos de Jesus Cristo e os crentes Gentios de Coríntios. Quanto
à circuncisão, Paulo é bem claro em suas orientações: cada um fique como
está, pois a circuncisão Não faça de um ritual externo com significado para os
judeus. Quanto à carne sacrificada a Ídolos, ele esclarece que os Ídolos nada
são e que só existe um Deus, mas para evitar conflitos entre os irmãos, não se
comece a carne sacrificada e que eram vendidas no mercado da cidade.
HORA DA REVISÃO
1. Segundo a lição a circuncisão começou com qual
patriarca? A
circuncisão teve sua origem em Abraão
2. O que é circuncisão? A circuncisão é a remoção
do prepúcio, uma pele que cobre o órgão sexual masculino.
3. Quando deveria ser realizado o ritual da
circuncisão? O
ritual da circuncisão deveria ser realizado no oitavo dia de vida e simbolizava
a inserção do indivíduo no povo eleito pelo Senhor, segundo a promessa feita a
Abraão.
4. O que a assembleia de Jerusalém deliberou a
respeito da circuncisão? A decisão foi de que a circuncisão seria observada
somente pelos judeus.
5. O que a Assembleia de Jerusalém deliberou a
respeito das coisas sacrificadas a Ídolos? Que os crentes deveriam evitar os alimentos
sacrificados aos ídolos.
EBD | 2° Trimestre De
2021 | CPAD – Jovens | Tema: O
Cuidado de Deus com o Corpo de Cristo – Lições da Carta do
Apóstolo Paulo aos
Coríntios para os nossos Dias | Lição 12: Da Circuncisão e dos Alimentos
Sacrificados a Ídolos
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