Lição 04: Dons de Poder | 2°
Trimestre De 2021 | EBD
EBD | 2°
Trimestre De 2021 | CPAD – Adultos – Tema:
Dons Espirituais e
Ministeriais – Servindo à Deus e aos Homens com Poder Extraordinário |
Lição 04: Dons de Poder
OBJETIVO GERAL
Examinar os dons de poder.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que
o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao
tópico I com os seus respectivos sub tópicos.
I –
Definir o
que significa o dom da fé;
II – O Evidenciar biblicamente os dons de curar;
III – Discorrer a respeito do dom de maravilhas.
Tento Áureo
“A minha palavra e a minha pregação não consistiram
em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e
de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no
poder de Deus.” (1 Co 2.4,5)
Verdade Prática
Os dons de poder são capacitações especiais em
situações que demandam a ação sobrenatural do Espírito Santo na vida do crente.
LEITURA DIARIA – 1 Coríntios 12.4,9-11
4 – Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é
o mesmo.
9 – e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons
de curar;
10 – e a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a
outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro,
a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas.
11 – Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo
particularmente a cada um como quer.
HINOS SUGERIDOS: 5, 30,107 da Harpa Cristã
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado professor, na lição
de hoje estudaremos os dons de poder. Aquele que concede os dons é imutável e deseja que a
sua Igreja continue
a manifestar o Evangelho com
poder e graça. Todavia, sabemos que o Todo-Poderoso distribui os dons de poder
quando os seus servos tem como prioridade servir ao próximo.
Sua prioridade tem sido servir a Deus e ao próximo?
Segundo Stanley Norton à medida que formos ativos em alcançar o mundo,
tornamo-nos vasos que podem ser usados pelo Senhor. Busque com zelo os dons de
poder, pois eles são indispensáveis a igreja atual.
PONTO
CENTRAL
Os dons
de poder servem para confirmar uma mensagem de poder.
INTRODUÇÃO
O ministério terreno de Jesus foi marcado por
inúmeros milagres, principalmente curas. A história eclesiástica comprova que a
Igreja do primeiro século também operou maravilhas no poder do Espírito Santo.
Entre os primeiros cristãos sobejavam os dons de poder. Se Jesus não mudou e os
dons espirituais são para a Igreja de hoje, por que atualmente não vemos as
manifestações dos dons de
poder em nosso ambiente com mais frequência? Será, falta de conhecimento a
respeito do assunto? Ou será por causa do mau uso que alguns fazem das dádivas
divinas? Nesta lição estudaremos a respeito dos dons de poder. Veremos como
eles são necessários à vida da igreja. Se você deseja recebê-los e usá-los para
a glória do nome do Senhor, proporcionando a edificação da igreja, busque-os
com fé em oração.
1 – O DOM DA FÉ (1 Co 12.9)
1. O que significa fé? Na Epístola aos Hebreus
lemos que “a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das
coisas que se não veem” (11.1). Essa é a definição bíblica sobre a fé, pois
mostra a total confiança e dependência em Deus. Aprendemos com o texto do
capítulo 11 de Hebreus,
conhecido como a “galeria dos heróis da fé”, que Deus é poderoso para fazer todas
as coisas, sendo a nossa fé em Deus, fundamental para as operações divinas
entre os homens.
2. A fé como dom. É distinta daquela que recebemos por
ocasião da nossa conversão: a fé salvífica (Rm 10.17; Ef 2.8). Igualmente, se
distingue da fé evidenciada como fruto do Espírito (Gl 5.22). O dom da fé é a
capacidade que o Espírito Santo concede ao crente para este realizar coisas que
transcendem à esfera natural da vida, objetivando sempre a edificação da
igreja. De acordo com o teólogo Stanley Horton, esse dom “é uma fé milagrosa
para uma situação ou oportunidade especial”.
3. Exemplo bíblico do dom da fé. Quando guiou o povo de
Israel na saída do Egito e se aproximou do Mar Vermelho, já na iminência de ser
destruído por Faraó, Moisés disse: “Não temais; estai quietos e vede o
Livramento do Senhor, que hoje vos fará; porque aos egípcios, que hoje vistes,
nunca mais vereis para sempre. O Senhor pelejará por vós, e vos calareis” (Êx
14.13,14). Moisés “viu” pela fé o livramento do Senhor antes de o fato acontecer.
Esta é uma boa amostra bíblica do exercício do dom da fé.
SÍNTESE DO TÓPICO I
O Espírito Santo concede aos crentes o dom da fé
para que ele possa realizar coisas que transcendem à esfera natural, visando à
edificação da igreja.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Professor, para introduzir a lição,
indague: “O que é fé?” “Que diferença há entre fé salvífica e o dom da fé?”
Faça as perguntas diretamente aos alunos, individualmente. O objetivo é avaliar
o conhecimento dos alunos a respeito
do tema. Depois de ouvi-los escreva no quadro o esquema abaixo e discuta-o com
a turma.
Fé = “Firme fundamento
das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem” (Hb 11.1). Fé
salvífica = “Proveniente da proclamação do Evangelho, esta fé leva-nos
a receber a Cristo como Salvador”. Dom da fé = “Capacidade que o
Espírito Santo concede ao crente para este realizar coisas que transcendem à
vida natural”. É muito importante distinguir essas expressões uma das outras, a
fim de que haja um perfeito entendimento.
II – DONS DE CURAR (1 Co 12.9)
sua vontade, sabedoria e no momento certo. No Antigo Testamento, o
Todo-Poderoso se manifestou ao povo de Israel como “Jeová Rafá” O Senhor que
sara (Êx 15.26; Sl 103.3) A concessão desses dons à Igreja
deve-se à necessidade de o Evangelho ser anunciado como uma mensagem poderosa
ao não crente, que outrora não tinha fé, mas que agora passou a crer no
Evangelho, arrependendo-se dos seus pecados (Mc16.17,18; At 3.11-26; 4.23-31).
2. A redenção e as curas. Apesar de o crente ser
redimido pelo Senhor através da obra expiatória efetuada por Jesus na cruz do
Calvário, ele (o crente) ainda aguarda a redenção do seu próprio corpo. Quando
o apóstolo Paulo tratou dos males que afligem à criação como resultado do
pecado da humanidade, escreveu que “não só ela, mas nós mesmos, que temos as
primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a
saber, a redenção do nosso corpo” (Rm 8.23). Enquanto não recebermos o novo
corpo imortal e incorruptível estaremos sujeitos a toda sorte de doenças.
3. A necessidade desses dons. Os dons de curar são
necessários à igreja da atualidade. Num mundo incrédulo, em que a medicina se
desenvolve rapidamente, o ser humano pensa que pode superar a Deus. A
humanidade precisa compreender a sua limitação e convencer-se da sublime realidade
de um Deus Todo-Poderoso que, em sua misericórdia e amor, concede sabedoria a
homens e mulheres para multiplicar o conhecimento da medicina visando o
bem-estar de todos. Quanto aos dons de curas, são manifestações de poder sobrenatural
que o Espírito Santo colocou à disposição da Igreja de Cristo para que a
humanidade reconheça que Deus tem o poder de sanar todas as doenças.
SÍNTESE DO TÓPICO II
Existe uma variedade de manifestações do dom de
curas. Sua concessão à igreja deve-se ao fato de que Deus quer dar saúde a seu
povo.
VÍDEO ADICIONAL DA LIÇÃO AQUI👇
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Dons de Curas. No grego, as
palavras dons e curas estão no plural. Alguns entendem que isso significa que
há uma variedade de formas desse dom. Entre os que pensam assim, há quem
entenda que certas pessoas têm um dom de curar um tipo de doença ou
enfermidade, ao passo que outros curam outro tipo. Filipe, por exemplo, foi
especialmente usado para curar os paralíticos e os coxos (At 8.7).
Outros, ainda, entendem que Deus dá a
uma pessoa um dom na forma de um suprimento de curas numa ocasião específica,
ao passo que outro suprimento é dado em outra ocasião, talvez a outra pessoa,
mas provavelmente no
ministério do evangelista. Ainda outros entendem que toda cura é um dom
especial, isto é, o dom é para o enfermo que tem a necessidade.
Logo, segundo esse ponto de vista, o
Espírito Santo não torna os homens curadores. Pelo contrário, Ele providencia
um novo ministério de cura para cada necessidade, à medida que ela surge na
Igreja. Por exemplo, a virtude (poder)
que flui para dentro do corpo da mulher com o fluxo de sangue trouxe para ela
um gracioso dom de cura (Mt 9.20-22).
Atos 3.6 diz, literalmente: ’O que
tenho, isso te dou’. Isso está no singular e indica um dom específico dado a
Pedro para este dar ao coxo. Não parece significar que tinha um reservatório de
dons de curas dentro de si, mas um novo dom para cada enfermo a quem
ministrava” (HORTON, Stanley M. A Doutrina do Espírito Santo no Antigo e Novo
Testamento. 12.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.297).
III – O DOM DE OPERAÇÃO DE MARAVILHAS
(1 Co 12.10)
1. O dom de operação de maravilhas. Este dom realiza obras
extraordinárias além do poder humano. O dom de operação de maravilhas altera a
ordem natural das coisas consideradas impossíveis e impensáveis.
2. Exemplos bíblicos. O ministério terreno de Jesus foi
marcado por operações de maravilhas. O Bom Mestre repreendeu o vento e o mar, e
estes Logo se aquietaram (Mt 8.23-27). O nosso Senhor atestou por muitas vezes
o seu poder sobre a natureza criada para sua glória (Jo
1.3). Podemos destacar outros exemplos de operação de maravilhas no ministério
de Jesus:
a ressurreição do
filho da viúva de Naim (Lc 7.11-17); a ressurreição da filha de Jairo (Mc
5.21-43); a ressurreição de Lázaro, morto havia 4 dias (Jo 11.1-45).
Nosso Senhor tem todo o poder sobre a morte, pois para
Ele “nada é impossível” (Lc 1.37). Nosso Deus não mudou. O Pai
Celestial deu dons a sua igreja a fim de que ela atue no mundo moderno com
poder e graça.
3. Distorções no uso dos dons de curar e de
operação de maravilhas. O cristão não tem autorização divina para “determinar”, “decretar”
ou “exigir” a cura dos enfermos. A nossa relação com Deus não se dá em forma de
barganha. Quem somos nós para exigir de Deus alguma coisa? Somos seres humanos
limitados! Se não fosse a graça e a misericórdia de Deus, o que seria de nós?
Como discípulos de Cristo, devemos rogar ao Pai,
buscando-o de todo o nosso coração para curar os doentes, pois a Palavra de
Deus recomenda que oremos pelos enfermos (Tg 5.14). A oração do justo pode
muito em seus efeitos (Tg 5.16),
e independe de se ter o dom ou não. Jesus nos ensinou que em seu nome
deveríamos impor as mãos sobre os enfermos para que eles sejam curados (Mc 16.18).
Nossa responsabilidade é orar pedindo a cura. Quem
sara o enfermo, de acordo com a sua soberana vontade, é Deus. O crente que
impõe as mãos sobre o enfermo não pode ser tratado como um ídolo na igreja,
principalmente se o enfermo for curado. Nem podemos imaginar que porque
aconteceu o milagre aquela vez, sempre haverá outros milagres.
Que o Altíssimo tenha misericórdia e proteja-nos dessa pretensão!
Quem opera os sinais e as maravilhas é o Senhor, não o homem. Toda ação
decorrente dos dons vem do Espírito Santo e, por isso, não podemos agendar dias
nem marcar horários para sua operação. Façamos a obra de Deus com honestidade e
decência!
SÍNTESE DO TÓPICO III
O cristão não tem autorização divina para “determinar”,
“decretar” ou “exigir” a cura dos enfermos.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Diferença entre dom de fé e a
operação de milagres A operação do dom de fé tem algo de semelhante ao dom de operação de
milagres, mas esses dons se distinguem pelo fato de o dom de fé operar sem que,
às vezes, seja visto seu efeito instantâneo, enquanto a operação de milagres
tem efeito imediato. Quando Jesus se aproximou da figueira sem fruto, disse:
‘Nunca mais coma alguém fruto de ti. E seus discípulos ouviram isto’ (Mc
11.14).
Os discípulos simplesmente ouviram as
palavras de Jesus. Parecia que nada havia acontecido. Entretanto, ‘passando
eles pela manhã, viram que a figueira secara desde a raiz’ (Mc 11.20). Enquanto o dom de operação de
milagres tem
ação instantânea, o dom de fé opera com os mesmos resultados, embora não seja
de modo tão espetacular.
De certa maneira a fé sobrenatural é
acessível a quase todos os crentes na igreja, e pela fé tudo podemos conseguir,
pois ‘tudo é possível ao que crê'” (SOUZA, Estêvam Ângelo de. Nos Domínios do
Espírito. 2. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1987, p.185).
CONCLUSÃO
Deus pode conceder a seus servos o dom da fé, dons
de curar e o de operação de milagres, mas sempre de acordo com a sua vontade e
graça. Lembre-se de que os dons de poder contribuem para legitimar a pregação
do Evangelho. Infelizmente, há pessoas que querem utilizar essas dádivas para
obterem lucros financeiros e enriquecimento pessoal. Isto envergonha o nome de
Jesus e mancha a idoneidade
da Igreja na sociedade.
Quem procede desta forma está, suscetível ao juízo de Deus, que virá no tempo
próprio. Que nós, a Igreja, o povo do Senhor, façamos uso dos dons de poder
para propagar o Evangelho de nosso Senhor e glorificar o nome do Pai no poder
do Espírito Santo!
PARA REFLETIR
A respeito de “Dons de Poder”, responda:
1 -
Defina fé segundo Hebreus 11.1.
”A fé é o
firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não
veem” (Hb 11.1).
2 - O que
é o dom da fé?
É a
capacidade que o Espírito Santo concede ao crente para este realizar coisas que
transcendem à esfera natural da vida.
3 - O que
são dons de curar?
Recursos
de caráter sobrenatural para atuarem na cura de qualquer tipo de enfermidade
4 - O que
faz o dom de maravilhas?
A
operação de maravilhas realiza obras extraordinárias que o ser humano jamais
poderia fazer.
5 - Cite
três exemplos de operação de maravilhas no ministério de Jesus.
A
ressurreição do filho da viúva de Naim, a ressurreição da filha de Jairo e a
ressurreição de Lázaro
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