FAECAD
– FACULDADE EVANGÉLICA DE TECNOLOGIA, CIÊNCIAS E
BIOTECNOLOGIA
EUCARISTIA:
A IMPORTÂNCIA DA CEIA DO SENHOR
Valmir
Ribeiro dos Santos[1]
Orientador:
Rev. João de S. Branco[2]
RESUMO
Este artigo traz uma síntese da Páscoa, como foi
instituída quando o povo hebreu estava no Egito, após aborda Cristo no momento
eucarístico instituindo a Ceia. Relata ainda algumas doutrinas referente a Ceia
como: Transubstanciação e consubstanciação. A Ceia do Senhor é a maior festa
que o salvo em Cristo tem acesso para participar, sem que haja por parte de
outros, algum impedimento; só a pessoa é que ao fazer uma análise introspectiva
vai saber se pode participar ou não. Na Ceia ele mantém viva a comunhão com o
seu Senhor e também com os membros do corpo de Cristo. É por meio da Ceia que
nos tornamos participantes da experiência com o Pai, O Filho e O Espirito Santo;
na obra redentora que foi realizada no passado, confirmada no presente; e no
caso da igreja alcançada na sua glorificação.
PALAVRAS-CHAVE:
Cristo,
Cordeiro, Sangue, Corpo, Pão, Vinho, Comunhão, Vida Eterna.
ABSTRACT
This
article presents a synthesis of the Passover, as it was instituted when the
Hebrew people were in Egypt, after approaching Christ in the Eucharistic moment
instituting the Supper. It also reports some doctrines regarding the Supper as:
Transubstantiation and consubstantiation. The Lord's Supper is the greatest
feast that the saved in Christ has access to participate, without there being
any other impediment; only the person is that when doing an introspective
analysis will know if it can participate or not. In the Supper he keeps alive
the communion with his Lord and also with the members of the body of Christ. It
is through the Supper that we become participants in the experience with the
Father, the Son and the Holy Spirit; in the redemptive work that was done in
the past, confirmed in the present; and in the case of the church achieved in its
glorification.
KEIWORDS: Christ, Lamb, Blood, Body, Bread, Wine, Communion,
Eternal Life.
INTRODUÇÃO
Este artigo tem como finalidade acender
no coração do leitor o desejo de manter a sua comunhão com Cristo através da
eucaristia e do sacramento da Ceia do Senhor e também levá-lo a entender que
quando ele pode participar do corpo do Senhor e não o faz está negligenciando e
desvalorizando o sacrifício vicário de Cristo. “A Eucaristia: A importância da Ceia do Senhor” vai levar o leitor
ao despertamento e a necessidade de manter-se sempre unido à Cristo que é o
cabeça do corpo e consequentemente unido ao corpo que é a Igreja.
1.
A PÁSCOA
A Páscoa (a palavra Páscoa vem do termo hebraico: pesah[3]
ou pesach e significa “pular além da marca”, “passar por cima” ou “poupar”) foi a primeira festa instituída
por Deus e a mais importante do povo de Israel, registrada do Antigo
Testamento.
1.1 Por que a páscoa foi instituída
A Páscoa foi instituída para marcar
a saída do povo de Deus do Egito. Depois de ter havido a disseminação de nove
pragas no meio do povo egípcio, Deus chama Moisés e anuncia a última praga a
morte dos primogênitos e a instituição da Páscoa. Esta ceia marcaria a saída do
povo hebreu do domínio de Faraó. A casa que tivesse a marca do sangue do
cordeiro seria protegida do anjo vingador que passaria aquela noite para ferir
os todos os primogênitos.
A Páscoa foi instituída na mesma
noite em que o anjo da morte, enviado por Deus, percorreu a terra do Egito
matando todos os primogênitos egípcios. Mas a morte não entrou em nenhuma casa
hebreia que tivesse obedecido às instruções de Deus[4].
No terreno religioso, a Páscoa
era uma recordação do período em que Deus livrou os judeus do cativeiro no
Egito. Um cordeiro fora morto para cada família judia e, como resultado, o
“anjo da morte” passou por cima de suas casas (veja Hb 11.28)[5].
Visto que os israelitas também
habitavam no Egito, como poderiam escapar do anjo destruidor? O Senhor Emitiu
uma ordem especifica ao seu povo; a obediência a essa ordem traria a proteção
divina a cada família dos hebreus, com respectivos primogênitos. Cada família
tinha de tomar um cordeiro macho de um ano de idade, sem defeito e sacrifica-lo
ao entardecer do dia quatorze do mês de Abibe; famílias menores podiam repartir
um único cordeiro[6].
¹¹Ao comerem, estejam prontos
para sair: cinto no lugar, sandálias nos pés e cajado na mão. Comam
apressadamente. Esta é a Páscoa do Senhor. ¹² "Naquela mesma noite
passarei pelo Egito e matarei todos os primogênitos, tanto dos homens como dos
animais, e executarei juízo sobre todos os deuses do Egito. Eu sou o Senhor! ¹³
O sangue será um sinal para indicar as casas em que vocês estiverem; quando eu
vir o sangue, passarei adiante. A praga de destruição não os atingirá quando eu
ferir o Egito. ¹4 "Este dia será um memorial que vocês e todos
os seus descendentes o comemorarão como festa ao Senhor. Comemorem-no como
decreto perpétuo. (Êx.12:11-14).
1.2 Quais eram os componentes da ceia pascal e
seu simbolismo
A ceia pascoal seria realizada por uma família, entretanto
caso a família fosse pequena poderia reunir duas famílias vizinhas para esta
grande solenidade. Nesta ceia seria servido um cordeiro ou um cabrito macho sem
mácula de um ano, pães asmos, ervas amargas (Êx 12). Os componentes da ceia
tinham um simbolismo muito forte:1) O cordeiro ou cabrito, deveria ser de um
ano, sem defeito, sem mácula; este cordeiro precisava ser cuidado com zelo pelo
dono, para que estivesse pronto para o ato sacrificial; o cordeiro e ou cabrito deveria
ser sacrificado á tarde, o seu sangue
seria passado na verga da porta de entrada da casa e seria a marca que
impediria a morte dos primogênitos pelo SENHOR. No sangue do cordeiro estava
garantida a vida de todos primogênitos que estivessem dentro daquela casa. Este
cordeiro pascal sem dúvida representava a Cristo “O Cordeiro de Deus” que tira
o pecado do mundo (Jo.1.29). No
dia seguinte João viu Jesus aproximando-se e disse: Vejam! É o Cordeiro de
Deus, que tira o pecado do mundo! Jo.1.29 (BNVI)[7].
O apóstolo Pedro vai afirmar que foi, com o precioso sangue de Cristo, como de
um cordeiro imaculado e incontaminado. (IPe.1.19 BACRF)[8].
O Senhor Jesus como Cordeiro de Deus imaculado e
sem pecado foi morto a tarde no meio do seu povo (Mt.27.32-50; Mc.15.22-37;
Lc.23.33-46; Jo.19.17-30), o seu sangue não seria passado na verga das portas
das casas construída por mãos de homem, mas traria salvação e marcaria a vida de todo aquele que o recebe
como Salvador de sua alma; o sangue de Cristo traria vida eterna aos que por
meio do Espirito Santo , reconhecesse ao Senhor Jesus como seu único e
suficiente Salvador e que o seu sacrifício foi capaz de transforma-lo e
livra-lo do poder do pecado e da morte eterna (Ap.5.9) e não somente o
livramento da morte terrena e física, o sangue do Cordeiro de Deus iria trazer
a vida eterna (Ap.22.14), sem ser necessário que houvesse outro sacrifício para
isto (Hb.9.12-14;10.10,12), enquanto o sacerdote precisaria oferecer vários
sacrifícios de cordeiros e outros animais muitas vezes por ano, no período da
páscoa como memorial um cordeiro como lembrança da libertação do Egito. 2) Os
pães asmos, eram preparados e na sua massa não levava fermento mostrando
que este pão deveria ser feito muito rápido e não daria tempo de haver a
levedura, até porque o Senhor sabia que com a morte dos primogênitos, Faraó
iria liberta-los devido grande pânico e pranto que tomou conta do palácio, das
casas dos moradores do Egito. A qualquer momento eles deixariam aquela vida de
sofrimento. Aquele pão seria levado como alimento, para comer no dia seguinte e
no decorrer da viagem. Nos dias da festa
da Páscoa os israelitas eram proibidos de comer qualquer pão que contivesse
fermento ou levedo (Êx 12.19,20).
Originalmente, a Festa dos Pães
Asmos começou no dia seguinte à Páscoa, e durava sete dias. Os pães asmos
simbolizavam a pressa de Israel em deixar a terra do Egito. Quando o fermento
era acrescentado à massa, às vezes eram necessárias horas para que a massa
crescesse, antes que pudesse ser assada. Na noite anterior ao êxodo, os hebreus
não tiveram tempo de esperar que a massa crescesse, e por isso Deus lhe ordenou
que partissem no dia seguinte com os pães asmos[9].
Mais tarde este ritual seria uma comemoração
festiva em Israel, “A Festa dos Pães Asmos” relembrando o tempo em o povo
hebreu esteve na escravidão. Em o Novo
Testamento Jesus advertiu para que os seus discípulos tivessem cuidado com o
fermento dos fariseus, dando-nos a atender que este fermento era o pensamento e
a doutrina que estes ensinavam.
6 Disse-lhes Jesus: "Estejam
atentos e tenham cuidado com o fermento dos fariseus e dos saduceus"(Mt.16.6
BNVI)[10].
15 Advertiu-os Jesus: "Estejam
atentos e tenham cuidado com o fermento dos Fariseus e com o fermento de
Herodes" (Mc.8.15).
1Nesse meio tempo, tendo-se
juntado uma multidão de milhares de pessoas, a ponto de se atropelarem umas às
outras, Jesus começou a falar primeiramente aos seus discípulos, dizendo:
"Tenham cuidado com o fermento dos fariseus, que é a hipocrisia (Lc.12.1),
O
apóstolo Paulo preveniu aos irmãos da igreja de Corinto a necessidade de
livrar-se dos velhos hábitos da velha natureza, que dominavam a vida de muitos
crentes. O apostolo chama-lhes a atenção para que deixassem o fermento velho da
maldade e da perversidade e fizessem festa com os asmos da sinceridade; 3) As
ervas amargas – As ervas amargas
seriam comida na hora da ceia pascoal, e trariam à me-
7Livrem-se do fermento velho, para
que sejam massa nova e sem fer mento,
como realmente são. Pois Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi sacrificado.8 Por
isso, celebremos a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da
maldade e da perversidade, mas com os pães sem fermento da sinceridade e da
verdade (ICo. 5.7,8).
mória dos hebreus o tempo que sofreram nas mãos dos
egípcios e de Faraó.
A Mishnah[11]
menciona [...], cinco espécies de ervas amargas, a saber alfaces, endívia,
chicórea e marroio. (A correspondência entre estas plantas e as nossas
conhecidas é apenas provável). Parece que as “ervas amargas” eram usadas duas
vezes durante o serviço, uma vez molhadas no sal com vinagre, e uma segunda vez
com Charoset, um caldo de tâmaras, passas, etc. com vinagre, apesar de que a
Mishnah expressamente declara que o Charoset [...] não era obrigatório[12].
As
ervas amargas eram comida molhada com sal e vinagre, e também podiam ser
ingeridas com um caldo de tâmaras, passas, etc.
5 No mês primeiro, aos quatorze do
mês, pela tarde, é a páscoa do Senhor. 6 E aos quinze dias deste mês
é a festa dos pães ázimos do Senhor; sete dias comereis pães ázimos. Lev.
23.5,6 (BARCF)[13].
5 No primeiro mês, no décimo quarto
dia do mês, entre as duas tardes, será a Páscoa do Senhor. 6 E no
décimo quinto dia desse mês, realizar-se-á a festa dos Pães sem fermento em
honra do Senhor: comereis pães sem fermento durante sete dias. (Lev 23:5,6 BVC)[14].
1.3 No momento da celebração era cantado o Hallel
que compreendem os Salmos 113-118 e no final o Salmo 136
Segundo
Willian Barclay[15] no
seu comentário do livro de Mateus, os salmos
Hallel (Salmos 113-118; vulg.112-117) eram cantados como ação de graças e
louvor a Deus, pela libertação conseguida.
“Uma parte
essencial do ritual da Páscoa era o canto do Hallel. Hallel significa Louve a
Deus! E o Hallel constava dos Salmos 113-118, que são hinos de louvor. Em
diferentes momentos da festa da Páscoa se cantavam seções destes salmos”. O
louvor está entrelaçado na vida do povo hebreu, é possível ver que isto é
percebido e que o louvor era fundamental na vida do povo, especialmente em
datas festivas. “Bendito és Tu, Jeová, nosso Deus, Rei do Universo, que nos
remiste e remiste aos nossos pais”[16].
Ele nos tirou da escravidão para
a liberdade, da tristeza para o gozo, do pranto, para a festa, das trevas para
a luz, e da servidão para a redenção. Portanto, cantemos diante d’Ele: “Aleluia”!
Em seguida, cantava-se a primeira parte do “Hallel”, a qual compreende os
Salmos 113 e 114, com esta breve oração no fim: “Bendito és Tu, Jeová, nosso
Deus, Rei do Universo, que nos remiste e remiste aos nossos pais[17].
Quando temos acesso estas
informações, fica mais fácil entender quando o Evangelista escreve dizendo que
um hino foi cantado antes da saída para o Monte das Oliveiras. Não podemos
precisar de fato o Salmo que foi cantado, mas é possível que seja um desses que
compunha o Hallel, se foi o Salmo 115 lembra a vaidade e perda de tempo em
confiar nos ídolos, que nada podem fazer. Caso tenha sido os Salmos 116 ou 117
expressa o amor e gratidão ao Senhor, por ter ouvido a súplica do salmista. Por
último se foi a cerimônia pascal encerrada com o Salmo 118, trazia a memória do
livramento que Deus concedeu ao seu povo ou ainda poderia ser cantado em
algumas vezes o grande Hallel composto dos Salmos 120 a 136, como está
registrado na obra Viaje através da Bíblia, CPAD 2013 – p. 316.
1.4 As
quatro taças e seus significados
Além do cordeiro, das ervas amargas
e dos pães asmos, foi incorporado à celebração quatro taças de vinho, que eram
bebida durante a celebração com um significado bem objetivo. As taças ou
cálices tinha o seu vinho misturado com água na proporção de uma taça de água
para três taças de vinho, se fosse cálice seguiria a mesma ordem; segundo os
estudiosos da cultura israelita estas taças estão ligadas aos verbos
encontrados na passagem de Êxodo 6.6-7, que são: o verbo tirar, ligado a primeira taça, a segunda ao verbo livrar, a terceira ao verbo resgatar e a última ao verbo tomar.
Por último havia quatro taças de
vinho. Serviam para recordar as quatro promessas de Êxodo 6:6-7: “E vos tirarei
de debaixo das cargas do Egito, e vos livrarei da sua servidão, e vos
resgatarei com braço estendido e com grandes manifestações de julgamento.
Tomar-vos-ei por meu povo e serei vosso Deus”.
“Portanto, dize aos filhos de
Israel: Eu o Senhor, vos tirarei [1] de debaixo das cargas
dos egípcios, e vos livrarei [2] da servidão, e
vos resgatarei com braço
estendido [3]
e com grandes juízos. Versículo 7: Eu vos tomarei [4] por meu povo […]” (Ex
6.6,7). Eles também relacionam estes quatro verbos as quatro letras do
nome inefável do Eterno, o tetragrama sagrado: Yod, Hei, Wav, Hei[18].
A 1º:
Taça da Santificação ela é tomada no início da refeição. Para lembramos que nós
somos um povo separado dos demais.
2º: Taça
da Libertação comemorando a libertação do Egito. Ela é tomada durante a
refeição. 3º: Taça da Promessa ela é tomada depois da refeição. Lembrando que o
Concerto é do SENHOR e não do homem. 4º Taça da aceitação eles dizem que o
Messias vem em uma ceia e outra, eles pegam essa Taça e cantam um hino para o
profeta Elias, porque eles dizem que Elias vinha primeiro. Todos participam
desta cerimonia e não bebem dessa Taça.
Nós
sabemos que Elias já veio, e o Messias também, esta é a Taça que o SENHOR usou
para simbolizar a ratificação da Nova Aliança e instituir a Santa Ceia. ELE
mesmo não tomou desta Taça, porem disse que a tomará quando o Reino Messiânico
for estabelecido[19].
1.4 A páscoa iria marcar as gerações futuras de
Israel
A páscoa iria
marcar o modo milagroso como o Senhor livrou o seu povo do anjo da morte que
passaria para ferir os primogênitos da terra do Egito e a saída do povo
israelita de debaixo do jugo opressor de Faraó. Foi determinado por Deus que no
dia 14 do mês Nisã (março/abril). Cabia ao patriarca da casa ensinar aos
membros de sua família quão grandes maravilhas O Senhor operou no meio do seu
povo. Está tradição foi tão forte que ainda hoje é comemorada a páscoa na
comunidade judaica como afirma o site Brasil Escola,
“Para alguns estudiosos, a
celebração de tal evento foi crucial para que a comunidade judaica preservasse
seus laços nos mais diferentes lugares em que viveram e ainda vivem”[20].
2.
A ÚLTIMA
PÁSCOA E A INSTITUIÇÃO DA CEIA DO SENHOR
Cristo
afirma, “Não penseis que vim destruir a Lei ou os Profetas. Eu não
vim para anular, mas para cumprir” (Mt.5.17 BKJA)[21],
sendo assim vemos Cristo nas Escrituras cumprindo o que as Escrituras apontavam
para Ele mesmo. Jesus poderia ter se entregado para morrer por nós em outra
data, por que Ele então permitiu ser preso, julgado e condenado à morte na
páscoa? Foi necessário que acontecesse assim porque um cordeiro santo, puro e
imaculado, precisava ser morto (Is.53) e ter o seu sangue derramado, cumprindo
a palavra de João Batista [...] “Eis o
Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo.1.29). O cordeiro pascal
precisava ser morto para cada comemoração, sendo Cristo o Cordeiro de Deus,
morreria para expiação do pecado uma única vez e o seu corpo e seu sangue
continuaria por toda eternidade com o mesmo poder de quando foi morto e seu
sangue derramado. O Cristo de Deus pega de surpresa os seus discípulos; para
eles seriam uma páscoa como tantas outras que participaram, entretanto, Cristo
já sabia que aquela, seria a última que participaria em corpo e sangue com
eles, algo fundamental para eles e para as gerações futuras que fariam parte da
igreja estavam para acontecer.
2.1 Cristo celebrou a última Páscoa com os seus
discípulos e dá início ao Novo Mandamento, a Nova Aliança
No
Evangelho de Mateus no capitulo 26, temos informações importantíssimas dos
últimos momentos de Cristo com os seus futuros apóstolos antes e durante a
última páscoa e da Ceia do Senhor; 1)
Vemos o conselho que se reuniu para
matarem Jesus (1-5); 2) O jantar em Betânia (6-13); 3) Judas
procura falar com o sumo sacerdote Caifás para entrega-lo (14-16); 4) A última Páscoa e a Ceia do Senhor (17-30).
Cristo manda que os seus discípulos preparem a pascoa num lugar que já estava
preparado para este fim; um cenáculo que um amigo já havia lhe cedido para este
momento tão íntimo que estaria vivendo com os seus discípulos. O jantar da
Páscoa estava acontecendo quando Jesus abençoa e parte o pão e dá graças (graças
no grego vem do verbo eucharisteõ de onde
deriva a o substantivo da palavra eucharistia, onde expressa gratidão, dar
graças, agradecer, ser grato) pelo vinho. Até aqui tratamos acerca da
importância da Páscoa e seu simbolismo, a partir do próximo ponto trataremos
da: “Eucaristia: A importância da Ceia do
Senhor”, que é resultado do sacrifício substitutivo de Cristo na cruz em
favor de toda a humanidade:
2.2 Pelo
seu corpo
O
cordeiro deveria ser comido na ocasião da Pascoa; na instituição deste tão
importante sacramento, Cristo abençoa o pão parte e dá e aos seus discípulos
dizendo que aquele pão era para ser tomado e comido porque era o seu corpo. O
pão da Páscoa era o asmos, puro sem fermento, o pão da Ceia que fora instituída
por Cristo era puro, santo e também sem fermento (pecado), Jesus embora não
tivesse cometido nenhum pecado, se fez pecado por nós (2Co 5.21). O comer o pão
traria aos seus discípulos um momento ímpar de comunhão com Cristo, e também entre
eles. A igreja primitiva seguiria este momento de koinonia (do grego significa
parceria, participação, intercambio, etc.), ao partirem o pão em casas,
eram tão íntimos que as escrituras chegam a dizer que tinham tudo em comum (At. 2.44). O corpo de Cristo hoje representa
este momento de comunhão, entre Ele e sua Igreja e ao inverso também, a sua
noiva com Ele também. Segundo Stanley M. Horton,
“A comunhão com Cristo Também
denota comunhão com o seu corpo, a Igreja. O relacionamento vertical entre os
crentes e o Senhor é complementado pela comunhão horizontal de uns com os
outros. Amar a Deus está vitalmente associado com o amar ao próximo”[22].
2.3 Pelo seu sangue
De fato, conforme a Lei, quase todas
as coisas são purificadas com sangue, e sem derramamento de sangue não pode
haver absolvição (Hb 9.22). Parece-nos ser um pouco difícil a compreensão, a
necessidade do derramar do sangue de um inocente para salvar outro. A Bíblia
faz o primeiro relato desta natureza quando o primeiro casal Adão e Eva pecaram transgredindo a ordem do Senhor. Vemos
neste relato Adão cortando folhas para cobrir a sua nudez, O Senhor, porém vai
matar um animal e fazer túnicas para vesti-los (Gn. 321). Houve ali a
necessidade de sacrificar um animal inocente para cobrir a maldade e o pecado
do homem. No livro de Levítico esta pratica vai se tornar ordem do Senhor,
visando assim o meio para que o pecado do transgressor fosse coberto por um
espaço de tempo (Lv 4.1-12; 13-21; 22-26; 27-35; 5.1-13; 14-16; 17-19, etc.),
nestas referências vemos Deus ordenando sacrifícios por diversas ocasiões que
alguém pecasse, sendo que todos estes sacrifícios com o derramamento de sangue
de um animal inocente apontava para o futuro, quando o Cordeiro de Deus, iria
se oferecer para de uma vez por todas antes da fundação do Mundo (Ap. 13.8),
para arrancar o pecado. O sangue dos animais que eram sacrificados, cobriam
por um tempo o pecado que a pessoa cometia, o sangue de Cristo uma única vez
derramado teve o poder suficiente de salvar não só uma pessoa, mas toda a
humanidade e arrancar o pecado tornando o acesso ao Pai acessível novamente, o
escritor aos Hebreus no capitulo 10.19 vai dizer que temos ousadia para entra no Santuário, pelo sangue de Jesus. Cristo na
instituição da ceia vai dizer que o cálice que os seus discípulos iam beber era o sangue do Novo Testamento, que é
derramado por muitos, para remissão dos pecados (Mt.26.28). O sangue de
Cristo garantiu-nos a entrada à presença do Altíssimo, além de manter a união
do seu corpo; é importantíssimo que os crentes tenham o prazer de viver a
comunhão pelo partir do pão e do beber do cálice do Senhor.
3.
QUEM PODE
PARTICIPAR DA CEIA DO SENHOR
Entendemos
pelas Escrituras que todos podem participar da Ceia do Senhor observando pelos
menos dois critérios que são de suma importância:
3.1 Os
que já passaram pelo sacramento do batismo nas águas
O
batismo é o sacramento que torna possível o acesso à mesa do Senhor. Por meio
do batismo a pessoa dá testemunho diante da comunidade em que vive e também da
Igreja do Senhor que mudou de vida. O batismo, como ensina-nos às Escrituras é
o sepultamento da velha natureza e do velho homem (Cl 2.12; 2Co 5.17), que ao
emergir das águas batismais está apto para andar e viver em novidade de vida
diante do Senhor (Rm 6.4). O batismo é imprescindível para que a pessoa tenha
acesso a Ceia do Senhor, se ela pode e não o faz é porque não julga necessário
participar do pão e cálice do Senhor.
3.2 Aqueles
que mantém viva a sua comunhão no corpo do Senhor
O
outro critério é a pessoa procurar-se manter em comunhão com o corpo (a
Igreja). Os pecados cometidos diariamente não são capazes de privar o crente de
participar da mesa do Senhor, é obvio que é fundamental que haja por meio do
crente o reconhecimento de seus erros, para que possa pedir e receber o perdão
por parte do Senhor e em algumas vezes até por parte da Igreja. Está comunhão
exigirá do crente o desejo de participar, de viver em plena comunhão com o
Senhor e está comunhão vai convergir para o desejo do crente participar do que
chamamos do corpo do Senhor, que é a ceia.
4. COMO É A CEIA DO SENHOR NA IGREJA CATÓLICA E
NAS IGREJAS EVANGELICAS
Veremos de modo sintético como é
a doutrina da ceia do Senhor na Igreja Católica e nas Igrejas Evangélicas.
4.1 A transubistânciação doutrina
Católica sobre a Ceia do Senhor
Horton em sua Teologia Sistemática vai afirmar que: A doutrina católica romana, oficialmente
adotada no Quarto Concílio Laterano (1215) e reafirmada no Concílio de Trento
(1551), é chamada de transubstanciação. Como é esta doutrina? Esta doutrina
defendida pela igreja católica vai afirmar que:
“Este
posicionamento teológico ensina que, quando o sacerdote abençoa e consagra os
elementos – pão e o vinho – ocorre uma mudança “metafísica, de modo que o pão é
transformado no corpo de Cristo, e o vinho, no seu sangue. O termo “metafísica”
é usado porque a Igreja Católica ensina que características como a aparência e
o sabor dos elementos (ou os “acidentes”) permanecem os mesmos, mas que a
essência interior, a substância metafísica foi transformada. Fazem uma
interpretação muito literal das palavras de Jesus: “ Isto é o meu corpo...Isto
é o meu Sangue” (Mc 14.22-24), os católicos acreditam que a totalidade de
Cristo está plenamente presente dentro da substância dos elementos. Como
consequência, aquele que participa da hóstia consagrada está recebendo expiação
dos pecados venais, ou seja: dos pecados perdoáveis (por contraste aos pecados
mortais)[23].
4.2 A doutrina da Ceia do Senhor na Igreja
Presbiteriana do Brasil
A
doutrina da Igreja Presbiteriana do Brasil sobre a ceia do Senhor segue a linha
teológica do reformador João Calvino:
“Como
presbiterianos, nós somos herdeiros da linha teológica do reformador João
Calvino, que substituiu Zwinglio em Genebra quando este morreu durante as
guerras religiosas contra os estados católicos da Suíça. Calvino defendia a
presença espiritual de Cristo na Santa Ceia. Mas diferente dos romanos e
luteranos, e tomando por base uma frase da liturgia tradicional da Eucaristia
(“sursum corda”, “elevemos os corações”), ele dizia que não era Cristo quem
descia para tomar forma de pão e de vinho, mas era a Igreja quem era elevada
espiritualmente aos céus para participar da Ceia na presença de seu Senhor
(Calvino, Breve tratado sobre a Ceia do Senhor, § 51).
Segundo a nossa teologia, não acontece qualquer transformação interna no pão e do vinho, nem é repetido o sacrifício de Cristo na cruz. Não obstante, pela operação do Espírito Santo, todos quantos, com fé, comem e bebem e são alimentados fisicamente do pão e do vinho, também comem e bebem e são alimentados espiritualmente do Corpo e do Sangue de Cristo. O sacrifício do Senhor Jesus na cruz não é repetido, mas os benefícios da sua morte em nosso lugar são atualizados, trazidos para nós no presente pela ação do Espírito Santo”. (Calvino, As Institutas, IV.17.10; Confissão de Fé de Westminster, 39.7)[24].
Segundo a nossa teologia, não acontece qualquer transformação interna no pão e do vinho, nem é repetido o sacrifício de Cristo na cruz. Não obstante, pela operação do Espírito Santo, todos quantos, com fé, comem e bebem e são alimentados fisicamente do pão e do vinho, também comem e bebem e são alimentados espiritualmente do Corpo e do Sangue de Cristo. O sacrifício do Senhor Jesus na cruz não é repetido, mas os benefícios da sua morte em nosso lugar são atualizados, trazidos para nós no presente pela ação do Espírito Santo”. (Calvino, As Institutas, IV.17.10; Confissão de Fé de Westminster, 39.7)[24].
Para que o crente na denominação
Presbiteriana participe do momento espiritual que envolve a Ceia do Senhor é
necessário que o mesmo faça parte da Igreja visível, por meio do sacramento do
batismo.
4.3 A doutrina da Ceia do Senhor na Igreja
Batista Brasileira
A
Igreja Batista em sua “Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira” vai
afirmar que:
“O batismo e a ceia do Senhor são
as duas ordenanças da igreja estabelecidas pelo próprio Jesus Cristo, sendo
ambas de natureza simbólica. O batismo consiste na imersão do crente em água,
após sua pública profissão de fé em Jesus Cristo como Salvador único,
suficiente e pessoal. A ceia do Senhor é uma cerimônia da igreja reunida,
comemorativa e proclamadora da morte do Senhor Jesus Cristo, simbolizada por
meio dos elementos utilizados: O pão e o vinho. Nesse memorial o pão representa
seu corpo dado por nós no Calvário e o vinho simboliza o seu sangue derramado.
A ceia do Senhor deve ser celebrada pelas igrejas até a volta de Cristo e sua
celebração pressupõe o batismo bíblico e o cuidadoso exame íntimo dos
participantes”[25].
Sendo
assim os membros que devidamente passaram pelo batismo, tem o direito de
participar do Corpo do Senhor, fazendo sempre um exame introspectivo de sua
vida com Senhor.
4.4 A doutrina da Ceia do Senhor na Igreja
Assembleia de Deus do Brasil.
A
“Declaração de Fé das Assembleias de Deus” vai estabelecer os princípios básicos
para a denominação de como a ceia do Senhor foi instituída e como deve ser
realizada pelos seus membros:
“Cremos, professamos e ensinamos que a Ceia do
Senhor é o rito da comunhão e ilustra a continuação da vida espiritual. Tal
ordenança foi instituída diretamente pelo Senhor Jesus após a refeição da
Páscoa na companhia dos seus discípulos: “Jesus tomou o pão... e disse: tomai
comei isto é o meu corpo. E tomando o cálice e dando graças... deu lhes dizendo
bebei deles todos [...]. 1. O significado da Ceia do Senhor. Esta solenidade é
o rito continuo da igreja visível, instituído como memorial da morte de Jesus
até a sua vinda. Nós a celebramos numa frequência suficiente para não evitar
intervalos longos entre os períodos de reflexão, comunhão e ações de graças. 2.
Os elementos da ceia do Senhor. As palavras de Jesus, “Isto é o meu corpo” (Mt
26.26) e “isto é o meu sangue” (Mt. 26.28), mostram os dois elementos da Ceia
do Senhor. Ela é ministrada a todos os crentes em Jesus, batizados em águas, em
plena comunhão com a igreja”[26].
A Igreja
Assembleia de Deus, normalmente celebram a Ceia do Senhor duas vezes por mês em
suas Sedes espalhadas por todo o Brasil, uma vez no domingo e outra no meio da
semana. As congregações, em sua maioria faz uma vez por mês. As Celebrações são
acompanhada de louvores da Harpa Cristã como os hinos “39 Alvo mais que a neve”,
“22 Em nossa alma nós tomamos”, “301“Vem cear”, “199 Em Ceia do Senhor”, “192 Pelo
sangue”, etc.
4.5 A Ceia do Senhor nas aldeias indígenas
brasileiras
A
Ceia do Senhor nas Igrejas que estão nas Aldeias Indígenas é um pouco diferente
do modo como estamos acostumados em nossas igrejas. Segue um relato da Ceia do
Senhor que aconteceu no CONPLEI[27]:
“Aqui foi diferente: nas palavras do pastor indígena que dirigia o culto "esta não é a mesa da igreja indígena, nem a mesa da igreja dos brancos, é a mesa do Senhor, e todo o povo de Deus pode se servir dela, mas é também uma ceia segundo o contexto indígena; nós não temos pão de trigo em nossas aldeias, nosso pão é a tapioca, não temos também vinho de uva, nosso vinho é o assai, e é esses elementos que serão servidos aqui". Ele então mandou que todos fizessem uma fila a direita das cadeiras, passássemos pela mesa para pegar a tapioca e o assai e sair pela esquerda. As pessoas foram passando e sendo servidas pelos irmãos indígenas, enquanto cânticos de louvor eram cantados. Mas quando a fila acabou, o pastor anunciou: ainda tem tapioca e assai, podem servir-se novamente. E enquanto havia tapioca e assai as pessoas foram encorajadas a se servirem o quanto queriam. Aquela era uma mesa que simbolizava a morte e ressurreição de Cristo, mas também um símbolo gritante da imensa graça de Deus! E ainda sobrou muito, não doze cestos cheios talvez, mas, o suficiente para ser servido no café da manhã seguinte[28].
Não
é comum o pão e nem o suco da uva, nas tribos por isso ficariam estes servos do
Senhor sem participar da mesa do Senhor? Não! De modo algum, eles celebram
então a Ceia do Senhor com os elementos que são comuns em sua cultura. Neste
caso foram a tapioca (feita do aipim) e o suco do assai que trouxeram à memória
o corpo e sangue do Senhor.
5. ALGUMAS
DOUTRINAS REFERENTES A CEIA DO SENHOR
Segue algumas doutrinas que foram
concebidas e cresceram no seio da Igreja do Senhor ao longo dos tempos:
5.1 Lutero e a doutrina da
consubistânciação
Lutero vai combater a doutrina da
transubstanciação que era defendida Igreja Católica e vai formular uma outra
que está bem perto desta, como veremos a seguir:
A doutrina da transubstanciação
tem sua irmã gêmea no conceito de consubstanciação. Esse segundo modo de
interpretar a ceia do Senhor foi proposto inicialmente por Martinho Lutero (1483-1546).
Ele rejeitou a transubstanciação por considerá-la uma doutrina irracional e
também condenou o ensino de que o sacrifício de Cristo se repete na eucaristia.
Porém, Lutero não via possibilidade de interpretar a fórmula “Isto é o meu
corpo” de outro modo que não fosse o literal. Por isso, propôs que mesmo o pão
continuando a ser pão e o vinho continuando a ser vinho, a presença física de
Cristo é real na ceia, sendo seu corpo recebido por todos os participantes da
mesa do Senhor. Para Lutero, portanto, o corpo de Cristo estava nos elementos e
com os elementos, sem que o pão e o vinho se transformassem em carne e sangue.
Assim, por propor que na ceia a substância dos elementos é recebida pelo
crente junto com a substância do corpo físico do Senhor[29].
Esta doutrina também foge a realidade da celebração da
Ceia do Senhor, visto que o pão
e o fruto da vide continuam sendo eles mesmos em sua essência e também a presença de Cristo não é física, é
espiritual.
5.2 Calvino e a doutrina da presença espiritual
Assim
com Zuínglio, João Calvino rejeitava totalmente a ideia de Cristo estar
fisicamente presente nos elementos ou com eles[30]. Calvino enfatizava que não era Cristo que
descia para participar com os membros da igreja no momento da celebração da
Ceia, porém são os crentes que com fé apresentam-se no céu diante Dele.
5.3 Ulrico Zuínglio e a doutrina
do memorial
Zuínglio foi um contemporâneo de Martinho Lutero, porém
divergia dele no caso da doutrina
da consubstanciação, ele acreditava que não era necessário a presença corporal de Cristo na Ceia do Senhor.
Ele vai defender a doutrina do memorial.
A posição zuingliana é mais conhecida hoje como teoria memorial.
Enfatiza que a comunhão é um rito
que comemora a morte do Senhor e a sua eficácia para o crente. Neste sentido é
um ritual que aponta de volta para o Calvário. Zuínglio rejeitava qual quer noção da presença física de Cristo à sua
mesa (quer transformada nos elementos, quer junto dos elementos)[31].
6. NÃO HÁ
LIMITES PARA REALIZAÇÃO DA CEIA DO SENHOR
Quanto
ao limite para a realização da Ceia, não
há uma regra estabelecida por Cristo ou pelos seus apóstolos que limite a
quantidade de ceia que a igreja pode realizar. Cada denominação age segundo o
que foi estabelecido no credo que rege as doutrinas da igreja. Se vai ser
realizada semanalmente, ou quinzenalmente, ou mensal, o ainda uma vez por ano,
fica a critério de cada denominação. O que não pode e não realizar, ou quando
realizar fazer de modo banalizado.
7. O ATO DA CEIA DO SENHOR APONTA
PARA A SUA VINDA NO FUTURO PARA ARREBATAR A IGREJA
O
ato da Ceia ainda tem outra conotação e quem sabe a mais importante, sugere
participação na parousia do Senhor, ”E
digo-vos que desde agora, não beberei deste fruto da vide até àquele Dia em que
o beba de novo convosco no Reino de meu Pai” (Mt26.29). Este é motivo pela qual
o crente deve com sinceridade participar da mesa do Senhor; quando faz com um
sentimento de profunda comunhão com o Senhor, torna-se mais apto e preparado
para encontrar-se com Ele. Quando participamos da Ceia do Senhor, temos que faze-lo
sabendo que pode ser a última aqui, e em pouco tempo a primeira nas regiões
celestiais.
CONCLUSÃO
Concluímos que a eucaristia é um momento impar que
a Igreja tem para estreitar o relacionamento com o Senhor. Neste mundo de uma
correria enorme quando tudo é fast, é
fundamental que cada membro do Corpo de Cristo dedique o seu tempo para de modo
prazeroso comungar do pão e do cálice do Senhor. Quando há esta disposição do
crente em participar do Corpo do Senhor, vai haver também por parte do Senhor,
o desejo de abençoar este seu filho que está tendo o desejo de ser fortalecido
neste momento desta celebração tão importante. Que o leitor se sinta motivado
em buscar cada dia mais manter viva a sua comunhão com o Senhor por meio da sua
carne e do seu sangue.
AGRADECIMENTOS
Ao Pai, Filho e Espirito Santo em
primeiro lugar. A minha esposa Telma, aos meus filhos Nicholas, Bryan e Caué.
Aos mestres que de modo brilhante conduziram as suas aulas, com debates e um
conhecimento maravilhoso. Aos nossos líderes que nos incentivaram a continuar
na busca do conhecimento da palavra de Deus. Aos amigos de classe que foram
fantásticos durante as aulas e nos momentos de adversidades que passamos
durante este período estiveram sempre com uma palavra de incentivo e
encorajamento. Enfim obrigado a todos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Willian
Comentário do livro de Mateus, PDF.
BEERS, V. Gilbert Viaje Através da Bíblia, 1ª edição
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edição CPAD, Rio de Janeiro, RJ, 2016.
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GOWER, Ralph. Novo Manual dos Usos e Costumes dos
Tempos Bíblicos, 2ª edição CPAD, Rio de Janeiro, RJ, 2012.
HALLEY, Henry H. Manual bíblico Um Comentário Abreviado
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HORTON, M. Stanley. Teologia Sistemática, 18ª Edição CPAD,
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http://www.igrejaredencao.org.br/
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Acesso em 30 de outubro de 2017.
http://www.batistas.com/portal-antigo/index.php?option=com_content&view=article&id=15&Itemid=15&showall=1
Acesso dia 02/11/2017.
[1]
Ministro Pastoral na Assembleia de Deus de Teresópolis, filiado a CEADER e
CGADB, Teologando no Curso de Convalidação de Bacharel em Teologia pela FAECAD,
professor de EBD-Escola Bíblica Dominical, pregador, dirigente e coordenador de
congregações. E-mail: pastorvalmirribeiro@hotmail.com
e rvalmir13@gmail.com; https://www.facebook.com/valmir.ribeiro.144;
https://anunciandoapalavradosenhor.blogspot.com.br.
[2]
Bacharel em Teologia pela Faculdade João Calvino, Pós-Graduado em Teologia
Sistemática na Área de Escatologia pela Teológica Scool of Boston, Pós-Graduado
em Docência do Ensino Superior pela Cândido Mendes, Pós-Graduando em Terapia
Familiar com enfoque Sistêmico pela UNIFIL e Mestrando em Escatologia pela
Teológica Scool of Boston.
[3] BÍBLIA de Estudo Pentecostal, Estudo sobre a
Páscoa, p.132, 1995.
[5] GOWER, Ralph Novo Manual
dos Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos, p.317, 2012.
[6] BÍBLIA de Estudo Pentecostal Estudo sobre a
Páscoa, p.132, 1995.
[7] BÍBLIA
Nova Versão Internacional Versão eletrônica.
[8] BÍBLIA Almeida Revista e Corrigida
Fiel Versão eletrônica.
[10]
BÍBLIA Nova Versão Internacional Versão eletrônica.
[11] A MISHNÁ,
é um livro sobre a lei judaica, escrito em hebraico, e a Guemará, comentário e elucidação do primeiro, escrita no jargão
hebraico-aramaico. http://www.morasha.com.br/leis-costumes-e-tradicoes/o-que-e-o-talmud.html.
[13] Bíblia
Almeida Revista e Corrigida Fiel Versão eletrônica.
[14] Bíblia
Versão Católica Versão eletrônica.
[17] EDERSHEIM, Alfredo, Festas de
Israel Tradução de Jorge Goulart,
p. 44, PDF.
[21] BÍBLIA
King James Atualizada Versão Eletrônica.
[22]
HORTON, M. Stanley, Teologia Sistemática, p. 234, 2016.
[23]
HORTON, M. Stanley, Teologia Sistemática, p. 575, 2016.
[24] http://presbiterianoscalvinistas.blogspot.com.br/search/label/Sacramentos
- Acesso dia 02/11/2017
[26]
Declaração de Fé das Assembleias de Deus, pp.131 e 132, 2017.
[30] HORTON, M. Stanley, Teologia Sistemática,
p. 577, 2016.
[31] HORTON, M. Stanley, Teologia Sistemática,
p. 576, 2016.
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