Lição 10: O Ministério de Mestre ou
Doutor | EBD – Adultos | 2° Trimestre De 2021
EBD | 2°
Trimestre De 2021 | CPAD – Adultos – Tema:
Dons Espirituais e
Ministeriais – Servindo à Deus e aos Homens com Poder Extraordinário |
Lição 10: O Ministério de
Mestre ou Doutor
OBJETIVO GERAL
Retratar a missão do ministério de Mestre.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que
o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao
tópico I com os seus respectivos sub tópicos.
I. Aprender que Jesus, o mestre da Galileia, é mestre por
excelência.
II. Identificar a ordem de Jesus aos seus discípulos para ensinar a
igreja do primeiro século.
III. Saber da importância do dom ministerial de Ensinador na igreja
local.
TEXTO ÁUREO
“De modo que, tendo diferentes dons, segundo a
graça que nos é dada: […] se é ensinar, haja dedicação ao ensino” (Rm 12.6,7).
VERDADE PRÁTICA
Os vocacionados por Deus para o ministério do
ensino são por Ele chamados para edificar a Igreja de Cristo.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – At 13.1 Doutores na igreja
Terça – 1 Co 12.29 Nem todos são doutores
Quarta – 1 Tm 1.6,7 Doutores sem entendimento
Quinta – 2 Tm 4.3 Falsos doutores
Sexta – Tg 3.1 A responsabilidade do mestre
Sábado – Mt 4.23-25 Jesus, o mestre por excelência
HINOS SUGERIDOS DA HARPA CRISTÃ 141, 258, 429
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Mateus 7.28,29; Atos 13.1; Romanos 12.6,7; Tiago
3.1
Mateus 7
28 – E
aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua
doutrina,
29 – porquanto os ensinava com autoridade e não como os escribas.
Atos 13
1 –
Na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber:
Barnabé, e Simeão, chamado Niger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado
com Herodes, o tetrarca, e Saulo.
Romanos 12
6 – De modo
que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada: se é profecia, seja
ela segundo a medida da fé;
7 – se é ministério, seja em ministrasse é ensinar, haja dedicação
ao ensino;
Tiago 3
1 –
Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro
juízo.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Nunca foi tão necessário, como hoje, a igreja investir na figura do mestre cristão. Quando o crente é ensinado a estudar a Bíblia para compreender o mundo e a cultura bíblica, relacioná-la com o mundo do século XXI e aplicá-la à vida das pessoas de maneira competente, o risco de sofrermos o engano é amenizado. Para quem pensa ser prejudicial à vida espiritual estudar a Bíblia com seriedade, deveria pensar na elaboração das traduções bíblicas, por exemplo, disponíveis no Brasil. Se não houvesse homens e mulheres levantados por Deus e versados na erudição (línguas hebraica, grega, aramaica, egípcia e outras; a cultura oriental; a arqueologia para se achar manuscritos dos mais antigos possíveis), por certo, não teríamos a Bíblia traduzida em nosso idioma. Por isso, valorize quem se esmera por conhecer mais as Escrituras.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, no terceiro tópico da lição o
autor afirma: “Em nosso país, a leitura é um problema cultural. Se as pessoas
leem pouco, a igreja pouco lerá”. Partindo do princípio que essa afirmação é um
fato verdadeiro no contexto cultural brasileiro, selecione um texto que achar
pertinente e leve para a sala de aula. No final da lição, proponha a turma uma
roda de leitura. Esta atividade objetiva estimular o hábito de leitura. Então,
distribua o texto ora escolhido e peça a um ou dois alunos para lerem. Ao
término, discuta o texto com os alunos. Conclua dizendo como pode ser prazeroso
e construtivo cultivar o hábito de ler.
INTRODUÇÃO
O ministério do ensino da Palavra é primordial para
a igreja exercer o discernimento no que tange ao tempo em que vive (culturas,
teologia, filosofias etc.). Tão importante é a função do mestre na igreja que
as Escrituras declaram o quanto ele deve esforçar-se intelectualmente para
exercer tão nobre tarefa (Rm 12.7; 1 Tm 4.13). É uma tarefa importante e
indispensável que exige muito de quem a desempenha.
PONTO
CENTRAL
O dom ministerial de mestre é ama
capacitação do Espírito Santo.
I. JESUS, O MESTRE POR EXCELÊNCIA
1. O mestre da Galileia.
Doutor incomparável, “percorria Jesus toda a
Galileia, ensinando nas suas sinagogas, e pregando o evangelho do Reino […]”
(Mt 4.23). No ministério terreno, seus sermões, ensinos e discursos eram
inflamados pelo amor às pessoas. Diferente dos escribas, Ele ensinava como quem
tinha autoridade (Mt 7.28,29). A verdade emanava da pessoa de Jesus! Os que o
ouviam só tinham duas opções: amá-lo ou odiá-lo. Era impossível ouvi-lo e ficar
indiferente. Jesus transtornava a consciência do acomodado e aquietava o
coração do perturbado.
2. O mestre divino.
Em visita a Jesus, um mestre da Lei chamado
Nicodemos, educado nas melhores escolas religiosas de Israel e grande
conhecedor das Escrituras hebraicas, reconheceu em Jesus um personagem incomum
de seu tempo (Jo 3.1,2). Esse mesmo fariseu, que era príncipe dos judeus,
afirmou que o Nazareno não poderia fazer o que fazia se Deus não fosse com Ele.
Jesus é chamado Mestre cerca de quarenta e cinco vezes ao longo do Novo
Testamento.
3. O mestre da humildade.
A fim de ensinar os discípulos acerca da humildade,
Jesus “levantou-se da ceia, tirou as vestes e, tomando uma toalha, cingiu-se.
Depois, pôs água numa bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a
enxuga-los com a toalha com que estava cingido” (Jo 13.4,5). Que cena chocante
para os judeus! A pergunta de Pedro descreve essa perplexidade (v.6). Era
inimaginável um mestre encurvar-se para lavar os pés de pessoas leigas. Jesus
era um mestre e deu o exemplo aos discípulos. O Emanuel, “Deus conosco”,
encurvou-se diante dos homens! Isso se deu porque o ensino de Jesus não era
mero discurso, mas “espírito e vida” (Jo 6.63). Ele nos convida a fazer o
mesmo: “Vós me chamais Mestre e Senhor e dizeis bem, porque eu o sou. Ora, se
eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos
outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós
também” (Jo 13.13-15).
SÍNTESE DO TÓPICO I
Jesus, o mestre da Galileia, é reconhecido em o
Novo Testamento tanto como o Mestre Divino quanto o Mestre da humildade.
II. O ENSINO DAS ESCRITURAS NA
IGREJA DO PRIMEIRO SÉCULO
1. Uma ordem de Jesus.
Antes de ascender aos céus, de modo solene Jesus
determinou aos seus discípulos que ensinassem “todas as nações […] a guardar
todas as coisas” que Ele tinha ordenado (cf. Mt 28.19,20). O livro de Atos
registra a obediência dos primeiros apóstolos no cuidado de cumprir a
determinação de Jesus. Após a descida do Espírito Santo (At
2.1-6), o discurso de Pedro foi um verdadeiro ensino proferido no poder do
Espírito Santo (At 2.14-40). Tendo em vista a plena edificação da Igreja na
Palavra, o Senhor Jesus, através do Espírito Santo, dotou alguns de seus servos
com o dom ministerial de mestre ou doutor (Ef 4.11). Esse dom é uma capacitação
sobrenatural do Espírito. Isso não significa, porém, que devemos descuidar de
nossa formação intelectual, pois o preparo para o ensino passa pela capacidade
de aprender para posteriormente ensinar.
2. A doutrina dos apóstolos.
O texto de Atos 2.42 informa-nos que os primeiros
convertidos “perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir
do pão, e nas orações”. Além disso, acrescenta que em “cada alma havia temor, e
muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos” (v.43). A “doutrina dos
apóstolos” aqui referida trata-se do conjunto de ensinos de Cristo ministrados
por eles de forma constante e eficaz para o crescimento integral dos novos
crentes.
3. Ensinamento persistente.
Os primeiros mestres das Escrituras foram os
integrantes do Colégio Apostólico (At 5.42, cf. vv.40,41). A Igreja começou nas
casas, onde o ensino era ministrado a pequenos grupos nos lares. Falando aos
anciãos de Éfeso, o apóstolo Paulo mostrou-se como um verdadeiro mestre que
ensinava “publicamente e pelas casas, testificando, tanto aos judeus como aos
gregos, a conversão a Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo” (At 20.20,21).
Deus havia preparado homens para ensinar e levantado “doutores” na igreja em
Antioquia (At 13.1). O Pai Celestial igualmente deseja levantar mestres em sua
igreja. Vivemos dias em que este ministério nunca foi tão necessário.
Segue o Vídeo Adicional da Lição 👇
SÍNTESE DO TÓPICO II
O ensino na igreja do primeiro século foi ordenado
por Jesus para os apóstolos ensinarem persistentemente.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“É ordem de Jesus Cristo Mateus 28.19,20 enfoca a
lente zoom do Espírito Santo na
Grande Comissão, que são as últimas palavras de Jesus Cristo ditas aos
discípulos antes da ascensão dele. Cinco referências da Grande Comissão no Novo
Testamento (Mt 28.19,20; Mc 16.15,16; Lc 24.46-48; Jo 20.21-23; At 1.8) indicam
que não é algo aleatório, mas essencial para a estratégia de nosso Senhor. O
mandato ‘Fazei discípulos’ (ARA) inclui intrinsecamente o ensino. Mas temos de notar que o ensino requerido aqui é o de determinada espécie, isto é,
‘guardar [obedecer] todas as coisas’ que Cristo ordenou. Em outras palavras,
Seus ensinamentos foram designados para produzir informação e transformação.
Esse tipo de instrução é muito exigente e inacreditavelmente difícil de se
realizar.
Foi
praticada pela Igreja Primitiva
III. A IMPORTÂNCIA DO DOM
MINISTERIAL DE MESTRE
1. Uma necessidade urgente da igreja.
Para o ministério de ensino ser eficaz na
igreja local é preciso haver pessoas vocacionadas. Não são todas que reúnem
informações exegéticas, históricas e literárias da Bíblia, aplicando-as como é
necessário. Deus concedeu à sua igreja mestres, e é preciso que ela invista neles
também. Muitas vezes, por absoluta falta de preparo dos obreiros, predomina a
superficialidade bíblica, a infantilidade “espiritual” e o aumento do engano
promovido pelas astúcias dos falsos mestres (2 Pe 2.1). Esse dom do Senhor é
para a igreja amadurecer em todas as dimensões da vida cristã, ao mesmo tempo
em que desmascara os falsos ensinos (Ef 4.14; Os 4.6).
2. A responsabilidade de um discipulado contínuo.
Estamos acostumados a pensar que o discipulado
termina quando o novo convertido é batizado. Não há nada mais equivocado! O
Senhor Jesus chamou-nos para ser os seus discípulos por toda a vida. Por isso,
quem ensina instrui os crentes para a maturidade da fé. É um aprendizado
diário, permanente e contínuo, tanto para quem é discipulado quanto para quem
está discipulando!
3. Requisitos necessários ao mestre.
Apresentaremos alguns requisitos importantes para a
igreja reconhecer pessoas com o dom ministerial de mestre em nossa época:
a) Um salvo em Cristo. Não pode haver dúvidas
quanto à própria experiência salvífica por parte do vocacionado para o
ministério do ensino (2 Tm 2.10-13). Infelizmente há pessoas que não creem
naquilo que ensinam. Assim, não há verdade nem firmeza nelas.
b) O hábito de ler. Em nosso país, a leitura é
um problema cultural. Se as pessoas leem pouco, a igreja pouco lerá.
Entretanto, como ensinaremos se não lermos? O hábito da leitura era levado a
sério no ministério do apóstolo Paulo (1 Tm 4.13; 2 Tm 4.13).
c) Preparo intelectual. A Bíblia é o instrumento de
trabalho do Ensinador cristão.
Considerando este livro milenar, veremos que a cultura e o mundo da Bíblia são
diferentes do nosso. Por isso, o mestre deve compreender o mundo da Bíblia
(suas questões culturais, linguísticas, exegéticas etc.) para não fazer
apelações fantasiosas, apresentando-as como exposição da Palavra de Deus.
d) Um coração em chamas. Martin Loyd-Jones dizia que
a verdadeira pregação era teologia em fogo. É vontade de Deus que o vocacionado
ao ensino utilize os avanços das ciências bíblicas para pregar a Palavra de
Deus na força do Espírito Santo. Precisamos alcançar as mentes e os corações
dos nossos dias, e isto apenas será possível quando tivermos obreiros com uma
mente bem preparada e conectada a um “coração em chamas” e apaixonado por Jesus
(At 3.12-26).
SÍNTESE DO TÓPICO III
O dom ministerial de mestre é uma necessidade para
a igreja local e uma responsabilidade
para um discipulado permanente.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“MESTRE
Nas Escrituras, essa palavra está geralmente designando uma pessoa que é
superior a outras, em poder, autoridade, conhecimento ou em algum outro
aspecto. Várias palavras são traduzidas como ‘mestre’ nas várias versões da
Bíblia Sagrada. A palavra hebraica mais frequente, ‘adon, significa ‘soberano’
ou ‘senhor’. O significado literal de várias palavras gregas varia de
‘instrutor’ ou didaskalos, como em Mateus 10.24, até ‘déspota’ ou despotes, com
em 1 Pedro 2.18. Outra palavra grega traduzida como ‘mestres’, epistates,
significa ‘meu mestre’ (‘superior’ ou ‘professor’), com em João 4.31. […] Duas
palavras gregas para ‘m estres’ ocorrem em Mateus 23.8-10, ‘Vós, porém, não
queirais ser chamados Rabi [rhabbi, ‘meu mestre’, ou ‘professor’], a saber, o
Cristo, e todos vós sois irmãos. E a ninguém na terra chameis vosso pai porque
um só é o vosso Pai, o qual está nos céus. Nem vos chameis mestres [kathegetes,
‘líderes’], porque um só é vosso Mestre, que é o Cristo” (PFEIFFER, Charles F.;
REA, John; VOS, Floward F. (Eds.). Dicionário Bíblico Wycliffe. 1. ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 2009, pp. 1261,62).
CONCLUSÃO
É preciso desfazer a ideia propagada ao longo de
décadas acerca do preparo intelectual do crente. Não é verdade que
necessariamente ele esfriará na fé se estudar. Se fosse assim Paulo seria o
mais frio dos apóstolos do
Novo Testamento, pois não havia obreiro mais bem preparado que ele (At
17.15-34; Tt 1.12). Este, no entanto, soube conjugar preparo intelectual e
poder do alto. É disso que as nossas igrejas precisam: homens cheios do
Espírito, mas do mesmo modo, com a mente iluminada para responder, com mansidão
e temor, a razão da nossa esperança (1 Pe 3.15).
PARA REFLETIR
A respeito de “O Ministério de Mestre ou Doutor”,
responda:
1 - Quais eram as duas opções de quem ouvia o
Mestre dos mestres? R: Amá-lo ou odiá-lo.
2 - O que Jesus fez a fim de ensinar acerca da
humildade? O
mestre da Galileia levantou-se da ceia, tirou as vestes e, tomando uma toalha,
cingiu-se. Depois, pôs água numa bacia e começou a lavar os pés aos discípulos
e a enxuga-los com a toalha com que estava cingido” (Jo 13.4,5).
3- Qual foi a ordem de Jesus para a Igreja antes de
ascender aos céus? R: Determinou aos seus discípulos que ensinassem “todas as nações […] a
guardar todas as coisas” que Ele tinha ordenado.
4 - De acordo com a lição, o que significa a
doutrina dos apóstolos? R: Trata-se do conjunto de ensinos de Cristo
ministrados por eles, de forma eficaz, a fim de produzir crescimento integral
aos novos crentes.
5 - O que é necessário para que o ministério
de ensino na Igreja seja eficaz? R: É preciso haver pessoas
vocacionadas.
EBD | 2°
Trimestre De 2021 | CPAD – Adultos – Tema:
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Lição 10: O Ministério de
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