sexta-feira, 28 de maio de 2021

segunda-feira, 10 de maio de 2021

Lição 13: A Santa Ceia, o Amor e a Ressurreição | EBD – Jovens | 2° Trimestre De 2021

Lição 13: A Santa Ceia, o Amor e a Ressurreição | EBD – Jovens | 2° Trimestre De 2021

EBD | 2° Trimestre De 2021 | CPAD – Jovens Tema: O Cuidado de Deus com o Corpo de Cristo – Lições da Carta do Apóstolo Paulo aos Coríntios para os nossos Dias | Lição 13: A Santa Ceia, o Amor e a Ressurreição

OBJETIVOS

Mostrar as orientações de Paulo a respeito da celebração da Ceia do Senhor

Conhecer o poema reconhecer do amor

Saber a respeito da Ressurreição e o destino do Cristão salva

Texto do dia

” O amor nunca falha; mas, havendo profecias serão aniquiladas; havendo línguas cessarão; havendo ciência, desaparecerá.” (1 Co 13.8)

Síntese

O sacrifício de Jesus na cruz foi o maior exemplo de amor sacrificial.

Agenda de Leitura

Segunda – 1 Co 13.1 A excelência do amor

Terça – 1 Co 13.7 O amor tudo suporta

Quarta – 1 Co 13.13 A fé, a esperança e o amor

Quinta – 1 Co 15.4  Jesus morreu por nossos pecados, mas ressuscitou ao terceiro dia

Sexta – 1 Co 15.14,17 Se Cristo não ressuscitou a nossa fé seria em vão

Sábado – 1 Co 15.20 Cristo Ressuscitou e é as Primícias dos que dormem

Interação

Com a graça de Deus, encerramos a série de estudos a respeito da primeira carta de Paulo aos Coríntios. Aproveite essa última aula do trimestre e reflita com seus alunos a respeito dos principais pontos de 1 Coríntios. Pergunta o que eles mais gostaram de estudar nessa primeira carta. Faça um resumo dos temas que foram tratados em série no trimestre com oração de gratidão a Deus por esse tempo de aprendizado. Procure ver os alunos que mais faltaram no trimestre. Converse com eles, procure saber o motivo das faltas porém não faça cobranças. Ouça o que o aluno tem a dizer, procure ajudá-lo. Fale a respeito da importância da escola dominical e da assiduidade.

Orientação Pedagógica

Professor(a) prezado(a), para concluir o trimestre, Reproduza o quadro abaixo e veja com os alunos os principais pontos de 1 Coríntios. 

TEXTO BÍBLICO 

1 Coríntios 11.23-25 

23 Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; 

24 E, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei: isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim. 

25 Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim. 

Introdução 

Nesta última lição do trimestre, mudaremos a respeito da ceia do senhor, o poema do amor, a ressurreição e o destino dos salvos por Cristo Jesus.

I – ORIENTAÇÕES A RESPEITO DA CELEBRAÇÃO DA CEIA DO SENHOR 

1. Paulo repreende as dissensões durante a celebração da Ceia do Senhor (11.17-22). As igrejas do primeiro século participavam de uma refeição comum que tinha por objetivo principal a comunhão dos membros, chamada ágape. Com o passar do tempo essa celebração se uniu com a comemoração da Ceia do Senhor. Todavia, durante essa celebração os irmãos em Corinto com melhores condições comiam suas refeições em separado das demais pessoas (vv. 18-20). Paulo chega afirmar que “enquanto um passa fome, o outro fica embriagado” (v.21). Ele reforça: “desprezais a igreja de Deus e envergonhais os que nada têm?” (v.22). Os que chegavam mais cedo não esperavam pelos demais (v.33). O apóstolo afirma que não podia louvá-los pelo comportamento à mesa (v.17). 

2. Um olhar para o passado: O modelo da Ceia do Senhor (11.23-25). Os Evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) narram sobre a última ceia de Jesus com seus discípulos, mas eles foram escritos a décadas depois das Cartas aos Coríntios. Olhando para trás, a Ceia do Senhor apontava para a centralidade da morte de Cristo (vv. 24,25). O pão simbolizava o corpo de Cristo “que é partido por vós” e o suco de uva simbolizava o sangue vertido na cruz. A base para absolvição de todo pecador no julgamento divino é a morte de Cristo. Por isso, a orientação de Jesus para celebrar a Ceia do Senhor em memória da sua morte. A morte de Jesus e seus efeitos não podem ser esquecidos pelo cristão, quanto mais for lembrada mais gratidão o crente vai demonstrar. Graças à celebração da Ceia do Senhor, os crentes estão periodicamente lembrando a morte do Senhor, porém, nem sempre com o devido respeito e reverência. 

3. Um olhar introspectivo: O autoexame preventivo para não ser condenado (11.26-32). Celebrar a Ceia do Senhor é testemunhar a morte e ressurreição de Jesus, enquanto se aguarda o arrebatamento da Igreja. Todavia, Paulo afirma que alguns irmãos coríntios estavam participando da Ceia para “sua própria condenação” (v.29). A atitude dos crentes de Corinto durante a celebração era “indigna” por “não discernir o corpo do Senhor”, um reflexo da vida prática deles. Por isso, Paulo recomenda que ao participar da celebração da Santa Ceia, cada um examine a si mesmo para não ser condenado com o mundo (11.27-29).

O autoexame deveria ser feito como igreja e individualmente. Paulo destaca que deveriam ser revistas as atitudes contraditórias que estavam ocorrendo na própria Ceia do Senhor, que refletiam o dia a dia deles, para uma correção de rumo. A Ceia do Senhor aponta para a cruz de Cristo. Nela, o participante deve se ver crucificado com Cristo, caso contrário deve rever suas atitudes para não ser condenado com o mundo (v.32). 

II – O POEMA DO AMOR 

1. A causa das divisões na comunidade de Corinto era a falta de amor. O texto do capítulo 13 da Primeira Carta aos Coríntios traz um dos mais belos poemas de todos os tempos, também conhecido como “o hino do amor”. Na Carta ele deve ser interpretado à luz de seu contexto, ou seja, os constantes conflitos e divisões da igreja em Corinto. A vida na igreja , para que seja fraterna e feliz, exige a prática do amor. Sem o amor, a igreja deixa de ser um local seguro e acolhedor. O poema do amor deixa claro que ele se manifesta nas coisas mais simples do cotidiano. Paulo mostra que a falta de amor é a principal causa das divisões na igreja. 

2. A proeminência do amor sobre os dons (13.1-7). Paulo termina o capítulo doze aconselhando os coríntios a buscarem os melhores dons e ele os apresentaria “um caminho ainda mais excelente” (12.31). Na sequência, apresenta o poema do amor para mostrar como os dons deveriam ser utilizados. A igreja em Corinto se orgulhava da grande manifestação dos dons espirituais nas reuniões, em especial os dons de línguas e as profecias. O apóstolo assevera que os dons sem o amor, não valeriam de nada.

Então, Paulo passa a mostrar as características do amor: Ele é paciente, prestativo, não é invejoso, não se ostenta, não é orgulhoso, não é inconveniente, não se irrita, não guarda rancor, não tem prazer na injustiça, tem prazer na verdade, tudo perdoa, tudo crê, tudo espera e tudo suporta (134-7)

3. A perenidade do amor: Ele jamais passará (1 Co 13.8-13). Nós sabemos que os dons e serviços são importantíssimos para a igreja, mas eles não permanecerão para sempre. Contudo o amor jamais passará! Paulo assegura que somente quem tem maturidade espiritual é capaz de demonstrar o amor verdadeiro. O amor é como uma característica genética de Deus, que comprova a paternidade divina. A maturidade cristã supõe a fé, a esperança e o amor, todavia, a maior das virtudes é o amor (v. 13). 

Segue o Vídeo Adicional da Lição👇



III – A RESSURREIÇÃO E O DESTINO DO CRISTÃO SALVO 

1. A fé na ressurreição de Jesus é a garantia da vida eterna com Deus (15.1- 34). Paulo, antes de chegar a Corinto, teve uma experiência amarga em Atenas. O público estava atento à mensagem dele. Mas, quando o apóstolo fala a respeito de Jesus e de sua ressurreição (anástasis), os gregos pensavam se tratar de um paroleiro ou um pregador de deuses estranhos (At 17.18). Assim, a rejeição foi imediata (At 17.32,33). Os gregos acreditavam que a alma era imortal, nas vivia aprisionada no corpo mortal. O corpo era visto como impedimento para a alma se realizar plenamente.

Em Corinto não era diferente e mesmo algumas pessoas da igreja voltaram a ter dúvidas a respeito da ressurreição. Então, Paulo reafirma a fé na ressurreição de Jesus que garante a vitória definitiva sobre o pecado (1 Co 15.20-28). Ele afirma que “se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens” (1 Co 15.19). 

2. Deus dará aos crentes salvos um corpo glorioso (15.35-50). Para falar a respeito da ressurreição dos salvos e a transformação espiritual do corpo, Paulo usa a imagem do grão de trigo, que deve morrer para gerar vida (1 Co 15 35 – 3 8 ). Paulo ensina que corpo e sangue não podem herdar o Reino de Deus (15.50): “ Semeia-se o corpo à corrupção, ressuscitará em incorrupção. Semeia-se em ignomínia, ressuscitará em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscitará com vigor. Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual […]” (15.42-44). Deus dá a cada sem ente o corpo que quer (15.38). Ao salvo dará um corpo glorioso. 

3. Os crentes salvos e que estiverem vivos na última hora serão arrebatados (15.51-58). Entre os gentios havia muitas dúvidas a respeito da ressurreição. Para eles, a morte era um dos pré-requisitos para a ressurreição. Uma de suas preocupações era de Jesus voltar e estando vivos não terem seus corpos transformados. Paulo os tranquiliza ao afirmar que no arrebatamento “nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num abrir e fechar de olhos os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados” (1 Co 15.51.52).

Jesus transformou o instrumento de tortura e humilhação para os gentios, e a maldição para os judeus, em um sinal de salvação e ressurreição para os cristãos. Quando Cristo se manifestar os cristãos salvos serão semelhantes a Ele (1 Jo 3.2), revestidos da incorruptibilidade e da imortalidade (1 Co 15.54). Paulo conclui o capítulo 15 dizendo: “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor” (v.58).

SUBSÍDIO 1 

“Beber o cálice Na noite em que a Páscoa foi transformada na Santa Ceia, Jesus tomou o cálice, deu graças e ofereceu aos seus discípulos, dizendo: ‘Porque isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento, que é derramado por muitos, para remissão de pecados’ (MT 26.28). Essa linguagem é simbólica. E o vinho no cálice era o símbolo do sangue de Jesus. A palavra aliança (testamento) significa um convênio solene e formal entre duas pessoas ou grupos. Geralmente, para se oficializar uma aliança, matavam um animal e comiam juntos a carne dele como sinal de amizade e boa fé. De fato, a palavra hebraica berith (aliança) significa ‘comer em conjunto’ ou ‘amarrarem’.

A ceia da aliança mostrava que os dois membros em ou partidos aceitavam os termos do convênio. No Antigo Testamento, houve várias alianças entre Deus e os homens, como as que Ele fez com Noé e Abraão. Toda aliança consiste em quatro partes: as pessoas, as condições, a garantia de cumprir as promessas e os resultados do cumprimento dos convênios. Examinemos a aliança que Deus fez com Noé em Gênesis 9” (HOOVER, Thomas Reginald. Comentário Bíblico 1 e 2 Coríntios. Rio de Janeiro, CPAD, 1999. p. 91). 

SUBSÍDIO 2 

“Após encerrar seu ensino sobre dons espirituais e cultos bem ordenados, Paulo aborda mais um problema. Alguns membros da igreja em Corinto afirmavam que os mortos não ressuscitariam (1 Co 15 12 ). Paulo apresenta as provas da ressurreição de Jesus como evidência daqueles que estão ‘em Jesus’ e que também ressuscitarão. Satanás continua tentando convencer as pessoas de que não há vida após a morte. Na tentativa de destruir a evidência da ressurreição de Jesus, alguns sugerem que Ele não morreu, somente desmaiou para depois recuperar a consciência no túmulo. Outros dizem que voltou a viver apenas na mente dos seus discípulos.

Essas pessoas deveriam ser corrigidas. O enterro de Cristo constitui um elemento importante, pois prova que Ele realmente morreu (Jo 19.33). Sua ressurreição constitui evidência de que Deus aceitara seu sacrifício, sendo parte integral das Boas Novas pelas quais somos salvos. As múltiplas ocasiões em que Ele apareceu aos seus conhecidos testificam a sua ressurreição” (HOOVER, Thomas Reginald. Comentário Bíblico 1 e 2 Coríntios. Rio de Janeiro, CPAD, 1999. p. 132). 

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Conclusão

Nesta última lição do trimestre  estudamos temas relacionados à cruz de Cristo. Vimos que a celebração da ceia do senhor aponta para a cruz de Cristo. Aprendemos também a respeito do poema do amor que reflete sua Plenitude no amor oferecido por Jesus na cruz e que nunca passará, e a ressurreição de Cristo que garante a nossa ressurreição

HORA DA REVISÃO 

1. Para quem apontava a Ceia do Senhor? Olhando para trás, a Ceia do Senhor apontava para a centralidade da morte de Cristo (vv. 24,25). 

2. O que simboliza o pão na Ceia do Senhor? O pão simbolizava o corpo de Cristo “que é partido por vós”. 

3. O que simboliza o suco de uva na Ceia do Senhor? O suco de uva simbolizava o sangue vertido na cruz. 

4. Qual é a base para a absolvição de todo pecador? A base para absolvição de todo pecador no julgamento divino é a morte de Cristo. 

5. Em qual capítulo da Primeira Carta aos Coríntios encontramos o chamado “poema do amor”? No capítulo 13.

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Lição 12: Da Circuncisão e dos Alimentos Sacrificados a Ídolos | EBD – Jovens | 2° Trimestre De 2021

 Lição 12: Da Circuncisão e dos Alimentos Sacrificados a Ídolos | EBD – Jovens | 2° Trimestre De 2021

EBD | 2° Trimestre De 2021 | CPAD – Jovens Tema: O Cuidado de Deus com o Corpo de Cristo – Lições da Carta do Apóstolo Paulo aos Coríntios para os nossos Dias | Lição 12: Da Circuncisão e dos Alimentos Sacrificados a Ídolos

OBJETIVOS

Mostrar uma circuncisão no Antigo Testamento

Conhecer a circuncisão e o cristianismo

Saber a respeito dos alimentos sacrificados aos Ídolos em Corinto

TEXTO DO DIA

“Ora, no tocante às coisas sacrificadas aos Ídolos, sabendo que todos temos ciência. A ciência incha mas o amor edifica.” (1 Co 8.1)

SÍNTESE

O que salva o ser humano não são hipóteses religiosas, mas a fé no sacrifício Vicário de Cristo Jesus

AGENDA DE LEITURA

Segunda – Lv 12.1-3 Deus ordena a circuncisão no Antigo Testamento

Terça – Dt 10.16 A circuncisão que agrada a Deus

Quarta – Jr 4.4 A circuncisão do coração

Quinta – At 15.29 “Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos”

Sexta – 1 Co 8.9 Que não venhamos escandalizar ninguém

Sábado – 1Co 8.4 Só há um Deus

INTERAÇÃO

Professor(a), na lição de hoje estudaremos a respeito da ilustração que Paulo fez sobre a circuncisão e os alimentos sacrificados aos Ídolos. Tudo indica que alguns crentes estavam dando judaizantes, que desejavam que o novo convertido se tornasse primeiro judeu, tendo que se circuncidar. Então Paulo os ensina que o ser humano algum jamais será salvo por intermédio dos rituais religiosos, principalmente a circuncisão. Só há salvação mediante a fé no sacrifício de Carlos de Jesus Cristo.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA 

Prezado(a) professor(a), uma das agências da lição deste domingo é a circuncisão. Por isso, sugerimos que para a aula de hoje, você faça uma mesa redonda com seus alunos e debata a seguinte questão: ” Abraão foi justificado diante de Deus pelas obras ou por sua fé?”. Concluía o debate mostrando que Abraão não tinha porque se gloriar diante de Deus por seus feitos, pois a palavra de Deus nos diz: ” creio Abraão em Deus e isso lhe foi imputado como Justiça”. Em quem ele creu? Na promessa de Deus de Gênesis 15.5. O homem não será justificado diante de Deus por algum tipo de rito, mas unicamente mediante a fé em Cristo (Rm 4.1-8).

TEXTO BÍBLICO 

1 Coríntios 7.18,19 

18- É alguém chamado, estando circuncidado? Fique circuncidado, É alguém chamado, estando incircuncidado? Não se circuncide. 

19- A circuncisão é nada, e a incircuncisão nada é, mas, sim, a observância dos mandamentos de Deus.

1 Coríntios 8.2-5 

2- E, se alguém cuida saber alguma coisa, ainda não sabe como convém saber. 

3- Mas, se alguém ama a Deus, esse é conhecido dele. 

4- Assim que, quanto ao comer das coisas sacrificadas aos ídolos, sabemos que o ídolo nada é no mundo e que não há outro Deus, senão um só. 

5- Porque, ainda que haja também alguns que se chamem deuses, quer no céu quer na terra (como há muitos deuses e muitos senhores).

INTRODUÇÃO

Na igreja em Corinto havia alguns judeus convertidos em Jesus Cristo. Alguns deles eram influentes e não tinham ainda regras e costumes do judaísmo. Muitos desses costumes contrariavam a mensagem do Evangelho. Por isso, o embate entre os judeus convertidos a Jesus e o apóstolo Paulo foi constante durante todo o seu ministério. Na lição desta semana veremos dois assuntos que se destacam entre os Coríntios que haviam deixado judaísmo: a circuncisão e os alimentos sacrificados aos Ídolos.

I – A CIRCUNCISÃO NO ANTIGO TESTAMENTO 

1. A circuncisão teve sua origem em Abraão. A circuncisão é a remoção do prepúcio, uma pele que cobre o órgão sexual masculino. Deus estabeleceu a circuncisão como um sinal para sua aliança com o patriarca Abraão. O Senhor prometeu que faria de Abraão uma grande nação (Gn 12.1-3; 17.2,10-14). A partir dele, todos os seus descendentes, do sexo masculino, deveriam fazer a circuncisão como um sinal externo e visível da aliança com Deus. O ritual da circuncisão deveria ser realizado no oitavo dia de vida e simbolizava a inserção do indivíduo no povo eleito pelo Senhor, segundo a promessa feita a Abraão.

A desobediência a essa ordenança divina resultaria na expulsão da comunidade, e isso poderia significar vagar pelo deserto, ser transformado em escravo e até mesmo morrer. A circuncisão também tinha uma função em relação à saúde do homem e da mulher, considerando as condições de vida dentro de um ambiente nômade, como a de Abraão e seus descendentes. 

2. A circuncisão passou a ser um ritual obrigatório na Lei de Moisés. A prática da circuncisão, iniciada por Abraão, com o tempo passou a ser um requisito obrigatório na Lei Mosaica (Lv 12.2,3). A não observância dessa regra poderia ser punida com a morte. Sua importância também era evidenciada com a obrigatoriedade de ser feita no oitavo dia, mesmo que coincidisse com o dia de sábado. No Novo Testamento, Paulo mostra aos coríntios a importância da “circuncisão espiritual”, alcançada mediante a fé em Jesus Cristo. Todavia, o Pentateuco (Dt 10.16; 30.6) e os profetas do Antigo Testamento, com o em Jeremias, já davam destaque a circuncisão do coração, não feita pela mão do homem (Jr 44; Jr 9.25). 

3. A lei e a circuncisão não libertaram o povo judeu da escravidão do pecado. Os judeus se achavam superiores aos gentios por serem herdeiros da promessa feita por Deus a Abraão e por serem os receptores da Lei. Eles mantinham sua identidade e exclusivismo por meio do ritual da circuncisão, que apenas aumentava mais a arrogância e a hipocrisia. Eles buscavam a Deus, mas de maneira equivocada. Os rituais e as práticas de purificação e pretensa santificação não foram suficientes para alcançarem a tão sonhada justificação diante de Deus. A justificação do homem se dá mediante a fé no Filho de Deus. 

II – A CIRCUNCISÃO E O CRISTIANISMO 

1 .O concílio de Jerusalém deliberou a respeito da questão da circuncisão. A expansão do Evangelho para os territórios gentílicos por meio da evangelização fez com que muitos conflitos com relação à circuncisão surgissem. O assunto se tornou tão incômodo que por volta dos anos 50 d. C. foi realizado um concílio em Jerusalém com a participação de Paulo, Barnabé e alguns apoiadores da igreja em Antioquia, juntamente com os apóstolos e anciãos da igreja em Jerusalém (At 15.1-29; G l 2.1-10).

O concílio teve como principal atribuição definir o que deveria ser observado pelos cristãos gentílicos e quais seriam as práticas exclusivas dos judeus. A decisão foi de que a circuncisão seria observada somente pelos judeus. Todavia, infelizmente o concílio não extinguiu os conflitos entre os judeus convertidos e os cristãos gentílicos. 

2. Na igreja em Corinto não se deveria fazer distinção entre circuncisos e incircuncisos (1 Co 7.18). Paulo demonstra em algumas de suas cartas, em especial em Romanos, que Abraão não foi justificado por meio da circuncisão, mas sim pela sua fé no Todo-Poderoso. Ele afirma que tanto os judeus quanto os cristãos são descendentes espirituais de Abraão. Então, aos coríntios ele orienta: Quem está circuncidado, continue circuncidado; quem não está circuncidado, continue incircunciso. Ele deixa bem claro que a circuncisão é apenas um sinal externo para os judeus e não implica diretamente a salvação. 

3. A verdadeira circuncisão é a do coração. Os judeus ensinavam, mas não praticavam a Lei. Portanto, de nada valeria um sinal externo se as práticas não condiziam com o que ensinavam. Paulo afirma que a verdadeira circuncisão é a que ocorre no interior do ser humano, em seu coração, que só pode ser realizada pelo Senhor (Rm 2.25-29). Entretanto, isso não significa que o exterior não é importante, mas sim que a verdadeira transformação deve acontecer de dentro para fora.

Segue o Vídeo Adicional da Lição👇




III – ALIMENTOS SACRIFICADOS AOS ÍDOLOS 

1. Os “açougues” em Corinto nos dias de Paulo. No primeiro século, os mercados da cidade de Corinto vendiam as sobras das carnes dos animais que eram sacrificados aos ídolos nos templos pagãos. Comprar nesses açougues era uma rotina normal na cidade, não era problema para os seus habitantes, com exceção da comunidade judaica. Naquela época aconteciam também algumas festas nos pátios dos templos dos ídolos dos quais todas as pessoas podiam participar livremente (8.10). Em Corinto, para uma grande maioria, essa era praticamente quase a única oportunidade de comer carne. 

2. Comprar carne sacrificada aos ídolos? Com a chegada do Evangelho na cidade de Corinto, as práticas idólatras, como a compra de carne que foi sacrificada aos ídolos e que eram vendidas nos açougues, começou a gerar conflitos entre os crentes. Alguns membros continuaram comprando esses açougues e comendo essas carnes sem preocupação, enquanto outros, influenciados pela crença judaica que tinha certa influência nas comunidades cristãs, deixaram de comprar desses açougues por serem carnes sacrificadas aos ídolos.

Comer alimentos sacrificados aos ídolos também foi um dos principais assuntos, junto com a circuncisão, na assembleia que aconteceu em Jerusalém (At 15.22-29). Para os cristãos de origem judaica, comer carne sacrificada aos ídolos era ser semelhante ao que fazia os sacrifícios. Essa foi uma das questões levadas pelos irmãos até Paulo, solicitando a orientação dele a respeito de como deveriam proceder. 

3. Orientações e conselhos a respeito de alimentos sacrificados aos ídolos. Paulo traz duas orientações importantes aos crentes de Corinto quanto às coisas sacrificadas aos ídolos: A primeira orientação era para os crentes mais maduros e que não acreditavam em outros deuses além do único Deus Criador. Para estes ele recomenda que continuem no mesmo procedimento de sempre: Vá e compre o que tiver no mercado (8.4-6). A segunda orientação é para aqueles crentes mais fracos, que acreditam em um único Deus, mas na prática temem os falsos deuses.

Porém, o mais importante é o fato de que Paulo recomenda que a nossa “liberdade não seja de alguma maneira escândalo para os fracos” (v.g). Ele é bem enfático ao afirmar: “Pelo que, se o manjar escandalizar a meu irmão, nunca mais comerá carne, para que meu irmão não se escandalize”. Os crentes maduros deveriam evitar comer a carne oferecida aos ídolos se isso fosse prejudicar de alguma forma a fé, a consciência dos irmãos mais fracos.

SUBSÍDIO 1

“Paulo reconheceu que nem todos os cristãos tinham alcançado um estágio de conhecimento intelectual ou de vigor espiritual que permitisse, sem ofender a si próprios, assistir a uma festa impregnada de uma atmosfera idólatra. Quando essas pessoas se tornaram cristãs elas aceitaram o Deus da fé cristã como o único Deus. Mas esse conceito era limitado. Um estudioso escreveu: ‘Este conceito monoteísta que todos possuíam… ainda não havia desabrochado na consciência de todos em sua plenitude.

Alguns talvez ainda guardassem dentro de si remanescentes de sua antiga superstição, e tivessem medo do poder dos ídolos. Tais pessoas não iriam considerar os ídolos iguais a Deus, mas ‘seres intermediários, anjos bons ou maus, e era melhor procurar o seu favor ou evitar a sua ira.’ Dessa maneira, havia alguns que comiam… no seu costume para com o ídolo: ‘havia algo que, em tais pessoas, sobreviveu à sua conversão’. Não tendo ainda amadurecido a ponto de chegar a uma completa rejeição da realidade dos falsos deuses. Esses cristãos iriam sentir uma sensação de culpa de comessem a carne oferecida aos ídolos” (Comentário Bíblico Beacon. Vol. 8. Rio de Janeiro, CPAD, 2006, p. 309). 

SUBSÍDIO 2

“No capítulo 8, o apóstolo Paulo responde a mais uma pergunta dos coríntios, referente ao consumo de carne oferecida aos ídolos. Antes da sua conversão, muitos crentes em Corinto eram pagãos, adoravam ídolos e sacrificavam animais aos deuses. Nesses sacrifícios, juravam sua devoção às respectivas deidades, invocavam a bênção dos deuses representados pelos ídolos e se comunicavam com as forças diabólicas, enquanto comiam uma parte da carne sacrificada (1 Co 10.18). Tudo isso era um ato de louvor pagão.

O restante da carne era consumida pelos sacerdotes ou vendida no mercado. Após a sua conversão os crentes coríntios desejavam saber se ainda seria lícito comer daquela carne oferecida aos Ídolos ou se deviam se abster de tal consumo” (HOOVER, Thomas Reginald. Comentário Bíblico 1 e 2 Coríntios Rio de Janeiro, CPAD, 1999, p. 64). 

CONCLUSÃO

Na lição de hoje vimos que há vários conflitos entre os convertidos de Jesus Cristo e os crentes Gentios de Coríntios. Quanto à circuncisão, Paulo é bem claro em suas orientações:  cada um fique como está, pois a circuncisão Não faça de um ritual externo com significado para os judeus. Quanto à carne sacrificada a Ídolos, ele esclarece que os Ídolos nada são e que só existe um Deus, mas para evitar conflitos entre os irmãos, não se comece a carne sacrificada e que eram vendidas no mercado da cidade.

HORA DA REVISÃO 

1. Segundo a lição a circuncisão começou com qual patriarca? A circuncisão teve sua origem em Abraão 

2. O que é circuncisão? A circuncisão é a remoção do prepúcio, uma pele que cobre o órgão sexual masculino. 

3. Quando deveria ser realizado o ritual da circuncisão? O ritual da circuncisão deveria ser realizado no oitavo dia de vida e simbolizava a inserção do indivíduo no povo eleito pelo Senhor, segundo a promessa feita a Abraão. 

4. O que a assembleia de Jerusalém deliberou a respeito da circuncisão? A decisão foi de que a circuncisão seria observada somente pelos judeus. 

5. O que a Assembleia de Jerusalém deliberou a respeito das coisas sacrificadas a Ídolos? Que os crentes deveriam evitar os alimentos sacrificados aos ídolos.

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Lição 11: Paulo responde questões a respeito do Casamento | EBD – Jovens | 2° Trimestre De 2021

Lição 11: Paulo responde questões a respeito do Casamento | EBD – Jovens | 2° Trimestre De 2021

EBD | 2° Trimestre De 2021 | CPAD – Jovens Tema: O Cuidado de Deus com o Corpo de Cristo – Lições da Carta do Apóstolo Paulo aos Coríntios para os nossos Dias | Lição 11: Paulo responde questões a respeito do Casamento

OBJETIVOS 

Conscientizar de que o casamento é bom; 

Mostrar a indissolubilidade do casamento

Saber que o casamento não deve ser usado como fuga

TEXTO DO DIA

“Mas, se não pode conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do que abrasar-se” (1 Co 7.9).

SÍNTESE

O casamento deve ser no Senhor, bem planejado e realizado de forma segura para amenizar as dificuldades de uma vida a dois.

AGENDA DE LEITURA

Segunda – Gn 2.24 Deixar pai e mãe

Terça – Mt 19.6 O homem não deve separar o que Deus uniu

Quarta – Mt 19.9 Jesus fala a respeito das condições do divórcio

Quinta – Mt 19.11-12 Nem todos receberam o dom do celibato

Sexta – Rm 7.1-3 Morto marido, a mulher está livre para se casar novamente

Sábado – Hb 13.4 Venerado seja o matrimônio

INTERAÇÃO

Professor(a), na lição de hoje estudaremos as respostas do apóstolo Paulo acerca do casamento. Os Coríntios tinham muitas dúvidas quanto ao matrimônio, então Paulo os instruiu acerca do assunto mostrando que o casamento deve ser no Senhor e que ele é uma dádiva divina. Deixar pai e mãe e construir uma família um projeto divino (Gn 2.24). Contudo o apóstolo também mostra o valor daqueles que por amor a Cristo e a sua obra decidem permanecer solteiros. Casados, viúvos ou solteiros, pertencemos ao Senhor e devemos viver de maneira que o seu nome seja glorificado em nossas vidas. Sabemos que em breve Jesus voltará e no céu não haverá marido e esposa, mas vamos formar uma única família, a família do cordeiro de Deus.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA 

Prezado (a) professor(a), reproduza o quadro abaixo e utilize-o para mostrar aos alunos os conselhos de Paulo a respeito do casamento.

TEXTO BÍBLICO 

1 Coríntios 7.1-14

1- Ora, quanto às coisas que me escrevestes, bom seria que o homem não tocasse em mulher. 

2- Mas, por causa da prostituição, cada um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido. 

3- O marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher, ao marido. 

4- A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e também, da mesma maneira, o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher. 

5- Não vos defraudeis um ao outro, senão por consentimento mútuo, por algum tempo, para vos aplicardes à oração; e, depois, ajuntai-vos outra vez, para que Satanás vos não tente pela vossa incontinência. 

6- Digo, porém, isso como que por permissão e não por mandamento. 

7- Porque quereria que todos os homens fossem como eu mesmo; mas cada um tem de Deus o seu próprio dom, um de uma maneira, e outro de outra. 

8- Digo, porém, aos solteiros e às viúvas, que lhes é bom se ficarem como eu. 

9- Mas, se não podem conter-se, casem- -se. Porque é melhor casar do que abrasar-se. 

10- Todavia, aos casados, mando, não eu, mas o Senhor, que a mulher não se aparte do marido. 

11- Se. porém, se apartar, que fique sem casar ou que se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher. 

12- Mas, aos outros, digo eu, não o Senhor: se algum irmão tem mulher descrente, e ela consente em habitar com ele, não a deixe. 

13- E se alguma mulher tem marido descrente, e ele consente em habitar com ela, não o deixe. 

14- Porque o marido descrente é santificado pela mulher, e a mulher descrente é santificada pelo marido. Doutra sorte, os vossos filhos seriam imundos; mas, agora, são santos. 

INTRODUÇÃO 

Os membros da igreja em Corinto tinham muitas dúvidas a respeito de várias coisas, inclusive a respeito do casamento e da castidade. Graças ao questionamento deles, nós temos registrados no Cânon Bíblico várias orientações sobre o assunto. Paulo recomenda o casamento como um projeto de Deus e algo bom. Entretanto, ele inclui algumas regras para que o matrimônio seja benéfico para vida espiritual do casal e das famílias envolvidas.

I – O CASAMENTO É BOM 

1 . O relacionamento sexual é para o casamento heterossexual e monogâmico (v.1). A igreja em Corinto havia se tornado uma das maiores daquela região e os padrões morais dos novos convertidos eram bem diferentes do estilo de vida das outras pessoas que moravam na cidade. Por isso, surgem algumas dúvidas acerca do casamento que precisavam ser esclarecidas pelo apóstolo, o que ele fazia por meio das cartas. Naquele tempo surgiram na igreja ensinamentos com tendências gnósticas, que consideravam o corpo mau e o espírito bom. Tal pensamento provocava dois tipos de comportamento: 

a) Fazer o que bem entender com o próprio corpo, uma vez que a crença era de que o espírito não seria afetado; 

b) Mortificar os desejos do corpo, uma vez que a crença era de que o corpo era matéria má. Portanto, os dois extremos eram ruins. Paulo estava respondendo a um questionamento da igreja em relação ao segundo comportamento: O cristão pode se abster do relacionamento sexual no casamento?

2. Paulo recomenda o casamento (vv. 2, 6-9). Ele afirma que “bom seria que o homem não tocasse em mulher”. Ele defende tal ideia, pois a Igreja do Senhor estava no início e havia urgência na pregação do Evangelho, o que muitas vezes exigia uma dedicação exclusiva. No entanto, e le pondera de uma forma mais ampla e complementa a sua resposta: “Mas, por causa da prostituição, cada um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido”. A promiscuidade em Corinto era tão intensa que só o fato de uma moça se identificar como moradora da cidade já seria motivo para considerá-la prostituta.

O apóstolo cita a prostituição na cidade com o um perigo para os que queriam ficar solteiros e para os casais que estavam se abstendo do relacionamento sexual. Ele reconhecia que poucas pessoas teriam disposição necessária para manter inativa sua capacidade sexual. Então, Paulo recomenda o casamento e o relacionamento sexual dos cônjuges visando à procriação e o prazer de ambos. 

3. A prática da abstinência sexual e do celibato é para solteiros. Alguns membros da igreja, incluindo os casados, começaram a utilizar a abstinência sexual como forma de controle dos desejos sexuais. Isso se tornou um grande problema, pois não se imagina um casamento em que um dos cônjuges vê o relacionamento sexual como algo desprezível, enquanto o outro o vê como algo essencial e necessário.

Paulo responde aos questionamentos afirmando que tanto o casamento como o celibato eram opções legítimas para o cristão. O celibato deve ser visto como o dom divino, mas para os que querem permanecer solteiros ou viúvos. A decisão deveria ser consciente e ter por base a paz e a obediência a Deus. Quanto aos casados, ele adverte contra os sacrifícios tolos, que não agregam nada à vida espiritual, baseados em crenças humanas e contrárias ao Evangelho. 

II – A INDISSOLUBILIDADE DO CASAMENTO 

1. O ideal original do casamento (v v .10,11). O ideal é que o casal se una, constitua uma família e seja feliz para sempre (Gn 2.24; Mt 19.6). Paulo é categórico ao afirmar: “Aos casados, mando”. Ele apresenta o casamento cristão como um contrato indissolúvel. Nos Evangelhos, Jesus trata sobre a dissolução do casamento por causa de prostituição com o uma exceção (Mt 19.3-10). Nosso Senhor abordou o assunto quando questionado pelos fariseus adeptos das ideias da escola do rabino Hilel, que defendiam o direito de o marido dar carta de divórcio por qualquer motivo.

Ao ser questionado sobre essa liberalidade, Jesus afirma que ela surgiu devido à dureza do coração do homem . Era uma forma de proteção, pois se repudiada pelo marido, a mulher não poderia mais se casar e, assim, ficaria exposta à miséria e à prostituição. Já aos coríntios, Paulo falava para um público onde a prostituição era aceita pela maioria. 

2. Casamento com descrente antes da conversão (vv.12-16). A exceção de Paulo para o divórcio é no caso em que apenas um dos cônjuges se converte ao cristianismo, o que não era comum entre os judeus e os costumes greco-romanos, onde se supunha que a família (casa) tivesse religião única. No entanto, mesmo na exceção existia regra a ser seguida, ou seja, isso seria possível somente se o casal não conseguisse viver pacificamente sua diversidade religiosa. Paulo orienta ao cônjuge cristão a preservação do casamento, caso o cônjuge não cristão concorde com sua decisão por Cristo (vv.12-14).

No sentido inverso do judaísmo, que defendia que a impureza manchava as coisas puras, o apóstolo defende que o cônjuge cristão santifica o cônjuge não cristão. Todavia, ele aconselha o divórcio caso o descrente queira se separar (vv.15,16; 27, 28, 39). 

3. O divórcio não faz parte do plano original de Deus. Os coríntios precisavam de instruções específicas a respeito do casamento e do divórcio, pois estavam vivendo em uma sociedade de padrões morais contrários às Escrituras Sagradas. Jesus deixou bem claro que no plano original de Deus para a família não havia espaço para o divórcio. Ele mostrou que o divórcio foi permitido devido à dureza do coração dos homens: “I…] Pela dureza do vosso coração vos deixou ele escrito esse mandamento […]” (Mc 10.5). Paulo era um homem de Deus, um apóstolo que conhecia bem os ensinos do Mestre, por isso advertiu aos coríntios quanto à permanência no casamento afirmando que: “Estás ligado à mulher? Não busques separar-te. Estás livre de mulher? Não busques mulher” (7.27).

SEGUE O VÍDEO ADICIONAL DA LIÇÃO👇



III – O CASAMENTO NÃO DEVE SER USADO COMO FUGA 

1 . O casamento não pode ser usado como fuga para a solidão. O casamento não é garantia de ausência de solidão. Existem casais aparentemente “bem casados” e que um dos cônjuges ou os dois vivem solitários. Para a felicidade do casal deve existir boa intimidade emocional entre eles. Os solteiros e viúvos devem ter isso em mente ao planejar um casamento. Há pessoas que se sentem solitárias em sua família e criam expectativas de resolver esse problema com o casamento.

Ela corre o risco de apenas reproduzir o ambiente de convivência atual. Por isso, durante o namoro e o noivado o crente deve ter certeza de que a outra pessoa é capaz de ampará-lo em todos os momentos que precisar. Para um relacionamento permanente é necessário se sentir seguro de que haverá possibilidades de um bom diálogo nos momentos de maior fragilidade. A indiferença é o pior dos comportamentos para um casal. 

2. O casamento não pode ser usado como fuga da tentação sexual. Quando Paulo afirma que “por causa da prostituição, cada um tenha a sua própria mulher, e cada um a tenha o seu próprio marido” (v.2) e diz aos solteiros e as viúvas “se não podem conter-se, casem -se. Porque é melhor casar do que abrasar-se” (v.9), ele não diz displicentemente. O casamento não é uma decisão a ser tomada de qualquer maneira, e a escolha deve ser bem feita e o momento deve ser bem adequado. Os jovens e os viúvos devem tomar a decisão pelo casamento somente após ter segurança de que é a melhor decisão a ser tomada e não por ter dificuldades com a tentação sexual. O casamento é para ser feliz e fazer o outro feliz. O casamento também não é garantia de plena satisfação sexual. Por isso, a recomendação de Paulo em 1 Coríntios 7.3-5, dentre outras. Dependendo da situação, Paulo afirma que é melhor ficar solteiro celibatário. 

3 . O casamento não pode ser usado como fuga das dificuldades da vida. A vida tem suas dificuldades, angústias e sofrimentos e varia de pessoa para pessoa (Jo 16.33). Algumas pessoas vêem no casamento uma oportunidade de fugir de alguns desses problemas. Todavia, essa não é a melhor forma de entrar em um casamento. As pesquisas a respeito dos motivos na escolha do cônjuge apontam dentre as principais motivações a transgeracionalidade, a busca por similaridades ou por complementaridades. Por transgeracionalidade nos referimos aos modelos aprendidos na família de origem e no ambiente sociocultural. Por busca de similaridades, as características pessoais na pessoa escolhida no sentido de reforçar suas imagens.

Por busca de complementaridade, o que se pretende é a satisfação com­pleta de sua necessidade, uma projeção no parceiro de determinados aspectos com deficiência na própria personalidade. De forma geral, essas motivações não são excludentes e as pessoas priorizam as características que lhe são mais importantes. Para o cristão, os princípios gerados a partir do Evangelho devem ser priorizados e ajustados às principais motivações. 

SUBSÍDIO 1

“Paulo passa a responder outra pergunta específica no versículo 25. Tem a ver com o casamento (ou não) de virgens. Paulo diz não ter recebido mandamento específico do Senhor a respeito dessa questão (v. 25). Os Evangelhos nada dizem sobre essa situação, e Paulo não recebeu nenhuma revelação particular do Senhor. Mas ele dá sua opinião, como pessoa digna de confiança. Ao lermos os versículos 25-40, temos a impressão de que o apóstolo se opõe ao casamento. Nada mais longe da verdade. Ele simplesmente aconselha o celibato às jovens coríntias daquela época. Isso não contradiz o ensino geral das Escrituras a respeito do casamento encontrado em Gênesis, nas palavras de Jesus e em outros trechos bíblicos: Venerado seja entre todos o matrimônio’ (Hb 13.4).

O solteiro (ou solteira) não deve se sentir pressionado a casar simplesmente porque é ‘costume’. Nem precisa sentir-se desprezado, inferiorizado ou envergonhado. Esse trecho bíblico oferece uma resposta àqueles que aconselham ‘casamento a todo custo’. O primeiro motivo dado por Paulo em apoio ao celibato é a existência de uma ‘angustiosa situação’. Qual foi essa situação? Não sabemos. Mas é verdade que certas crises tornam necessário o adiamento do casamento ou abandono de planos matrimoniais” (HOOVER, Thomas Reginald. Comentário Bíblico 1 e 2 Coríntios Rio de Janeiro, CPAD, 1999, p. 60). 

SUBSÍDIO 2

“Nos dias de hoje, Satanás está tentando destruir o casamento, o lar e a família. A promoção do sexo, prostituição, homossexualismo, divórcio e concubinato são finais desse fato: há em tudo isso uma fuga de responsabilidade dos participantes. Muitas nações e civilizações do passado foram destruídas por esses mesmos males. Hoje vemos epidemias de doenças sexualmente transmissíveis sem cura: as crianças inocentes sofrem mais, tanto nas doenças que lhe são transmitidas quanto no abandono familiar e na falta de treinamento moral. Esposas e filhos abandonados lutam para sobreviver sem recursos jurídicos ou sustento paternal.

O matrimônio implica num compromisso mútuo e voluntário que dura até a morte dos cônjuges. A família estável e temente a Deus é a pedra fundamental da comunidade ou não bem-sucedida. Os lares dos crentes devem ser o modelo da retidão do plano de Deus e a evidência da sua bênção divina. Paulo escreveu esse segmento da sua Epístola para responder a certas perguntas específicas, sem o propósito de tratar de forma abrangente o assunto do matrimônio” (HOOVER, Thomas Reginald. Comentário Bíblico 1 e 2 Coríntios. Rio de Janeiro, CPAD, 1999, p. 63).

CONCLUSÃO 

Na lição de hoje ficou evidente que o casamento é bom e abençoado por Deus, e que o celibato é somente para as pessoas que têm o dom de permanecer neste estado. O princípio original do casamento é pela adoração até que a morte separa os cônjuges, todavia, devido a dureza do coração muitos casais não chegam até o final juntos. Por isso o casamento não pode ser usado para fugir da Solidão, da Tentação sexual ou das dificuldades da vida, ele deve ser bem planejado e deve ser feito segundo a vontade do Senhor.

HORA DA REVISÃO 

1. Qual era a ideia gnóstica a respeito do corpo e do espírito?  R: A ideia gnóstica considerava o corpo mau, e o espírito bom. 

2. Segundo a lição, quais os dois tipos de comportamento que o pensamento gnóstico produz?  R:Tal pensamento provocava dois tipos de comportamento: a) Fazer o que bem entender com o próprio corpo, uma vez que a crença era de que o espírito não seria afetado; b) Mortificar os desejos do corpo, uma vez que a crença era de que o corpo era matéria má. Portanto, os dois extremos eram ruins. 

3. Paulo recomenda o casamento? Utilize uma referência bíblica para justificar sua resposta. R: Sim, Paulo recomenda o casamento. 1 Coríntios 7. 2, 6-9.

4. Segundo Paulo, para quem deveria ser a prática da abstinência sexual? R:Tal prática seria para aqueles que receberam o dom divino do celibato, os que querem permanecer solteiros ou viúvos. 

5. Qual o princípio original do casamento? R: O ideal original do casamento é que o casal se una, constitua uma família e seja feliz para sempre (Gn 2.24; Mt 19.6).

EBD | 2° Trimestre De 2021 | CPAD – Jovens Tema: O Cuidado de Deus com o Corpo de Cristo – Lições da Carta do Apóstolo Paulo aos Coríntios para os nossos Dias | Lição 11: Paulo responde questões a respeito do Casamento