sexta-feira, 30 de abril de 2021

Lição 7: O Ministério de Profeta – 2° Trimestre De 2021

Lição 7: O Ministério de Profeta – 2° Trimestre De 2021

EBD | 2° Trimestre De 2021 | CPAD – Adultos – Tema: Dons Espirituais e Ministeriais – Servindo à Deus e aos Homens com Poder Extraordinário | Lição 7: O Ministério de Profeta

TEXTO ÁUREO

“E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente, apóstolos, em segundo lugar, profetas, em terceiro, doutores, depois, milagres, depois, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas” (1Co 12.28).

VERDADE PRÁTICA

O ministério do profeta é fundamental para a Igreja de Cristo nos dias atuais.

HINOS SUGERIDOS  141, 215, 438.

LEITURA DIÁRIA

Segunda – At 3.22 Jesus — o profeta prometido

Terça – At 11.27  Profetas na igreja primitiva

Quarta – Lc 11.49  Profetas enviados por Deus

Quinta – 1Co 14.3  O ministério do profeta

Sexta – 1Ts 5.20  Não despreze as profecias

Sábado – Ap 3.22  O Espírito fala às igrejas

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

1 Coríntios 12.27-29; Efésios 4.11-13.  1 Coríntios 12

27 – Ora, vós sois o corpo de Cristo e seus membros em particular.

28 – E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente, apóstolos, em segundo lugar, profetas, em terceiro, doutores, depois, milagres, depois, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas.

29 – Porventura, são todos apóstolos? São todos profetas? São todos doutores? São todos operadores de milagres?

Efésios 4

11 – E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores,

12 – querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo,

13 – Até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo.

INTERAÇÃO

O ministério do profeta é um dom de Deus para a igreja atual. O profeta é chamado para falar segundo o coração do Pai. Nem sempre sua mensagem é aceita. No Antigo Testamento alguns sofreram perseguições terríveis por trazer aos israelitas a mensagem divina. No Novo Testamento os profetas não perderam a preeminência. Eles, juntamente com os apóstolos, eram colunas da Igreja. Atualmente, temos a Bíblia, a profecia maior, porém o Senhor continua a levantar e a usar seus porta-vozes para revelar a sua mensagem ao seu povo.

OBJETIVO GERAL

Descrever o desenvolvimento do Ministério de Profeta

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Descrever a função de profeta no Antigo Testamento

Explicar o ofício do profeta em o Novo Testamento.

Esclarecer o verdadeiro do falso profeta.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Prezado professor, para introduzir o terceiro tópico da lição reproduza na lousa a seguinte afirmação: “De todos os dons espirituais, um dos que mais devemos desejar é seguramente o de discernimento. Nós ouvimos muitas vozes e não podemos seguir todas elas (Gilbert Kirby) [por outro lado] a palavra de Deus ensina que a nossa razão é parte da imagem divina na qual Deus nos criou” (Cristianismo Equilibrado, CPAD, pp.12,22). Após a leitura, discuta com os alunos sobre o texto ora lido. Em seguida, à luz de Mateus 7.15-20, argumente sobre a necessidade de identificarmos a figura do falso profeta e não deixarmos nos enganar por ele.

INTRODUÇÃO

Ponto central Profeta: Porta-voz oficial da divindade.

A lição desta semana versa sobre o dom ministerial de profeta. Estudaremos alguns aspectos deste dom à luz da Bíblia, mas também considerando o contexto histórico e cultural do Antigo e do Novo Testamento. O ministério de profeta é altamente importante para os nossos dias, pois de acordo com o ensino dos apóstolos, tal ministério tem um valor excelso para a igreja de qualquer tempo e lugar.

I. O PROFETA DO ANTIGO TESTAMENTO

1. Conceito. O profeta do Antigo Testamento era a pessoa incumbida para falar em nome de Deus. O Altíssimo fazia dele o seu porta-voz, um embaixador que representava os interesses do reino divino na Terra. Quando Deus levantava um profeta, designava-o a falar para toda a nação israelita, e até mesmo a povos ou nações estranhas (Jr 1.5). Ao longo de toda a história veterotestamentária o Senhor levantou homens e mulheres para profetizarem em seu nome: Samuel, o último dos juízes e o primeiro dos profetas para a nação de Israel (1Sm 3.19,20), Elias e Eliseu (1Rs 18.18-46; 2Rs 2.1-25), a profetisa Hulda (2Rs 22.14-20) e muitos outros, como os profetas literários Isaías, Jeremias e Daniel.

2. O ofício. Através da inspiração divina o profeta recebia uma revelação que desvendava o oculto, anunciava juízos, emitia conselhos e advertências divinas. Expressões como “veio a mim a palavra do Senhor” e “assim diz o Senhor” eram fórmulas usuais para o profeta começar a mensagem divina (Jr 1.4; Is 45.1). Símbolos e visões também eram formas de Deus falar através dos profetas ao seu povo (Jr 31.28; Dn 7.1). Num primeiro momento, o profeta exercia um importante papel de conselheiro no palácio real (Natã, cf. 2Sm 12.1; 1Rs 1.8,10,11). Contudo, após a divisão do reino de Israel, o profeta passou a ser perseguido, pois sua profecia confrontava diretamente a prepotência da nobreza, a dissimulação dos sacerdotes e a injustiça social (Jr 1.18,19; 5.30,31; Is 58.1-12).

3. O profetismo. De acordo com o Dicionário Teológico (CPAD), o profetismo foi um movimento que surgiu no período aproximado do século VIII a.C. tanto em Israel quanto em Judá. O objetivo desse movimento era “restaurar o monoteísmo hebreu”, “combater a idolatria”, “denunciar as injustiças sociais”, “proclamar o Dia do Senhor” e “reavivar a esperança messiânica”. Foi nesse tempo que os verdadeiros profetas em Israel foram cruelmente surrados, presos e mortos.

SINOPSE DO TÓPICO (I)

Os profetas do Antigo Testamento falavam em nome de Deus, em primeiro lugar para a nação de Israel, em segundo, para povos estranhos.

II. O PROFETA EM O NOVO TESTAMENTO

1. A importância do termo “profeta” no Novo Testamento. Como já vimos, em Efésios 4.11 são mencionados cinco ministérios que exerciam papéis fundamentais na liderança da Igreja Antiga: apóstolo, profeta, evangelista, pastor e doutor. Não por acaso, o termo “profeta” aparece na segunda posição da lista apresentada em 1 Coríntios 12.28; Efésios 4.11. O profeta é identificado três vezes na epístola aos Efésios como alguém que acompanhava os apóstolos (2.20; 3.5; 4.11). A Bíblia afirma que os “concidadãos dos Santos e da família de Deus estão edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas […]” (Ef 2.19,20). Aqui, a Bíblia denota a importância do ministério de profeta na liderança da Igreja do primeiro século.

2. O ofício do profeta neotestamentário. Seu ministério no Novo Testamento não consistia em predizer o futuro, adivinhar o presente ou ficar fora de si. Não! De acordo com o Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento, o profeta neotestamentário era dotado por Deus para receber e mediar diretamente a Palavra do Altíssimo. Apesar de ele algumas vezes predizer o futuro, conforme instrui-nos a Bíblia de Estudo Pentecostal, seu ofício consiste em proclamar e interpretar a Palavra de Deus, por vocação divina, com vistas à admoestação, exortação, ânimo, consolação e edificação da igreja (At 3.12-26; 1Co 14.3). “Era dever do profeta do NT, assim como para o do AT, desmascarar o pecado, proclamar a justiça, advertir do juízo vindouro e combater o mundanismo e frieza espiritual entre o povo de Deus (Lc 1.14-17)”. Por causa da mensagem de justiça que o profeta apresenta em tempos de apostasia e confusão espiritual, inclusive na igreja, não há outro jeito: ele fatalmente será rejeitado e perseguido por muitos.

3. O objetivo do dom ministerial de profeta. A função do profeta do Novo Testamento é apresentada por Paulo no mesmo bloco de versículos em que ele menciona os cinco ministérios em Efésios (4.11-16). Ou seja, o profeta é chamado por Deus a levar a igreja de Cristo a uma plena maturidade cristã, pois como um organismo vivo, a Igreja, o Corpo de Cristo, deve desenvolver-se para a edificação em amor (v.16). Para que tal seja uma realidade, os profetas do Senhor devem desempenhar suas funções, capacitados e dirigidos pelo Espírito Santo.

SINOPSE DO TÓPICO (II)

Os profetas no Novo Testamento desempenhavam um importante papel de liderança nas igrejas locais.

SEGUE O VÍDEO ADICIONAL  DA  AULA 👇



III. DISCERNINDO O VERDADEIRO PROFETA DO FALSO

1. Simplicidade x arrogância. Duas características do verdadeiro profeta são a simplicidade e o amor. Ainda que a Palavra seja de juízo, o coração do profeta transborda de amor e a sua conduta simples demonstra a quem ele está servindo: o Deus de amor. Lembremo-nos de Jeremias (38.14-27), Oseias (8.12) e do próprio Senhor Jesus (Mt 23.37). Já o falso profeta só pensa em si, em seu status e benefícios. Profetiza objetivando a autopromoção. Ele mente, ilude e engana. Lembremo-nos de Hananias, o profeta mentiroso que enfrentou Jeremias (Jr 28.10-12).

2. Pelos frutos os conhecereis. Uma advertência séria de Jesus para os seus discípulos foi acerca da precaução com os falsos profetas. Como reconhecê-los? Jesus disse que os reconheceríamos “pelos seus frutos” (Mt 7.15,20), pois o resultado, ou “fruto”, do que o profeta “diz” e “faz”, revela o seu caráter. Logo você conhecerá de onde procede a “árvore” (o profeta). Lembre-se de que não devemos diferençar o verdadeiro profeta do falso pela “performance” ou pelo “espetáculo”, mas pelos frutos que eles produzem.

3. Ainda sobre o falso profeta. Apesar de o falso profeta ser arrogante e iníquo, ele fala com grande eloquência, e isso basta para que ele seja tido como verdadeiro. Na obra Assim Diz o Senhor? (CPAD), John Bevere diz que falsos profetas “são aqueles que ministram em nome de Jesus nas nossas igrejas e conferências, os que partem o coração dos justos, [e que] embora o ministério seja apresentado em nome de Jesus, não é desempenhado pelo seu Espírito”. Não tenha medo! Na autoridade do Espírito de Deus, “acautele-se” dos falsos profetas. Seja prudente! O Espírito Santo mediante o Evangelho te fará discernir a procedência desses enganadores. Não se deixe conduzir por eles!

SINOPSE DO TÓPICO (III)

Uma das formas de reconhecer o falso profeta é identificar a sua arrogância e a podridão dos seus frutos.

CONCLUSÃO

Acabamos de estudar o exercício do ministério de profeta no Antigo e no Novo Testamento. Vimos que tal ministério, juntamente com o dos apóstolos, era um dos pilares na liderança da Igreja do primeiro século (Ef 2.20). Apesar de ao longo da história da igreja o ministério de profeta ter perdido preeminência, sabemos o quanto ele é importante para a vida espiritual da Igreja de Cristo. O profeta do Senhor, com autoridade e sabedoria divina deve desmascarar as injustiças, o falso profetismo e primar pela edificação da Igreja do Senhor Jesus. Que Deus levante os legítimos profetas!

VOCABULÁRIO

Performance: Atuação, desempenho, representação.

Prognóstica: Relativo à época de origem do gnosticismo. Possivelmente, entre o século I e II d.C.

Antinomismo: Relativo ao que é contra a lei; oposição a lei. No sentido de não aceitar que exista de fato uma norma geral.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

STRONSTAD, Roger; ARRINGTON, French L. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 1: Mateus a Atos. 4 ed., RJ: CPAD, 2009. MENZIES, William W.; HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Nossa Fé. 5 ed., RJ: CPAD, 2005.

Para Refletir 

1. De acordo com a lição, defina o conceito de profeta no Antigo Testamento.

R. O profeta do Antigo Testamento era a pessoa encarregada de falar em nome de Deus.

2. O que foi o profetismo?

R. O profetismo foi um movimento que surgiu no período aproximado de VIII a.C. tanto em Israel quanto em Judá.

3. Quais são os cinco ministérios mencionados em Efésios 4.11?

R. Apóstolos, Profetas, Evangelistas, Pastores e Doutores.

4. Em que consistia o ofício de profeta no Novo Testamento?

R. Seu ofício consiste em proclamar e interpretar a Palavra de Deus, por vocação divina, com vistas à admoestação, exortação, ânimo, consolação e edificação da igreja.

5. Cite duas características do verdadeiro profeta.

R. A simplicidade e o amor.

 


Lição 06: O Ministério de Apóstolo | EBD ADULTOS | 2° Trimestre De 2021

 Lição 06: O Ministério de Apóstolo | EBD | 2° Trimestre De 2021

EBD | 2° Trimestre De 2021 | CPAD – Adultos – Tema: Dons Espirituais e Ministeriais – Servindo à Deus e aos Homens com Poder Extraordinário | Lição 06: O Ministério de Apóstolo

OBJETIVO GERAL

Mostrar a importância do ministério apostólico no Novo Testamento. 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS 

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos sub tópicos. 

I – Investigar biblicamente o colégio apostólico;
II – Retratar o ministério apostólico de Paulo;
III – Avaliar a apostolicidade atual.

Texto Áureo 

“E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores". (Ef. 4.11l)

Verdade Prática

O dom do apostolado foi concedido por Deus à igreja com o propósito de expandir o Evangelho de Cristo.

LEITURA DIÁRIA 

Segunda – Hb 3.1 Jesus, o apóstolo por excelência
Terça – 2 Co 12.12 Sinais do apostolado
Quarta – At 2.42 A doutrina dos apóstolos
Quinta – 1 Tm 1.1 Paulo, apóstolo de Jesus Cristo
Sexta – 1 Co 4.9 Apóstolo, uma missão sacrifical
Sábado – Lc 6.12-16 Os doze apóstolos de Cristo

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE – Efésios 4.7-16 

7 – Mas a graça foi dada a cada um de nós segundo a medida do dom de Cristo.
8 – Pelo que diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro e deu dons aos homens.
9 – Ora, isto — ele subiu — que é, senão que também, antes, tinha descido às partes mais baixas da terra?
10 – Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas.
11 – E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores,

12 – querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo,
13 – até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo,
14 – para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente.

15 – Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo.
16 – do qual todo o corpo, bem ajustado e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor.

HINOS SUGERIDOS: 96,149, 355 da Harpa Cristã

INTERAGINDO COM O PROFESSOR 

Prezado professor, já estudamos nas lições anteriores os dons espirituais de poder, de elocução e de revelação. A partir da lição desta semana você terá a oportunidade impar de estudar e ensinar a respeito dos dons ministeriais. Estes dons se encontram relacionados em Efésios 4.11. Estas dádivas divinas são igualmente importantes e necessárias para que a igreja cumpra a sua missão neste mundo e os crentes cresçam “na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo” (2 Pe 3.18). Sabemos que o ministério apostólico, segundo os moldes do colégio dos doze, não existe mais, todavia o dom ministerial descrito em Efésios 4.11 continua em plena vigência. Por isso, precisamos orar para que Deus levante apóstolos a fim de que o Evangelho seja pregado a todas as nações.

PONTO CENTRAL: O dom ministerial de apóstolo continua em plena vigência.

INTRODUÇÃO 

A partir da lição desta semana estudaremos os Dons Ministeriais distribuídos por Deus à sua Igreja, objetivando desenvolver o caráter cristão da comunidade dos santos, tornando-o semelhante ao de Cristo (Ef 4.13). De acordo com as epístolas aos Efésios e aos Coríntios, são cinco os dons ministeriais concedidos por Deus à Igreja: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e doutores (1 Co 12.27-29). Veremos o quanto esses ministérios são necessários a vida da igreja local para cumprira missão ordenada pelo Senhor ante o mundo e, simultaneamente, crescer “na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2 Pe 3.18). Mostrando a sequência de Efésios 4.11, iniciaremos o estudo pelo dom ministerial de apóstolo. 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA 

Professor, para introduzir a lição de forma dinâmica, faça a seguinte indagação: “Quais são os dons ministeriais?” Ouça os alunos com atenção e em seguida leia a relação descrita em Efésios 4.11. Depois, utilizando o quadro da página seguinte, explique a respeito do termo apóstolo e faça um pequeno resumo a respeito deste dom. Enfatize que Deus continua levantando apóstolos em nosso tempo. Conclua orando para que o Senhor distribua este dom entre os seus alunos. 

I – O COLÉGIO APOSTÓLICO 

1. O termo “apóstolo”. O Dicionário Bíblico Wycliffe informa que o termo grego apóstolos origina-se do verbo apostellein, que significa “enviar”, “remeter”. A palavra apóstolo, portanto, significa “aquele que é enviado”, “mensageiro”, “oficialmente comissionado por Cristo”. Ao longo do Novo Testamento, o verdadeiro apóstolo é enviado por Cristo igualmente como o Filho foi enviado pelo Pai com a missão de salvar o pecador com autoridade, poder, graça e amor. O verdadeiro apostolado baseia-se na pessoa e obra de Jesus, o Apóstolo por excelência (Hb 3.1). 

2. O colégio apostólico. Entende-se por colégio apostólico o grupo dos doze primeiros discípulos de Jesus convidados por Ele a auxiliarem o seu ministério terreno. 0 Salvador os separou e nomeou. Os primeiros escolhidos não eram homens perfeitos, mas foram vocacionados a levar a mensagem do Evangelho a todo o mundo (Mt 28.19,20; Mc 16.15-20). De acordo com Stanley Horton, eles foram habilitados a exercer o ministério quando do estabelecimento da Igreja (At 1.20,25,26)”. Em outras palavras, os doze apóstolos constituíram a base ministerial para o desenvolvimento e a expansão da Igreja no mundo. Mas antes, como nos mostra a Palavra de Deus, receberam o batismo com o Espírito Santo (Lc 24.49; At 1.8; 2.1-46). 

3. A singularidade dos doze. Aqui é importante ressaltar que o apostolado dos doze tem uma conotação bem singular em relação aos demais encontrados em Atos e também nas epístolas paulinas.

a) Eles foram convocados pessoalmente pelo Senhor. Multidões seguiam Jesus por onde Ele passava (Mt 4.25), e muitos se tornavam seguidores do Mestre. Mas para iniciar o trabalho da Grande Comissão, apenas doze foram convocados pessoalmente por Ele (Mt 10.1; Lc 6.13).

b) Andaram com Jesus durante todo o seu ministério. Desde o batismo do Senhor até a crucificação, os doze andaram com o Mestre, aprenderam e conviveram com Ele (Mc 6.7; Jo 6.66- 71; At 1.21-23).

c) Receberam autoridade do Senhor (Jo 20.21-23). Os doze receberam de Jesus um mandato especial para prosseguirem com a obra de evangelização. Eles foram revestidos de autoridade de Deus para expulsar os demônios, curar os enfermos e pregar o Evangelho à humanidade (Mc 16.17,18; cf. At 2.4). 

SÍNTESE DO TÓPICO I 

O verdadeiro apostolado é centrado única e exclusivamente em Jesus Cristo, pois Ele é o Apóstolo enviado pelo Pai. 

SEGUE O VÍDEO ADICIONAL DA LIÇÃO👇



SUBSÍDIO TEOLÓGICO 

“Jesus é o supremo Sumo Sacerdote e Apóstolo (Hb 3.1). A palavra apóstolo era usada, no entanto, para qualquer mensageiro nomeado e comissionado a algum propósito. Epafrodito foi um mensageiro (apóstolo) nomeado pela igreja em Filipos e enviado a Paulo (Fp 2.25). Os companheiros de Paulo eram os mensageiros (apóstolos) enviados pelas igrejas e por elas comissionados (2 Co 8.23). Os doze, apenas, eram apóstolos específicos. Depois de uma noite em oração.

Jesus os escolheu por meio de um grupo de discípulos e os chamou apóstolos (Lc 6.13). Pedro recomendou que os doze tivessem um ministério e supervisão especiais (At 2. 20,25,26), provavelmente tendo em mente a promessa de que eles futuramente julgariam (governariam) as 12 tribos de Israel (Mt 19.28). Sendo assim, nenhum apóstolo foi escolhido, depois de Matias, para estar entre os doze. Nem foram nomeados substitutos, quando estes foram martirizados. Na Nova Jerusalém há apenas 12 alicerces, com os nomes dos 12 apóstolos inscritos neles (Ap 21.14). Os doze, portanto, eram um grupo limitado, e realizavam uma função especial na pregação, no ensino e no estabelecimento da Igreja, além de testificar da ressurreição de Cristo, com poder. Ninguém mais pode ser um apóstolo no sentido em que eles foram” (HORTON, Stanley M. A Doutrina do Espírito Santo no Antigo e Novo Testamento. 12.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.287). 

II – O APÓSTOLO PAULO 

1. Saulo e sua conversão. Saulo foi um judeu de cidadania romana, educado “aos pés de Gamaliel”, e também um importante mestre do judaísmo (At 22.3,25). Ele era intelectual, fariseu e foi perseguidor dos cristãos. Entretanto, a caminho de Damasco, em busca dos cristãos que haviam fugido devido à perseguição em Jerusalém, e com carta de autorização para prendê-los, Saulo teve uma experiência com o Cristo ressurreto (At 9.1-22). A sua vida foi inteiramente transformada a partir desse encontro pessoal com Jesus. De perseguidor, passou a perseguido; de Saulo, o fariseu, a Paulo, o apóstolo dos gentios. 

2. Um homem preparado para servir. Dos vinte sete livros do Novo Testamento, treze foram escritos pelo apóstolo Paulo. Quão grande tratado teológico encontramos em sua Epístola aos Romanos! O seu legado teológico foi grandioso para o cristianismo. Mas para além da intelectualidade teológica, o apóstolo dos gentios levou uma vida de sofrimento por causa da pregação do Cristo ressurreto. Eis a declaração apostólica que denota tal verdade: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé” (2 Tm 4.7). 

3. “O menor dos apóstolos”. O apóstolo Paulo não pertencia ao colégio dos doze. Ele não andou com Jesus em seu ministério terreno nem testemunhou a ressurreição do Senhor — requisitos indispensáveis para o grupo dos doze (At 1.21-23). Humildemente, o apóstolo reconheceu que não merecia ser assim chamado, pois considerava-se um “abortivo”, como que nascido fora de tempo, o menor de todos (l Co 15.8,9).

Entretanto, o Senhor se revelou a ele ressurreto (At 9.4,5) e ensinou-lhe todas as coisas. O apóstolo recebeu o Evangelho diretamente do Senhor (Gl 1.6-24; 1 Co 11.23). Embora o colégio apostólico tenha reconhecido o apostolado paulino (Gl 2.6-10; 2 Pe 3.14-16), as igrejas plantadas por ele eram o selo do seu ministério apostólico (1 Co 9.2). 

SÍNTESE DO TÓPICO II 

Paulo viu o Cristo ressurreto. Esta era a sua credencial apostólica. 

III – APOSTOLICIDADE ATUAL (Ef 4.11) 

1. Ainda há apóstolos? No sentido estrito do termo, e de acordo com a sua singularidade, apóstolos como os doze não mais existem. A Palavra de Deus diz que durante o milênio, os doze se assentarão sobre tronos para julgar as doze tribos de Israel (Mt 19.28). Os seus nomes também estarão registrados nos doze fundamentos da cidade santa (Ap 21.12-14). Logo, o colégio apostólico foi formado por um grupo limitado de discípulos, não havendo, portanto, uma sucessão apostólica. 

2. Apóstolos fora dos doze. A Carta aos Efésios apresenta a vigência do dom ministerial de apóstolo. 0 teólogo Stanley Horton informa-nos que “o Novo Testamento indica que havia outros apóstolos que também haviam sido dados como dons à Igreja. Entre estes se acham Paulo e Barnabé (At 14.4,14, bem como os parentes de Paulo, Andrônico e Júnia (Rm 16.7)”.

Ao longo do Novo Testamento, e no primeiro século da Igreja, o termo apóstolo recebeu um significado mais amplo, de um dom ministerial distribuído à igreja local (Dicionário Vine). 

3. O ministério apostólico atual. Não há sucessão apostólica. Esta é uma doutrina formada pela igreja romana e, infelizmente, copiada por algumas evangélicas para justificar a existência do poder papal. 0 ministério dos doze não se repete mais. 0 que há é o ministério de caráter apostólico. Atualmente, missionários enviados para evangelizar povos não alcançados pelo Evangelho são dignos de serem reconhecidos como verdadeiros apóstolos de Cristo.

Homens como John Wesley, William Carey (cognominado “pai das missões modernas”), Hudson Taylor, D. L. Moody, Gunnar Vingren, Daniel Berg, “Irmão André” e tantos outros, em tempos recentes, foram verdadeiros desbravadores apostólicos. Cidades e até países foram impactados pela instrumentalidade desses servos de Deus. 

SÍNTESE DO TÓPICO III 

Segundo Efésios 4.11 o dom ministerial de apóstolo está em plena vigência na igreja atual. 

SUBSÍDIO TEOLÓGICO 

APÓSTOLO 

Os apóstolos foram testemunhas oculares das atividades de Jesus na terra e consequentemente testificaram que Jesus era o Senhor ressurreto (Lc 24.45-48; 1 Jo 1.1-3). Os pré-requisitos para a substituição apostólica nesta função única são dados em At 1.21,22. A lista de apóstolos de Lucas (Lc 6.14- 16; At 1.13) corresponde à lista dos doze dadas em Mateus 10.2-4 e Marcos 3.16-19. Mateus lista os discípulos aos pares, supostamente como enviados por Jesus.

Tadeu (em Mateus e Marcos) era idêntico a Judas, o filho de Tiago (em Lucas). Pedro, Tiago e João formavam um círculo íntimo dentre os doze, e estavam presentes no episódio da transfiguração (Mt 17.1-9; Mc 9.2-10; Lc 9.28-36) e no Getsêmani (Mt 26.36– 46; Mc 14.32-42; Lc 22.39-46). Os doze foram selecionados para ser os companheiros de Jesus e proclamar o Evangelho (Mc 3.14).

Durante o ministério de Jesus, os doze serviram como seus representantes, uma função compartilhada por outros (Lc 10.1)” (PFEIFFER, Charles F.; REA, John; VOS, Howard F. (Eds.). Dicionário Bíblico Wycliffe. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 162). 

CONCLUSÃO 

Nos moldes do colégio dos doze, o ministério apostólico não existe atualmente. Entretanto, o dom ministerial de apóstolo citado por Paulo em Efésios 4.11 está em plena vigência. Pastores experimentados, evangelistas e missionários que desbravaram os rincões do nosso país ou em países inimigos do Evangelho, são pessoas portadoras desse dom ministerial. São os verdadeiros apóstolos da Igreja de Cristo hoje. 

PARA REFLETIR A respeito de “O Ministério de Apóstolo” responda: 

1 - Segundo as epístolas aos Efésios e aos Coríntios, quantos e quais são os dons ministeriais? São cinco dons: Apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e doutores. 

2 - De acordo com o Dicionário Bíblico Wycliffe, defina o termo grego apóstolos. Apóstolos original do verbo apostellein que diz respeito a “enviar”, “remeter”.

3 - Qual era a cidadania do apóstolo Paulo? Ele era judeu de cidadania romana. 

4 - De acordo com a lição, ainda existem apóstolos? Nos moldes do colégio dos doze, o ministério apostólico não existe mais. Todavia o dom ministerial de apóstolo citado em Efésios 4.11 está em plena vigência. 

5 - Na atualidade, quem são os verdadeiros apóstolos? Os missionários.

Lição 05: Dons de Elocução | EBD

 Lição 05: Dons de Elocução | EBD | 2° Trimestre De 2021

EBD | Lição 05: Dons de Elocução 2° Trimestre De 2021 | CPAD – Adultos – Tema: Dons Espirituais e Ministeriais – Servindo à Deus e aos Homens com Poder Extraordinário | – escola dominical

OBJETIVO GERAL 

Apresentar os dons de elocução. 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos sub tópicos. 

Expor biblicamente o dom de profecia;
Explicar o dom de variedade de línguas;
Examinar o dom de interpretação de línguas.

Texto Áureo 

“Porque o que fala língua estranha não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém o entende, e em espírito fala de mistérios. Mas o que profetiza fala aos homens para edificação, exortação e consolação.” (1 Co 14.2,3) 

Verdade Prática

Os dons de profecia, de variedades de línguas e de interpretação das línguas são para edificar, exortar e consolar a Igreja de Cristo. 

LEITURA DIÁRIA 

Segunda – Jo 17.17 – A Palavra de Deus é a verdade
Terça – l Tm 4.14 – Não despreze o dom de Deus
Quarta -1 Co 14.3 – Os objetivos do dom de profecia
Quinta – 1 Co 14.32 – Equilíbrio e bom-senso quanto aos dons
Sexta – 1 Co 14.22-25 – Sinais para os fiéis e para os infiéis
Sábado – 1 Co 12.31 Buscar os dons com zelo

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE – (1 Co 12.7,10-12; 14.26-32)

I Coríntios 12
7 – Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil.
10 – e a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a Profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas.

11 – Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente cada um como quer.
12 – Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também.

1 Coríntios 14
26
– Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.
27 – E, se alguém falar uma língua estranha, faça isso por dois ou, quando muito, três, e por sua vez, e haja intérprete.
28 – Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com Deus.

29 – E Falem dois ou três profetas, e os outros julguem.
30 – Mas, se a outro, que estiver assentado, for revelada alguma coisa, cale-se o primeiro. 31 – Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros, para que todos aprendam e todos sejam consolados.
32 – E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas.

HINOS SUGERIDOS: 33, 77,185 da Harpa Cristã

INTERAGINDO COM O PROFESSOR 

Prezado professor, na lição de hoje estudaremos a respeito dos três dons de elocução: profecia, variedade de línguas e interpretação. Qual o propósito destes dons? Atualmente temos visto muita confusão e falta de sabedoria no uso destes dons, em especial o de profecia, por isso, precisamos estudar com afinco este tema a fim de que não sejamos enganados pelos falsos profetas.

Paulo exortou os crentes de Corinto para que procurassem com zelo os dons espirituais e em especial o dom de profecia, pois aquele que profetiza edifica toda a igreja. Por isso, ao preparar a lição, ore e peça que o Senhor conceda a você e aos seus alunos os dons de profecia, de falar em línguas estranhas e o de interpretá-las.

PONTO CENTRAL
Os propósitos dos dons de elocução são os de edificar, exortar e consolar.

INTRODUÇÃO 

O estudo da lição desta semana concentrar-se-á nos três dons classificados como os de elocução: profecia, variedade de línguas e interpretação das línguas. Os propósitos destes dons especiais são os de edificar, exortar e consolar a Igreja de Cristo (1 Co 14.3).

Isso porque os dons de elocução são manifestações sobrenaturais vindas de Deus, e não podem ser utilizadas na igreja de forma incorreta. Assim, devemos estudar estes dons com diligência, reverência e temor de Deus, para não ser enganados pelas falsas manifestações. 

I – DOM DE PROFECIA (1 Co 12.10) 

1. O que é o dom da profecia? De acordo com Stanley Horton, o dom de profecia relatado por Paulo em 1 Coríntios 14 refere-se a mensagens espontâneas, inspiradas pelo Espírito, em uma língua conhecida para quem fala e também para quem ouve, objetivando edificar, exortar ou consolar a pessoa destinatária da mensagem. Profetizar, não é desejar uma bênção a uma pessoa, pois essa não é a finalidade da profecia. Infelizmente, por falta de ensino da Palavra de Deus nas igrejas, aparecem várias aberrações concernentes ao uso incorreto deste dom. Não poucos crentes e igrejas locais sofrem com as consequências das falsas profecias. Apesar de exortar-nos a não desprezar ou sufocar as profecias na igreja local (l Ts 5.20), as Escrituras orientam-nos a que examinemos “tudo”, julgando e discernindo, pelo Espírito, o que está por trás das mensagens. Toda profecia espontânea deve ser julgada (1 Co 14.29-33). 

2. A relevância do dom de profecia. O dom de profecia é tão importante para a Igreja de Cristo que o apóstolo Paulo exortou a sua busca (1 Co 14.1). Não obstante, ele igualmente recomendou que o exercício desse dom fosse observado pela ordem e cuidado nos cultos (1 Co 14.40). Os crentes de Corinto deveriam julgar as profecias quanto ao seu conteúdo e a origem de onde elas procedem (1 Co 14.29), pois elas possuem três fontes distintas: Deus, o homem ou o Diabo. Devemos nos cuidar, pois a Bíblia, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, mostra ações dos falsos profetas. O Senhor Jesus nos alertou: “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores” (Mt 7.15). Vigiemos! 

3. Propósitos da profecia. A profecia contribui para a edificação do crente. Porém, ainda existe muita confusão a respeito do uso dos dons de elocução, e em especial ao de profecia e sua função. Há líderes permitindo que as igrejas que lideram sejam guiadas por supostos profetas. A Igreja de Jesus Cristo deve ser conduzida segundo as Escrituras, pois esta é a inerrante Palavra de Deus. A Bíblia Sagrada, a Profecia por excelência, deve ser o manual do líder cristão. Outros líderes, também erroneamente, não tomam decisão alguma sem antes consultar um “profeta” ou uma “profetisa”. Estes profetizam aquilo que as pessoas querem ouvir, e não o que o Senhor realmente quer falar. Todavia, a Palavra de Deus alertamos a que não ouçamos tais falsários (Jr 23.9-22). 

SÍNTESE DO TÓPICO I 

O propósito do dom de profecia é edificar, exortar e consolar a Igreja (1 Co 14.3). 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA 

Professor, para introduzir o primeiro tópico da lição, faça as seguintes indagações: “O que é ser profeta?” “Qual é a função do profeta?” Depois de ouvir os alunos, explique que o profeta é aquele que fala em lugar de outrem. Sua função é proclamar os oráculos de Deus a fim de que a Igreja seja edificada, exortada e consolada.

A Palavra de Deus nos exorta a não desprezarmos as profecias, todavia precisamos examiná-las com sabedoria, de acordo com a Palavra de Deus, pois muitos falsos profetas têm se levantado atualmente. Leia, juntamente com os alunos 1 Tessalonicenses 5.20,21. Ressalte que a Igreja não pode deixar de julgar as profecias e discernir os espíritos. 

II – VARIEDADE DE LÍNGUAS (1 Co 12.10) 

1. O que é o dom de variedades de línguas? De acordo com o Teólogo pentecostal Thomas Hoover, o dom de línguas é “a habilidade de falar uma língua que o próprio falante não entende, para fins de louvor, oração ou transmissão de uma mensagem divina”. Segundo Stanley Horton, “alguns ensinam que, por estarem alistados em último lugar, estes dons são os de menor importância”. Ele acrescenta que tal “conclusão é insustentável, pois as “cinco listas de dons encontradas no Novo Testamento colocam os dons em ordens diferentes”. O dom de variedades de línguas é tão importante para a igreja quanto os demais apresentados em 1 Coríntios 12.

2. Qual é a finalidade do dom de variedade de línguas? O primeiro propósito é a edificação da vida espiritual do crente (1 Co 14.4). As línguas, ao contrário da profecia, não edificam ou exortam a igreja. Elas são para a devoção espiritual do crente que recebe este dom. À medida que o servo de Deus fala em línguas estranhas vai sendo também edificado, pois o Espírito Santo toca-o e renova diretamente (1 Co 14.2). 

3. Atualidade do dom. É preciso deixar claro que a variedade de línguas não é um fenômeno exclusivo do período apostólico. O Senhor continua abençoando os crentes com este dom e cremos que assim o fará até a sua vinda. No Dia de Pentecostes, todos os crentes reunidos no cenáculo foram batizados com o Espírito Santo e falaram noutras línguas pelo Espírito (At 1.4,5; 2.1-4). É um dom tão útil à vida pessoal do crente em nossos dias quanto o foi nos dias da igreja primitiva.

SÍNTESE DO TÓPICO II 

O dom de línguas é tão importante para a igreja quanto os demais apresentados em 1 Coríntios 12. 

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SUBSÍDIO TEOLÓGICO 

“Natureza Encarnacional dos Dons. Os crentes desempenham um papel vital no ministério dos dons. Romanos 12.1- 3 nos diz para apresentarmos nosso corpo e mente como adoração espiritual e que testamos e aprovamos o que for a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.

Semelhantemente, 1 Coríntios 12.1- 3 nos adverte a não perdermos o controle do corpo e a não sermos enganados pela falsa doutrina, mas deixar Jesus ser Senhor. E Efésios 4.1- 3 nos recomenda um viver digno da vocação divina, tomar a atitude correta e manter a unidade do Espírito. Nosso corpo é o templo do Espírito Santo e, portanto, deve estar envolvido na adoração.

Muitas religiões pagãs ensinam um dualismo comum no pensamento grego. Paulo conclama os coríntios a não se deixarem influenciar pelo passado pagão. Antes, perdiam o controle; como consequência, podiam dizer qualquer coisa e alegar que provinha do Espírito de Deus. O contexto bíblico dos dons não indica nenhuma perda de controle.

Pelo contrário, à medida que o Espírito opera através de nós, temos mais controle do que nunca. Entregamos nosso corpo e mente a Deus como instrumentos a seu serviço” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p.469). 

III – INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS (1 Co 12.10) 

1. Definição do dom. Thomas Hoover ensina que a interpretação das línguas é “a habilidade de interpretar, no próprio vernáculo, aquilo que foi pronunciado em línguas”. Na igreja de Corinto havia certa desordem no culto com relação aos dons espirituais, por isso, Paulo os advertiu dizendo: “E, se alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois ou, quando muito, três, e por sua vez, e haja intérprete. Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com Deus” (1 Co 14.27,28). 

2. Há diferença entre dom de interpretação e o de profecia? Embora haja semelhança, são dons distintos. 0 dom de interpretação de línguas necessita de outra pessoa, também capacitada pelo Espírito Santo, para que interprete a mensagem e a igreja seja edificada. Do contrário, os crentes ficarão sem entender nada. Já no caso da profecia não existe a necessidade de um intérprete. Estevam Ângelo de Souza definiu bem essa questão quando disse que não haverá interpretação se não houver quem fale em línguas estranhas, ao passo que a profecia não depende de outro dom”. 

SÍNTESE DO TÓPICO III 

O dom de interpretação de línguas é imprescindível para que todos sejam edificados.

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SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“Paulo era grato a Deus por falar em línguas, e mais do que todos os coríntios. Na igreja, porém, diz que preferiria falar cinco palavras com seu entendimento, a fim de que pudesse, pela sua voz ensinar aos outros, do que dez mil palavras em línguas (1 Co 14.18,19). Mas não deseja com isso excluir as línguas. É parte legítima de sua adoração (1 Co 14.26). Paulo lhes adverte para que cessem de proibir o falar em línguas. Segundo parece, alguns não gostavam da confusão causada pelo uso exagerado das línguas.

Procuravam solucionar o problema por meio da proibição total do falar em línguas. Mas a experiência era preciosa, e a bênção excelente, para a maioria dos coríntios aceitar essa proibição. Alguns dizem hoje: ‘Há problemas envolvidos no falar em línguas; vamos evitá-las, portanto’. Mas não foi essa a solução de Paulo para si, nem para a Igreja.

Até mesmo os limites que Paulo impõe não tinham a intenção de impedir as línguas. Tratava-se, apenas, de dar mais oportunidade, para maior edificação a outros dons” (HORTON, Stanley M. A Doutrina do Espírito Santo no Antigo e Novo Testamento. 12.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.242). 

CONCLUSÃO 

Ainda que haja muitas pessoas em diversas igrejas que não aceitem a atualidade do batismo com o Espírito Santo e dos dons espirituais — os chamados “cessacionístas” — Deus continua abençoado os crentes com suas dádivas. Portanto, não podemos desprezar o dom de profecia, o de falar em línguas estranhas e o de interpretá-las.

Porém, façamos tudo conforme a Bíblia: com sabedoria, decência e ordem (1 Co 14.39,40). Agindo dessa forma, Deus usará os seus filhos para que sejam portadores das manifestações gloriosas dos céus.

PARA REFLETIR A respeito de “Dons e Elocução”, responda: 

• Quais são os propósitos da profecia? Exortar, consolar e edificar. 

• Quais são as três fontes de onde podem proceder as profecias? Deus, o homem ou o Diabo. 

• Segundo o teólogo Thomas Hoover, o que é o dom de línguas? “É a habilidade de falar uma língua que o próprio falante não entende, para fins de louvor, oração ou transmissão de uma mensagem divina”. 

• Qual é a finalidade principal do dom de variedade de línguas? É a edificação da vida espiritual do crente. 

• Defina, de acordo com a lição, o dom de interpretação de línguas. “É a habilidade de interpretar no próprio vernáculo, aquilo que foi pronunciado em línguas”.