Lição 03: Joel: O Poder do Espirito Santo nos Últimos dias | EBD – Jovens | 3° Trimestre De 2021
OBJETIVOS
EXPOR o contexto histórico
de calamidade pública
apresentada na profecia de Joel;
EXPLICAR a importância de uma conversão sincera como ato
antecipatório ao recebimento do batismo com o Espírito Santo:
EXPLANAR o cumprimento da profecia de Joel
na dispensação da Igreja.
TEXTO DO DIA
“E há de ser que depois. derramarei o meu Espirito
sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos
velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. “(Jl 2.28)
SÍNTESE
Mesmo em um contexto de desastre natural e apatia
religiosa, Joel profetizou o derramar do Espirito Santo sobre toda a carne
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA – Joel 11-4 A descrição de uma calamidade publica
TERÇA – Joel 113 A interrupção do culto ao Senhor
QUARTA – Joel 2.12,13 O apelo a uma conversão sincera
QUINTA – Joel 223-27 Promessa de restauração e
restituição
SEXTA – At 2.14-17 O cumprimento da promessa do Espirito Santo
SÁBADO – Jo 14.26 A capacitação do Espirito Santo
INTERAÇÃO
Joel iniciou sua pregação a partir do anúncio de
que alguns desastres naturais viriam praga de gafanhotos vinda do deserto,
seca, fome, incêndios, invasões militares e desastres nos céus. A terra,
outrora dada pelo Senhor, seria ferida com uma devastação jamais vista. Os
desastres eram uma forma de punição pelos pecados.
O profeta Joel revela ao povo os acontecimentos
futuros e o que eles deveriam fazer para que as catástrofes não os atingissem
Ele os advertiu dizendo Convertei-vos a mim de todo o vosso coração” (2.2-12).
Somente um arrependi mento sincero e verdadeiro poderia fazer com que o povo de
Deus escapasse de um terrível juízo.
Que jamais venhamos nos esquecermos do ensinamento
de Joel Deus é santo e pune o pecado com justiça! Contudo Ele é bondoso e
misericordioso e capaz de liberar o perdão diante de um arrependimento sincero
Joel também nos mostra que a bênção espiritual vem acompanhada de bênção
material e ambas são ativadas pelo arrependimento sincero.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Sugerimos que para a aula de hoje você reproduza o
quadro abaixo Utilize-o para mostrar aos alunos algumas características
especiais do livro de Joel.
É uma
das obras literárias mais esmeradas do AT. |
Contém
a profecia mais profunda no AT a respeito de derramamento do Espírito Santo
sobre toda a humanidade. |
Registra
numerosas calamidades nacionais – pragas de gafanhotos, seca, formes,
incêndios, invasões militares desastres nos céus – como juízos divinos em
decorrência da desintegração espiritual e moral do povo de Deus. |
Enfatiza
que Deus as vezes, opera sobrenaturalmente na história através de calamidades
naturais e conflitos militares a fim de levar a efeito arrependimento, o
avivamento e a redenção da humanidade. |
Oferece
o exemplo de um pregador que, em virtude de sua estreita comunhão com Deus a
estatura espiritual conclama o povo de Deus ao arrependimento de modo
decisivo |
TEXTO BÍBLICO
Joel 2:28-32
28 E há de ser que depois derramarei o meu Espirito
sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão os vossos
velhos terão sonhos, as vossos jovens terão visões.
29 E também sobre os servos e sobre as servas,
naqueles dias, derramarei o Espirito
30 E mostrarei prodígios no céu e na terra sangue,
fogo, e colunas de fumaça
31. O sol se convertera em treva e a lua em sangue
antes que venha grande e terrível dia do SENHOR.
32 E há de ser que todo aquele que invocar o nome
do SENHOR será salvo; porque no monte Sião e em Jerusalém haverá livramento,
assim como o SENHOR tem dito e nos restantes que o SENHOR chamar.
INTRODUÇÃO
Joel iniciou sua pregação a
partir de um desastre natural. A praga dos gafanhotos. Enquanto Oseias se apropriou de uma
tragédia pessoal para compor a sua mensagem. Joel se utilizou de uma calamidade
nacional para escrever as linhas do seu sermão profético. O livro de Joel pode
ser dividido em duas partes. Na primeira, há uma descrição histórica da
devastação de Judá imposta por uma praga de gafanhotos na segunda. o profeta
anunciou o juízo divino que viria sobre o povo de Deus, seguido por uma
restauração futura sem precedentes O profeta não ficou limitado as dificuldades
do presente à tragédia natural ou ao indiferentismo religioso, mas transportou
sua visão para uma época vindoura e enxergou o derramar do Espirito sobre toda
a carne
1 – O PROFETA JOEL
1. Seu nome.
Joel, no hebraico “Yo e significa “Yahweh é Deus”
ou “O Senhor é Deus’. Na cultura hebraica o nome do indivíduo apresentava uma
conexão muito forte com sua vida Diferente da cultura ocidental os judeus não
escolhiam o nome dos seus filhos pela beleza, mas pelo significado espiritual.
O pai de Joel se chamava ‘Petuel que significa “persuadido por Deus” (Jl11).
Concluímos que seu pai era um homem temente a Deus sendo a nome “Joel uma
confissão de te da parte de Petuel. Joel surgiu no cenário para pregar o
significado do seu nome “O Senhor é Deus. Esta mensagem não foi pregada em um
período de prosperidade ou bonança, mas em um momento de agonia e infortúnio.
O momento de dor, às vezes gera um colapso na fé,
de modo que muitos chegam a arguir a gestão divina. Como Joel, devemos
testemunhar nossa fé no Criador, independente das circunstancias, sejam elas
favoráveis ou desfavoráveis (2 Co 6.10).
3. Para quem profetizou.
Em toda a Bíblia o profeta Joel é citado apenas em duas
ocasiões sendo uma única vez em ambos os Testamentos, a primeira na
apresentação do seu livro (JL 1.1) e a segunda, em lembrança ao cumprimento de
sua profecia (At 2.16). O texto bíblico não fornece informações pessoais sobre
ele o que sabemos é por inferência. Devido à sua familiaridade com o Templo. em
sido identificado como um profeta do Templo ou até mesmo um sacerdote (JL
1.13,14; 2.17), uma vez que suas profecias demonstram muita familiaridade com
as cerimônias do templo (Jl 2.1,15. 32;3.17,20,21). Joel profetizou para Jerusalém os “filhos de Sião”.
Em princípio, Joel fala para o sou povo (Reino do
Sul), no entanto, sua profecia abrangeu a igreja, conforme o próprio apóstolo
Pedro reconheceu (At 2.16.17), Não podemos negar que também existe um caráter
abrangente e escatológico em sua mensagem (Jl 3.1-21).
3. Quando profetizou.
Há muitos debates sobre o tempo em que Joel
profetizou Alguns consideram que ele tenha sido contemporâneo de Amós. outros
acreditam que ele viveu na época de Eliseu A tradição judaica considerava o
livro de Joel o mais antigo entre os Profetas Maiores e Menores. E presumível
que muitos profetas posteriores tenham bebido da fonte de Joel. Acreditamos que
Joel representou a ponte entre os profetas antigos com os demais profetas
escritores do Antigo Testamento. De acordo com as evidencias internas do livro,
ele profetizou no tempo de rei Joas, de Judá por volta de 835 aC. a 830 aC.
pois o livro não cita o nome de nenhum rei, visto que isto era o período de
menoridade do governo de Joas quando o sacerdote Joiada respondia pela
liderança da nação (2 Rs 12:2).
O livro não faz nenhuma alusão a Babilônia, Assíria
ou Síria, pois os inimigos desta época eram outros (Jl 3.4,19). A idolatria não
representou um problema em sua profecia considerando que durante a reinado de
Joas, o período da adoração a Baal tinha terminado (2 Rs 10 e 11).O problema do
povo não era a idolatria, mas a apatia. O indiferentismo religioso é tão grave
quanto à apostasia religiosa. Podemos dizer que a apatia é o prelúdio da
apostasia.
II – O CONTEXTO HISTÓRICO DE SUA
PROFECIA
1. A praga dos gafanhotos.
Joel apresentou a devastação, a seca e a fome que
atingiu a nação de Judá ao ser atacada por uma praga de do profeta e registrar
para as gerações posteriores o relato da catástrofe que atingiu a nação (Jl
13). Trata-se de um evento histórico e de um texto narrativo A devastação foi
total. O que ficou da lagarta, comeu o gafanhoto, e o que ficou do gafanhoto,
comeu a locusta e o que ficou da locusta, o comeu o pulgão” (Jl 14). No
original hebraico “lagarta gafanhoto, locusta e pulgão” não indicam insetos de
diferentes espécies mas o mesmo inseto o gafanhoto em quatro fases de seu
desenvolvimento.
A lagarta’ representa o gafanhoto em seu estágio
inicial ao nascer sem asas quando apenas consegue roer. O gafanhoto representa
o estágio que começa a procriar e se multiplicar. No estágio de locusta”
desenvolve asas, mas ainda não voa, apenas salta e já começa a devorar. Ao se
tomar pulgão já está plenamente desenvolvido, com asas completas. Judá foi
desolada por causa deste ataque de gafanhotos em seus vários estágios de
desenvolvimento. O descaso para com Deus precipitou o povo a assolação. O fruto
de quem vira as costas para Deus sempre será amargo.
2. A indiferença de sua geração.
Os compatriotas de Joel agiram com indiferença
diante da tragédia. Acreditavam que essas situações simplesmente aconteciam. O
profeta começou sua mensagem fazendo uma invocação solene para chamar a atenção
do seu povo Suas palavras iniciais foram ouviste (Jl 12) Os ébrios deveriam se
despertar (Jl 15) a virgem deveria lamentar (Jl 18) e os sacerdotes deveriam
gemer e clamar (Jl1.13). A devastação foi tão grande que não havia material
para oferecer a oferta de manjar (Jl19. O mesmo ocorria com as libações e com o
vinho. A seca se alastrou pela terra (Jl112). Não havia matérias para o culto.
A interrupção da adoração ao Senhor deveria ser considerada uma grande
calamidade (Jl 1.13). Joel se incomodou com a indiferença de sua geração por
isto chamou a atenção deles dizendo que mais calamidades estavam por vir.
As vezes, Deus permite certas situações no proposto
de despertar-nos permanecer indiferente diante da adversidade e um sinal claro
de insensibilidade espiritual, O verdadeiro cristão se vale de todos os
momentos para buscar ao Senhor, na tristeza clama pelo consolo, na alegria,
louva o com gratidão.
3. O simbolismo da tragédia.
Enquanto o primeiro capitulo narrava um
acontecimento histórico, o segundo previa uma calamidade que assombraria a
nação A derrota para uma nação estrangeira. Parecia que Joel estava descrevendo
um futuro ataque de gafanhotos, pois falava de um diluvio escuro com milhares
de gafanhotos cobrindo os céus (Jl 2-2), Ele comparou os insetos ao fogo (2-3)
e descreveu-os com a aparência de um cavalo (em miniatura) (2-4). Em suas
palavras o exército invasor seria obstinado. Como valentes correriam cada um
polo seu carreiro (Jl 2.7,8) Joel se valeu do simbolismo do ataque dos
gafanhotos para prever um ataque militar como resultado de um juízo divino
sobre o povo.
Provavelmente o profeta estava se referindo ao
futuro ataque da Babilônia. Para Joel, a praga dos gafanhotos prefigurava uma
desolação muito maior. Não era tempo de ficar indiferente ou passivo era
preciso se voltar para Deus. Quando não aprendemos nessas primeiras lições,
outras nos alcançarão. Por isto, é fundamental que desenvolvamos, o quanto
antes, a maturidade para entendermos o que Deus deseja de nós diante das
situações que estamos vivendo.
Vídeo Adicional da Lição👇
III – O PODER DO ESPÍRITO SANTO
NOS ÚLTIMOS DIAS
1. Apelo ao arrependimento.
Joel conclamou seus compatriotas ao verdadeiro
arrependimento. A expressão “agora mesmo” revelou a urgência do apelo (Jl
2.12). Arrependimento não é algo que pode ser procrastinado. Na Bíblia, o
arrependimento é sempre para hoje (Mt 3.2; 4.17: At 2.38; 319). O profeta
afirma que Deus não se deixa enganar com “falsos arrependimentos ou com rituais
aparentes. A conversão deve ser de todo o coração (Jr 29.13). Eles deveriam se
humilhar diante de Deus com sinais claros de um coração quebrantado, realizando
jejuns.com choro e pranto (Jl 212).
A penitencia deveria ser profundamente sentida. Não
era uma questão meramente ritual. Eles deveriam rasgar o coração e não as
vestes (Jl 2.13). A nação inteira precisava se voltar para Deus UL 216). Os
sacerdotes deveriam chorar e clamar pelo povo (Jl 2.17). Eles estavam tão
envolvidos com a política na frente do governo durante o período de menoridade
do rei Joás que deixaram suas atividades sacerdotal de lado. Era preciso voltar
a interceder pelo povo. A promessa do derramar ao Espírito Santo requer
de nós uma conversão sincera e uma entrega total.
2. Bênçãos materiais.
O arrependimento muda destinos. Mediante a
conversão sincera, Deus prometeu derramar fartura. A resposta viria com a
providencia dos mantimentos que antes estavam escassos: trigo, vinho e óleo (Jl
2.19) Deus prometeu agir não apenas como o provedor de recursos mas também como
o protetor do seu povo (Jl 2. 20.21), Deus prometeu ordenar aos recursos
naturais a chuva (temporã e serôdia) e ao próprio desenvolvimento da colheita e
do fruto, que fossem derramados na medida correta para trazerem prosperidade
sobre Israel.
Aqui vernos a benção ofuscando a tragédia. Deus
prometeu restituir os anos de sofrimento (Jl 2.23-25). Toda restauração tem o
propósito de revelar a presença de Deus e fornecer motivos para uma adoração
verdadeira e ininterrupta (Jl 2.26.27). Deus sempre deseja nosso bem,
entretanto permite a adversidade como uma alternativa pedagógica para
instruir-nos. Precisamos entender que as fendas de Deus nos curam. Não despreze
a disciplina divina, pois ela traz em si a voz da instrução, principalmente
quando aplicada por um Pai amoroso (Pv 3.12).
3. O Espirito Santo nos últimos
dias.
A benção material vem acompanhada de graça
espiritual Joel profetizou sobre uma nova era inaugurada após o arrependimento.
Pedro interpretou esse “depois” como sendo os últimos dias (At 2.17). ‘Os
últimos dias representam um período bem abrangente, que começa com a primeira
vinda de Cristo na Terra e se encerra em sua Segunda Vinda. O derramar do
Espírito Santo marca o período da dispensação da Igreja Atualmente vivemos o
cumprimento da profecia de Joel.
No Antigo Testamento somente sacerdotes e profetas
recebiam a unção, todavia, a benção do Espirito Santo e universal, não só para
Israel, mas para todos os povos: homens e mulheres jovens e velhos. servos e
livres (Jl 2.28, 29). Os efeitos da efusão do Espirito são as profecias sonhos
e visões cujo principal proposito e gerar a nossa edificação (1Co 14.12)
SUBSÍDIO
“O livro do profeta Joel e, sobretudo escatológico.
O primeiro capitulo descreve a desolação causada em Judá por uma invasão de
gafanhotos – um dos instrumentos do juízo divino mencionado por Moisés em sua
profecia (Dt 28. 38.39) e por Salomão em sua oração (1 Rs 8 37) e que já havia
sido usado por Deus contra o Egito. Nos capítulos seguintes, já também
promessas de bênçãos em foco, mas o tema principal continua sendo o juízo
divino, sendo que agora em um futuro ainda mais adiante.
Isto é, a principal mensagem de Joel é que Deus
julga, o essa mensagem da realidade do juízo divino, conforme orientação do
profeta ao povo, não deveria ser esquecida mas recontada As gerações seguintes
(Jl 1.3).
Não é a toa que Deus permitiu que essa obra
inspirada polo Espirito Santo ficasse para a posteridade, para que sua mensagem
nunca fosse olvidada pudesse reverberar durante séculos despertando vidas
(COELHO. Alexandre; DANIEL Silas, Rio de Janeiro CPAD 2012, p. 25).
CONCLUSÃO
Joel fez o registro histórico da praga dos
gafanhotos e exortou sua geração sobre a iminência do juízo divino. No entanto
a promessa da descida do Espirito Santo foi o tema-chave de sua profecia O
livro de Joel nos ensina principalmente a respeito da atualidade das ações do
Espirito Santo, pois mediante uma conversão verdadeira o Consolador será
derramado de forma efusiva e sobrenatural sobre todos aqueles que se aproximam
de Deus em busca de salvação.
HORA DA REVISÃO
1. Qual o significado de nome Joel? Joel, no hebraico “Yo el
significa “Yahweh e Deus” ou “O Senhor é Deus”.
2. Joel iniciou sua pregação a partir de qual
acontecimento? uma
Começou a exortar sua geração a partir de uma praga de gafanhotos, um
calamidade pública que devastou Juda
3. No livro de Joel não temos a denuncia de pecado
da idolatria ou da apostasia spiritual. Sendo assim qual foi o problema de sua
geração? A
indiferença religiosa. Sua geração estava apática, não se incomodava com o fato
de não poder cultuar ao Senhor pois a praga dos gafanhotos havia consumido todo
o material para a oferta de manjar
4. Que atitude humana antecede as bênçãos materiais
e espirituais prometidas em Joel? A conversão sincera. O arrependimento precisa
ser de todo o coração.
5. No Antigo Testamento somente sacerdotes e
profetas recebiam a unção, todavia. aprendemos com Joel que a benção do
Espirito Santo e universal. Os efeitos dessa efusão do Espirito na Igreja são
os sonhos as profecias e as visões. Sendo assim qual cuidado a igreja deve ter
com os dons do Espirito? A igreja deve compreender que os dons do Espirito possuem o
propósito de edificar individualmente os cristãos, portanto, não devem ser
usados para fundamentar doutrinas, pois para este propósito, temos a Bíblia
Sagrada, nossa única regra de fé e prática cristã.
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