sábado, 31 de julho de 2021

Lição 05: Obadias: O Cuidado para com a Retribuição Divina | EBD – Jovens | 3° Trimestre De 2021

 Lição 05: Obadias: O Cuidado para com a Retribuição Divina | EBD – Jovens | 3° Trimestre De 2021

OBJETIVOS

Apresentar livro de Obadias e suas mensagens. 

Esclarecer os motivos que levaram Obadias a profetizar um grande juízo sobre Edom;

Explicar a partir do exemplo de Edom, como o orgulho e o ódio são prejudiciais à vida cristã.

TEXTO DO DIA

“Porque o dia do SENHOR está perto sobre todas as nações, como tu fizeste assim se fará contigo; a tua maldade cairá sobre a tua cabeça (Ob 1.15)

SÍNTESE

O livro de Obadia desperta para a realidade da lei da semeadura. Esta é uma lei estabelecida por Deus. Colheremos o que plantamos nesta vida.

AGENDA DE LEITURA

SEGUNDA – Gn 25.22,23 A gêneses da inimizade com Edom

TERÇA – SL 137.7 O clamor de justiça pelos feitos de Edom

QUARTA – Lm 21,.21 O juízo chegará a Edom 

QUINTA – Ex 25.12-14 A justa retribuição divina 

SEXTA – GL 6.7 A lei da semeadura

SÁBADO – Rm 3-7 Ninguém escapará do juízo divino

 

INTERAÇÃO

Obadias trouxe uma mensagem de advertência para o povo de Edom, descendentes de Esaú. Eles seriam punidos pelo Senhor pela cidade e orgulho contra Judá. Obadias nos mostra que Deus é amor, mas também é justo e não tolera o pecado. Existe uma recompensa para a iniquidade: a morte. O profeta Obadias nos mostra que o ódio e o orgulho não devem ter espaço em nosso coração. Então, pare agora e faça um autoexame. Como está seu coração? Ele continua humilde, quebrantado, puro e confiante em Deus?

Esperamos que sim. Contudo, é importante ressaltar que só há uma maneira de guardarmos os nossos corações de sentimentos detestáveis aos olhos do Senhor, como por exemplo, a soberba Permanecer olhando para Jesus e seguindo seus passos. Só o Salvador pode nos conduzir a uma vida de amor, humildade, perdão e de santidade.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor(a), sugerimos que você faça as seguintes perguntas: “Quem já leu o livro do profeta Obadias?” “O que vocês sabem a respeito de Obadias?” Ouça os alunos com atenção e incentive a participação de todos. Em seguida, divide a turma em dois grupos. Solicite que os grupos relacionem dois propósitos do livro de Obadias. Depois de concluírem a tarefa peça aos alunos que façam uma exposição dos objetivos. Em seguida mostre a eles os dois objetivos apresentados abaixo.

Revelar a intensa ira de Deus contra os edomitas por terem se regozijado com o sofrimento de Judá.

Para entregar a palavra do juízo divino contra Edom. Obadias profetiza o resultado final da atuação de Deus para os edomitas destruição para Israel, o povo de Deus livramento no futuro dia do Senhor

TEXTO BÍBLICO

Obadias 11-4, 15-17

1- Visão de Obadias: Assim diz o Senhor DEUS a respeito de Edom: Temos ouvido a pregação do SENHOR, e foi enviado aos gentios um emissário, dizendo: Levantai-vos, e levantemo-nos contra ela para a guerra.

2- Eis que te fiz pequeno entre os gentios; tu és muito desprezado.

3 – A soberba do teu coração te enganou, como o que habita nas fendas das rochas, na sua alta morada, que diz no seu coração: Quem me derrubará em terra?

4 – Se te elevares como águia, e puseres o teu ninho entre as estrelas, dali te derrubarei, diz o Senhor.

15 – Porque o dia do Senhor está perto, sobre todos os gentios; como tu fizeste, assim se fará contigo; a tua recompensa voltará sobre a tua cabeça.

16 – Porque, como vós bebestes no meu santo monte, assim beberão também de contínuo todos os gentios; beberão, e sorverão, e serão como se nunca tivessem sido.

17 – Mas no monte Sião haverá livramento, e ele será santo; e os da casa de Jacó possuirão as suas herdades.

INTRODUÇÃO

Obadias é o menor livro do Antigo Testamento, são apenas vinte e um versículos dentro de um único capítulo. Diferente de Amós que se concentrou em Israel, ele destinou sua mensagem a uma nação estrangeira, Edom. Os edomitas descendentes de Esaú, trataram os israelitas com crueldade e por isso, foram avisados que receberam uma retribuição divina pelo tratamento detestável ao povo de Deus. Havia um clamor israelita por este propósito (SI 137.7)

1 – OBADIAS

1. O servo do Senhor. Obadias é um nome comum entre árabes e judeus cujo significado é ‘servo do Senhor’. É um composto de óbed “servo”, e ‘ya” uma forma abreviada do tetragrama yhwh (Jeová). O livro não fornece informações pessoais sobre o autor, por isso nada sabemos sobre sua família, cidade ou profissão Ele simplesmente diz: “Visão de Obadias” (Ob 1). É provável que o profeta estivesse em Jerusalém durante um período em que a cidade foi atacada. Os edomitas foram cruéis durante esta invasão Obadias narrou os acontecimentos no estilo de uma testemunha ocular (Ob 1.1-14).

Ele era um homem piedoso, que seguia a ortodoxia judaica e acreditava na justiça divina. Ao ver a maldade dos edomitas anunciou impelido pelo Espírito de Deus o juízo que estava por vir sobre esta nação Vale destacarmos que outros profetas também anunciaram o juízo sobre Edom (Jr 49.7-22; Ez 25.12-24; Am 1.11,12)

2. Sua época. Não podemos afirmar quando o livro de Obadias foi escrito, pois o texto não oferece datas apenas apresenta indícios de um momento histórico em que os edomitas regozijaram-se com a invasão de Jerusalém, e até mesmo, lucraram com sua destruição tomando parte nos seus despojos (Ob 1.4.15). Não fica claro a qual invasão o profeta está se referindo Duas possíveis datas estão entre as mais propostas 848-841 a.C. e 586 a.C. A data mais antiga refere-se ao reinado de Jeorão. Neste período os filisteus e árabes invadiram Judá e cometeram diversos saques (2 Cr 21.16,17), e os edomitas se aproveitaram do momento para tratar os judeus de uma forma hostil e ríspida (2 Rs 8.20-22).

A segunda data refere-se à invasão da Babilônia a Jerusalém, por Nabucodonosor (586 a.C). Os edomitas ficaram satisfeitos com a destruição da Cidade Santa (Lm 4.21) e aproveitaram a ocasião para promoverem a vingança contra Judá (Ez 25.12). Os israelitas exilados na Babilônia lembravam-se do tratamento desprezível dos edomitas (Sl 137.7). Tudo Indica que os versículos 10-14 se referiram ao ataque de Nabucodonosor.

3. Sua mensagem. O assunto principal do livro de Obadias é o julgamento divino contra Edom por causa de sua hostilidade contra os judeus. A mensagem do profeta nos reporta a promessa que Deus fez a Abraão ‘’ […] abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem […]’’ (Gn 12 3). Os edomitas eram parentes dos judeus. A origem dessa história nos remete ao ventre de Rebeca (Gn 25.22.23). Edomitas e judeus provinham da mesma madre, Enquanto os edomitas descendiam de Esaú, os judeus descendem de Jacó.

O início do conflito começou entre dois Irmãos que disputavam a primogenitura e com o passar dos séculos a tensão entre estes dois povos cresceu transformando-se em uma inimizade ferrenha. Deus ordenou que os israelitas tratassem os edomitas como irmãos (Dt 2:5-9). porém, os edomitas cultivaram um ódio velado pelos israelitas e em diversos momentos históricos deixaram esse sentimento sujo aflorar: Os 21 versículos do livro de Obadias podem ser divididos da seguinte forma: Destruição de Edom (Ob 1-9), as razões para a destruição (Ob 10-14); o veredicto divino (Ob 15-16) a restauração futura do povo de Deus (Ob 17-21)

Segue o vídeo Adicional da Lição👇



II – O JULGAMENTO DIVINO

1. O orgulho. Edom era a nação vizinha a sudeste de Israel, ao sul de Moabe o do mar Morto. Eles eram descendentes de Esaù apesar de serem parentes de Israel, comportaram-se como inimigos. Um mensageiro foi enviado para noticiar a destruição de Edom: “[…] Levantai-vos e levantemo-nos contra ela para a guerra” (v. 1). Embora fossem pequenos em relação aos outros povos (v. 2), eram poderosos por causa da posição geográfica em que estavam A soberba do coração levou-os a pensar que eram invencíveis (v. 3). O texto diz que eles habitavam nas ‘fendas das rochas’. Suas cidades foram construídas em uma região de cadeias montanhosas que protegem a nação.

A topografia do local fornecia-lhes uma proteção natural. Os cavalos das tropas Inimigas jamais passaram pelas fendas das rochas. A altitude de 1200 a 1.700 metros tornava a região de fácil defesa. Por isso perguntavam “Quem me derrubará em terra?” (v.3). Sentiam-se inalcançáveis, como uma águia que sobe às alturas para guardar os seus filhotes em ninhos seguros (v.4). O orgulho gerou neles uma falsa sensação de segurança. O Deus revelado nas Escrituras não tolera o orgulho (Pv 16.18). Edom aprendeu a lição de que não existe lugar inacessível para Deus. Tudo está ao alcance de suas mãos e de seu poder.

2. O juízo divino. Os edomitas estavam acostumados a roubarem outros povos em momentos de tragédias nacionais, porém de acordo com Obadias, eles experimentariam o mesmo veneno, pois ladrões e roubadores viriam de noite para saquearem suas cidades (v. 5). O profeta declarou que até os vindimadores (colhedores de uva) deixavam alguns cachos pelo caminho, todavia em Edom não sobraria nada. Todo o tesouro de “Esaú “ seria encontrado e esquadrinhado tv. 6). Os judeus tinham o costume de identificar as pessoas por seus antepassados; assim Esaú é um nome para Edom, e Jacó, e usado como um nome para Judá.

Os bens de Esaú referem-se às minas de ferro e cobre que pertenciam ao território dos edomitas. Da mesma forma que Edom traiu Juda, seus aliados a traíram (v. 7). O pagamento do pecado será sempre a destruição, pois o salário do pecado é a morte (Rm 6 23), A destreza dos valentes de Edom não conseguiria livrá-los cio destino selado por Deus (v.9)

3. A maldade. A principal razão para a ira divina derramada sobre Edom era a violência praticada contra o “Irmão Jacó” (v.10). Jacó é usado como sinônimo para a nação de Israel. O termo “Israel” não se refere especificamente ao Reino do Norte, mas faz menção ao uso genérico do nome aplicado aos descendentes de Abraão, Isaque e Jacó. O texto sugere que o juízo de Deus não estava sendo aplicado por causa de um único ato, mas por causa de um acúmulo de comportamentos hostis para com Israel. A gota d’água foi a aliança de Edom com os povos inimigos que assolaram Jerusalém.

Obadias declarou: ‘tu mesmo era um deles” (v. 11), em outras palavras. Edom aliou-se ao exército invasor. Eles olharam com prazer para a destruição de Jerusalém e se alegraram na må sorte do irmão (v 12). Eles festejaram a derrota dos israelitas O texto ainda declara que não somente foram omissos, mas foram agentes da destruição, pois no dia dia calamidade de Jerusalém, também estenderam as mãos contra os judeus e as perseguiram para entregá-los aos inimigos (vv. 13.14). Agiram com grande crueldade.

Não tiveram compaixão. A falta de compaixão é um grande pecado diante de Deus. Além de se alegrarem com a derrota alheia, foram instrumentos da maldade. Um indivíduo dominado pela inveja tende a praticar atos desprezíveis. Orgulho e inveja são sentimentos que devem ser extirpados de nossos corações

III – A RETRIBUIÇÃO DIVINA

1. O “Dia do Senhor”. O profeta anunciou que o “Dia do Senhor” virá sobre todas as nações. Esse dia será contrastante para Edom e Israel, enquanto um será humilhado e destruído, o outro será restaurado e exaltado O Dia do Senhor aponta para um momento específico da história em que Deus se levantará para fazer valer a Sua justiça. O juízo de Deus aplicará em Edom o castigo imposto a Israel: “[…] assim se fará contigo […]” (v. 15). Logo, eles serão como se nunca tivessem sido” (v. 16), Todavia, em Sião haverá livramento. Enquanto Edom experimentara ataques da ira divina, Juda recebera livramento (v 17). Enquanto a casa de Esaú será como palha, a casa de Jacó será como fogo (v 18).

Deus aplicará a justiça na inversão dos papéis injustos, os exaltados serão humilhados e os humilhados serão exaltados (Jó 22.29: Pv 16.18. Mt 23.12 Lc 18:14). Essa palavra trouxe consolo para os judeus que sofriam diante da derrota imposta pelas tropas adversárias. Não podemos perder a fé na justiça divina Vivamos de modo íntegro confiando em Deus e em sua Palavra, e ainda que enfrentemos desventuras no momento certo o Senhor intervirá para fazer prevalecer a sua justiça e derramar o seu consolo sobre nós.

2. A retribuição divina. Os juízos divinos são sempre fundamentados em motivos convincentes. Deus não comete injustiças. A doutrina da retribuição divina e bíblica (Êx 21.23-25; Dt 19.21). Deus fez aos Edomitas o mesmo que eles fizeram a Juda. Edom e Israel eram parentes, no entanto, os edomitas sempre tratavam Israel com desprezo. Na época de Moisés, o direito de passagem dos israelitas pelo território edomita foi negado (Nm 20.14-21). A Bíblia apresenta quatro momentos em que os edomitas pilharam Israel No reinado de Jeorão (2 Cr 21), no reinado de Amazias (2 Cr 25) no reinado de Acaz (2 Cr 28) e no reinado de Zedequias (2 Cr 36).

Este ciclo de maldade não poderia ficar impune. Deus escreveu uma lei no universo que não pode ser esquecida: A lei da semeadura (Gl 67). É a plantação que determina o resultado da colheita. O cristão não deve semear na carne, isto é, ‘viver pela carne, mas deve semear no espírito vivendo de acordo com a vontade do Espírito (GL 6:8). Estejamos sempre atentos e não nos esqueçamos que também seremos julgados pelo Senhor. Cuidemos para que sentimentos contraproducentes como a raiva, amargura ou até mesmo a maquinação do mal jamais cresçam em nossos corações. Inimizades devem ser combatidas com perdão e reconciliação e não com vingança e ressentimento. Vivamos segundo o espírito e não segundo a carne.

3. O rebaixamento de Edom. Obadias nos ensina que Deus cumpre suas promessas Suas profecias se cumpriram historicamente. Os edomitas “foram como se nunca tivessem sido” (v 16). No século VI aC., eles foram derrotados e expulsos de suas terras, e como consequência fixaram-se próximo ao Mar Vermelho. todavia, em 312 a.C. foram novamente destruídos pelos nabateus. Depois de espalhados, sobreviveram através dos casamentos mistos com outros povos da região.

No Novo Testamento os edomitas ficaram conhecidos como idumeus Herodes o rei dos judeus, descendia dos idumeus. Porém, em 70 a.C., o general romano Tito destruiu os israelitas e idumeus. Enquanto os israelitas se dispersaram e depois de quase dois mil anos reviveram como uma nação, os idumeus desapareceram da história para sempre. A profecia de Obadias se cumpriu (v.10), Seu livro confirma o princípio bíblico da retribuição divina, Cedo ou tarde, todos nós arcaremos com os nossos atos diante de Deus! Não nos esqueçamos jamais desta verdade cristã!

SUBSÍDIO 1

“Para que possamos entender o livro de Obadias precisamos ter em mãos um breve resumo da história de Israel O profeta trata de duas nações, Israel e Edom, mas refere-se a elas por meio da citação de seus antepassados. Esaú e Jacó Isso ocorre porque era comum para os hebreus identificar as pessoas utilizando o nome de seus antepassados. Ao longo da história entre Israel e Edom houve momentos de animosidade e isso perdurou por muitos anos despertando e mantendo acesa uma inimizade entre dos povos descendentes de Abraão.

Apesar da animosidade entre esses grupos, a recomendação divina aos israelitas era que tratassem os edomitas com respeito, da mesma forma que deveriam tratar os egípcios (Dt 23.7). Essa recomendação os edomitas não seguiram. 

O problema foi a atitude de Edom no momento do juízo de Deus. Os edomitas foram condenados não apenas porque se mantiveram distantes e alegres quando seus parentes estavam sendo atacados. Eles foram condenados porque, além de observar o que estava acontecendo, participaram dos ataques contra os sobreviventes. Mas seu julgamento não tardaria a vir” (COELHO. Alexandre: DANIEL. Silas. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 42).

SUBSÍDIO 2

“Obadias é o livro mais curto do Antigo Testamento. Ele é exclusivo entre os livros proféticos do Antigo Testamento por ser dirigido contra uma nação estrangeira, sem oráculos de juízos contra Israel e Judá.

O profeta tem em vista um ataque militar contra Jerusalém em que os edomitas participaram alegremente, mas ele não fornece informações que mostre claramente a data da catástrofe. Alguns datam o livro com relação a uma invasão de Judá por filisteus e árabes, durante o reinado de Jeroão, em que se supõe que os edomitas tenham participado. Outros, consideram que os eventos que motivaram essA profecia estão relacionados com a invasão de Judá pelos babilônios, que resultou, por fim, no seu colapso. cm 586 a.C. Tanto as Escrituras como a tradição judaica menciona explicitamente. o envolvimento das edomitas nossa catástrofe final e o texto de Obadias parece se referir, mais naturalmente. a esse evento” (Profetas Menores Livro de Estudo, Rio de Janeiro, CPAD, 2016, p. 103). 

CONCLUSÃO

Ninguém pode desafiar as leis espirituais e sair incólume. O que Deus estabeleceu está estabelecido! Devemos nos atentar para os maus exemplos a fim de observarmos o fruto do pecado. Lembremo-nos de Edom. O ódio e o orgulho não devem ter espaço em nosso coração, pois uma vez inseridos, tendem a crescer dentro de nós provocando grandes estragos espirituais. Lembremo-nos de que o arrependimento e a fé em Jesus nos conduzirão ao amor e ao perdão nos livrando de tais sentimentos vis.

HORA DA REVISÃO

1. Qual o assunto principal do livro de Obadias? O julgamento divino contra Edom, por causa de sua hostilidade contra os judeus

2. Quem foi Obadias? Um servo do Senhor que acreditava no princípio da retribuição divina. Ele foi testemunha ocular de um ataque sofrido em Jerusalém, no qual os edomitas aproveitaram-se da situação para vingar-se do povo de Deus 

3. Qual o motivo para o orgulho de Edom? Sentiam-se demasiadamente seguros por causa da geografia e da topografia do local onde habitavam, por isso agiram com soberba 

4. Edom olhou com prazer a destruição de Jerusalém. Como devemos tratar aqueles que sofrem? Não devemos regozijar jamais com o sofrimento de alguém, antes devemos tratar aqueles que sofrem com compaixão. E isto que Deus espera de nós.

5. A profecia de Obadias sobre Edom se cumpriu? Sim, Eles foram destruídos e deixaram de existir como nação. Desapareceram para sempre.

sexta-feira, 30 de julho de 2021

Lição 05: O Reinado de Acazias | EBD – Adultos | 3° Trimestre De 2021

 Lição 05: O Reinado de Acazias | EBD – Adultos | 3° Trimestre De 2021

EBD | 3° Trimestre De 2021 | CPAD – Adultos – Tema Do Trimestre: O Plano Divino para Israel em meio à Infidelidade da Nação | Lição 05: O Reinado de Acazias

OBJETIVO GERAL

Ressaltar a imprescindibilidade de se ter um relacionamento íntimo com Deus.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

Descrever a idolatria e a infidelidade de Acazias;
Assinalar a coragem de Elias:
Identificar as consequências dos atos de Acazias

Texto Áureo 

“Tenha já fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo; pois tu, ó justo Deus, provas o coração e a mente.” (Sl 7.9)

Verdade Prática 

A coragem de Elias é exemplo e incentivo para os que são chamados a pregar e a exortar segundo a Palavra de Deus, independentemente de classe, raça ou credo.

LEITURA DIÁRIA

Segunda – Js 1.9 Deus sempre está com os seus, por isso, não há o que temer
Terça – 1 Co 16.13 O Senhor conta com homens mulheres de coragem
Quarta – 1 Co 10.7 A idolatria deve ser banida
Quinta – 2 Tm 1.7 Deus deu aos seus o espírito de poder
Sexta – Jn 2.8 A misericórdia de Deus é desprezada quando se buscam coisas väs
Sábado – 1 Cr 16.25,26 Somente o Senhor deve receber todo louvor e glória

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

2 Reis 1.1-8,13-17

1- E, depois da morte de Acabe, Moabe se revoltou contra Israel.

2- E caiu Acazias pelas grades de um quarto alto, que tinha em Samaria, e adoeceu; enviou mensageiros e disse-lhes: Ide e perguntai a Baal-Zebube, deus de Ecrom, se sararei desta doença.

3- Mas o anjo do SENHOR disse a Elias, o tisbita: Levanta-te, sobe para te encontrares com os mensageiros do rei de Samaria e dize-lhes: Porventura, não há Deus em Israel, para irdes consultar a Baal-Zebube, deus de Ecrom?

4- E, por isso, assim diz o SENHOR: Da cama, a que subiste, não descerás, mas sem falta morrerás. Então, Elias partiu.

5- E os mensageiros voltaram para o rei, e ele lhes disse: Que há, que voltastes?

6- E eles lhe disseram: Um homem nos saiu ao encontro e nos disse: Ide, voltai para o rei que vos mandou e dizei-lhe: Assim diz o SENHOR: Porventura, não há Deus em Israel, para que mandes consultar a Baal-Zebube, deus de Ecrom? Portanto, da cama, a que subiste, não descerás, mas sem falta morrerás.

7- E ele lhes disse: Qual era o traje do homem que vos veio ao encontro e vos falou estas palavras?

8- E eles lhe disseram: Era um homem vestido de pêlos e com os lombos cingidos de um cinto de couro. Então, disse a ele: É Elias, o tisbita.

13- E tornou o rei a enviar outro capitão dos terceiros cinquenta, com os seus cinquenta; então, subiu o capitão de cinquenta, e veio, e pôs-se de joelhos diante de Elias, e suplicou-lhe, e disse-lhe: Homem de Deus, seja, peço-te, preciosa aos teus olhos a minha vida e a vida destes cinquenta teus servos.

14- Eis que fogo desceu do céu e consumiu aqueles dois primeiros capitães de cinquenta, com os seus cinquenta; porém, agora, seja preciosa aos teus olhos a minha vida.

15- Então, o anjo do Senhor disse a Elias: Desce com este, não temas. E levantou-se e desceu com ele ao rei.

16- E disse-lhe: Assim diz o Senhor: Por que enviaste mensageiros a consultar a Baal-Zebube, deus de Ecrom? Porventura, é porque não há Deus em Israel, para consultar a sua palavra? Portanto, esta cama, a que subiste, não descerá, mas certamente morrerás.

17- Assim, pois, morreu, conforme a palavra do SENHOR, que Elias falara; e Jorão começou a reinar no seu lugar, no ano segundo de Jeorão, filho de Josafá, rei de Judá, porquanto não tinha filho.

HINOS SUGERIDOS: 116, 242, 382 da Harpa Cristã

Ponto Central: A Infidelidade leva o nosso relacionamento com Deus à ruina

• INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Acreditava-se que Baal-Zebube era um deus que tinha o dom da profecia. Por isso, Acazias enviou mensageiros a Ecrom para saber se viveria ou não, após sua queda e consequente enfermidade. Essa atitude de Acazios evidencia a descrença e o desrespeito do rei pelo Deus de Israel. Como Acazias podia ignorar que aquele falso deus era irreal, sem sentido e impotente, e que jamais receberia qualquer resposta sobre seu destino? Como podia fazer de um ídolo mudo e morto, seu oráculo? Converse com seus alunos e mostre o quanto a cegueira e a tolice de certas pessoas as fazem buscar alternativas para servirem a Deus. Só existe um Deus verdadeiro, o Deus de Israel, que responde às nossas dúvidas, incertezas e anseios.

INTRODUÇÃO

O reinado de Acazias foi fortemente marcado pela idolatria, assim como o de seus antepassados. Após uma queda da sacada do palácio real e consequente ferimento, Acazias cometeu um ato de infidelidade a Deus ao consultar Baal-Zebube sobre o seu destino. O Senhor, através do profeta Elias, advertiu severamente o rei sobre esse gravíssimo erro, anunciando o decreto de sua morte (2 Rs 1.16).

1- UM REINADO MARCADO PELA IDOLATRIA

1. O deus de Acazias. Acazias era filho de Acabe e pai no trono de Israel. Acazias venerava o deus Baal-Zebube de Ecrom, uma das cinco cidades dos filisteus, a sudoeste de Canaã. Ao adoecer em razão de uma queda, enviou mensageiros para consultar essa divindade a fim de saber se viveria ou morreria (2 Rs 1.2).

2. Acazias segue os passos de seus pais. O reinado de Acazias foi um dos mais difíceis para Israel. Ele é mencionado na Bíblia como um rei que fez o que era mau aos olhos do Senhor e imitou Acabe, Jezabel e Jeroboão. No seu curto reinado de dois anos, conseguiu superar a maldade de seus antecessores. Acazias seguiu o péssimo exemplo de seus pais que certamente não acataram o sábio conselho de Salomão: “Instruir o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele” (Pv 22.6).

SÍNTESE DO TÓPICO I

Os erros ou as más condutas cometidas por nossos antecessores não devem ser repetidas.

SUBSÍDIO DIDÁTICO -PEDAGÓGICO

Escreva na lousa ou em um flip-chart a seguinte pergunta: O que significa “fazer o que é mau aos olhos do Senhor”? De cinco minutos aos alunos para elaborarem a resposta. Ao cabo do tempo determinado, solicite que cada um, por seu turno, exponha sua resposta. Todas as respostas deverão ser anotadas no quadro. Não importa nesse momento se elas estão corretas ou não. A seguir, leia com eles os textos relacionados de 1 Rs 11.6; 14.22; 15.26,34; 21.25; 2 Rs 3.2. Ao terminarem a leitura, peça a eles que, baseados nos textos lidos, respondam novamente à pergunta inicial. Não deixe de analisar e comparar as duas respostas.

II – ELIAS DESAFIA A ADORAÇÃO A BAAL

1. A corajosa intervenção de Elias. O rei Acazias enviou seus emissários para consultar o falso deus Baal-Zebube. Mas o anjo do Senhor ordenou ao profeta Elias que se encontrasse com eles em Samaria e os exortasse com uma dura palavra: “Porventura, não há Deus em Israel, para irdes consultar Baal-Zebube, deus de Ecrom?” (2 Rs 1.3b).

2. A resposta de Elias aos soldados do rei. Quando o rei ficou sabendo da profecia de Elias, enviou, em três ocasiões diferentes, um oficial com cinquenta soldados para conduzir Elias ao palácio (2 Rs 1.9-13). Mas nas duas primeiras vezes, desceu fogo do céu e consumiu todos os soldados e seus capitães (2 Rs 1.14). Na terceira vez, todavia, o capitão do agrupamento, temendo pela própria vida e pela de seus soldados, ajoelhado, suplicou ao homem de Deus que lhes poupasse a vida (2 Rs 1.13). Por bondade e misericórdia, o Senhor ouviu aquele sincero clamor e ordenou ao profeta que os acompanhassem até o palácio, em segurança (2 Rs 1.15).

3. Um ministério de fogo. Elias pode ser chamado de “profeta de fogo”. Em três episódios do seu ministério, Deus enviou fogo do céu: no monte Carmelo com os profetas de Baal (1 Rs 18.38); no monte Horebe quando o Senhor visitou o profeta e se manifestou por fogo, embora a presença dele não estivesse nesse elemento (1 Rs 19.12) e: quando por duas vezes, o fogo desceu do céu para consumir os soldados e seus capitães (2 Rs 1.10-12).

SÍNTESE DO TÓPICO II

Servir a Deus e permanecer fiel requer coragem e determinação diante dos desafios e adversidades.

SUBSÍDIO DEVOCIONAL

“O terceiro capitão apresentou-se e se colocou sob a misericórdia de Deus e de Elias. Não lemos que Acazias o ordenou que assim fizesse (seu coração teimoso é tão duro como sempre, tão indiferente ele é para com os terrores do Senhor, tão pouco afetado com as manifestações de sua ira, e, além disso, tão pródigo em relação às vidas de seus súditos, que ele envia um terceiro com a mesma mensagem provocadora a Elias), mas ele se alarmou com o destino de seus predecessores, os quais, talvez, caíram mortos ante a seus olhos.

E, ao invés de intimar o profeta, que descesse, caiu diante dele e implorou por sua vida e pela vida de seus soldados, reconhecendo seus próprios deméritos e o poder do profeta (vv. 13.14): Seja precioso aos teus olhos a minha vida. Note: Não se consegue nada lutando com Deus: se formos bem-sucedidos com Ele, será por meio de súplicas. Se não cairmos diante de Deus, devemos nos curvar diante dEle. E aqueles que aprendem a ser submissos com as fatais consequências dos outros, são sábios para seu próprio bem.

CONHEÇA MAIS

“Os monarcas bíblicos serviam tanto de quais políticos como espirituais do povo. Quando um rei não fazia o que era reto diante do Senhor, logo suas ações refletiam nos seus súditos (1 Rs 16.30). A religião, portanto, era uma grande caixa de ressonância das ações dos reis hebreus. Nos dias do profeta Elias, as ações de Acabe e sua mulher Jezabel sofreram oposição ferrenha do profeta porque elas estavam pulverizando o verdadeiro culto (1 Rs 19.10). Para saber mais leia: Porção dobrada. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.33.

[-] Elias faz mais do que atender ao pedido deste terceiro capitão. Deus não é tão severo com aqueles que se colocam contra Ele, mas está pronto para mostrar clemência àqueles que se arrependem e se submetem a Ele. Nunca ninguém agiu em vão ao colocar-se sob a misericórdia de Deus. Este capitão não somente tem sua vida poupada, mas a permissão de cumprir sua tarefa: Elias sendo assim ordenado pelo anjo, desce com ele do rei (v.15). Assim, ele mostra que, antes, recusava-se a ir não porque temesse o rei ou a corte, mas porque não seria arrogantemente compelido a fazê-lo, o que diminuiria a honra de seu Senhor.

Ele valoriza seu cargo. Ele vem corajosamente ao rei, e lhe diz na cara (agora não importam seus sentimentos) a mensagem que tinha enviado antes (v.16), que deveria certa e prontamente morrer. Elias não alivia a sentença, nem por medo do desprazer do rei, nem por pena de sua miséria” (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Antigo Testamento: Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 545,46).

Segue o Vídeo Adicional👇



III – A DOENÇA DE ACAZIAS E A SUA MORTE

1. O julgamento do Senhor contra Acazias. Deus mandou Elias dizer ao rei que ele jamais seria curado ou sairia da cama vivo (2 Rs 1.4). Por consequência de sua obstinada idolatria, Acazias estava sentenciado à morte. Ele conhecia as maravilhas que Deus havia operado no meio do seu povo, no passado. Como poderia opor-se a Deus e negligenciar suas leis daquela maneira? Deus não tolera a obstinação daqueles que ouvem sua Palavra e permanecem com a vida deliberadamente entregue ao pecado.

2. A determinação de Elias e a morte do rei. Ao ser convocado à presença do rei pelos oficiais e seus soldados, o Deus não tolera a obstinação daqueles que ouvem sua Palavra e permanecem com a vida deliberadamente entregue ao pecado. O profeta não titubeou em repetir o que já havia dito anteriormente aos mensageiros de Acazias: “desta cama, a que subiste, não descerás, mas certamente morrerás” (2 Rs 1.16b). Provavelmente, o acidente ocorrido com o rei afetou sua mobilidade e a falta de medicina adequada naquela época não lhe proporcionou uma boa recuperação. Independente disso, a Palavra de Deus dada ao profeta Elias se cumpriu e o rei Acazias faleceu.

3. As qualidades de Elias. Nesse episódio várias qualidades de Elias são percebidas, tais como: intimidade com Deus; zelo em promover a adoração ao Deus de Israel e em condenar a idolatria; clareza e assertividade em suas sentenças; fidelidade e, além de tudo, a coragem (2 Rs 1.9-12). Ainda hoje o Senhor busca homens e mulheres que sejam corajosos e obedientes a fim de serem usados por Ele em sua grande obra.

SÍNTESE DO TÓPICO III

Os pecados constantes e a falta de arrependimento podem nos levar à morte física ou espiritual.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

“Quando de uma séria queda, Acazias ignorou a existência de Elias e enviou mensageiros que consultassem Baal-Zebube, em Ecrom. Elias interceptou esses mensageiros com a solene advertência de que Acazias não se recuperaria. Após diversas tentativas para capturar Elias, tentativas essas que foram rechaçadas, o profeta foi conduzido diretamente à presença do rei. Tal como fizera no caso de Acabe, seu pai, Elias advertiu pessoalmente a Acazias de que o juízo divino lhe sobre- viria, porquanto ele prestará honras aos deuses pagãos e ignorar o Deus de Israel. Talvez essa tenha sido a última vez em que Elias compareceu à presença de um rei, porque não se faz menção alguma de associações com Jorão, rei de Israel” (BENTHO, Esdras Costa & PLACIDO, Reginaldo Leandro. Introdução ao Estudo do Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2019, p.252).

CONCLUSÃO

O reinado de Acazias foi marcado pela idolatria e pela infidelidade para com Deus. Ele fez o que era mau aos olhos do Senhor ao consultar outros deuses sobre o seu futuro (2 Rs 1.2). Era idólatra e infiel para com os mandamentos de Deus. Elias foi o profeta que confrontou as transgressões de Acazias e por esse motivo quase foi preso (2 Rs 1.9). Todavia, seguiu em frente, cumpriu sua missão e honrou a Deus (2 Rs 1.10).

PARA REFLETIR

A respeito de “O Reinado de Acazias”, responda:

1. Qual deus de Ecrom Acazias venerava? Baal-Zebube.

2. Qual foi a advertência que Deus fez ao rei Acazias, através de Elias? “Porventura, não há Deus em Israel, para irdes consultar Baal-Zebube, deus de Ecrom?” (2 Rs 1.3b).

3. Como o profeta Elias pode ser chamado? Por quê? Elias pode ser chamado de “profeta de fogo”. Em três episódios do seu ministério, Deus enviou fogo do céu.

4. Cite algumas qualidades do profeta Elias. Intimidade com Deus; zelo em promover a adoração ao Deus de Israel e em condenar a idolatria; clareza e assertividade em suas sentenças; fidelidade e, além de tudo, a coragem (2 Rs 1.9-12).

5. O que Deus quis mostrar com o ministério de Elias? Que o Senhor é o verdadeiro Deus, que Ele tem controle sobre tudo e abomina a adoração a falsos deuses.

CONSULTE

Revista Ensinador Cristão – CPAD, nº 86, p.38. Você encontrará mais subsídios para enriquecer a lição. São artigos que buscam expandir certos assuntos,

sábado, 24 de julho de 2021

Lição 04: Amós: Adoração com Justiça | EBD – Jovens | 3° Trimestre De 2021

 Lição 04: Amós: Adoração com Justiça | EBD – Jovens | 3° Trimestre De 2021

EBD | 3° Trimestre De 2021 | CPAD – Jovens | Tema: O CUIDADO DE DEUS COM O CORPO DE CRISTO – Lições da Carta do Apóstolo Paulo aos Coríntios para os nossos Dias | Lição 04: Amós: Adoração com Justiça

OBJETIVOS

EXPOR os principais conteúdos apresentados na profecia de Amós:
COMPREENDER quem foi o profeta Amos, sua origem. trabalho e estilo profético,
DEFENDER que a prática da justiça e um elemento insubstituível para a verdadeira adoração

TEXTO DO DIA

“Vos que dilatais o dia mau e vos chegais ao lugar de violência que cantais ao som do alaúde e inventais para vós instrumentos músicos, como Davi.” (Am 6.3.5.)

SÍNTESE

A profecia de Amós nos ensina que justiça e retidão são elementos fundamentais para a adoração.

AGENDA DE LEITURA

SEGUNDA – Am 2.6,7 A injustiça social é um pecado grave contra Deus
TERÇA – Am 5.14,15 Fazer o bem é uma expressão de adoração ao Senhor
QUARTA – Mt 5.20 O cristão é identificado pela prática da justiça
QUINTA – Tg 1.27 Ajudar a quem precisa é parte da adoração
SEXTA – Is 1.13-15 O culto pode se tornar uma abominação ao Senhor
SÁBADO– Jo 4.23.24 Deus procura verdadeiros adoradores

INTERAÇÃO

Professor(a) na lição deste domingo estudaremos o livro de Amos Veremos que o profeta, pastor e cultivador de figas (11) foi enviado ao seu povo com uma palavra contundente contra a idolatria que havia se tornado uma ‘praga no meio do povo de Deus. Ele também fez graves denuncias contra as injustiças sociais. O livro de Amós nos mostra que a prosperidade de Israel foi à causa da corrupção da nação Infelizmente, algumas pessoas ainda hoje depois de prosperarem se esquecem do Senhor e das ordenanças da sua Palavra.

As prédicas de Amós foram precisas e alcançaram o âmago da nação israelita. Contudo, ele não apenas assinalou o pecado, mas advertiu o povo a buscar o arrependimento, pois Deus é bom e misericordioso, ‘e se arrepende do mal” (Jl 213).

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor(a) sugerimos que para a aula de hoje você divida a classe em grupos. Peça que os grupos façam um resumo com 4 temas principais abordados pelo profeta Amós. Depois, solicite que apresentem à turma formando um único grupo. Em seguida escreva no quadro o conteúdo abaixo e discuta com os alunos algumas características especiais do livro de Amós.

É um grito profético em favor da justiça e da retidão, baseado no caráter de Deus

Ilustra vividamente quando abominável é para Deus a religião quando divorciada de uma conduta reta

É uma confrontação radical e vigorosa entre Amós e o sacerdote Amazias (7.10-17)

Seu estilo audaz e enérgico, reflete a inabalável lealdade do profeta a Deus em usar pessoas que lhe são tementes ainda que desprovidas de credenciais formais para que proclamem a sua mensagem numa era de profissionalismo

TEXTO BÍBLICO

Amós 5.21-23

21 Aborreço desprezo as vossas festas e as vossas assembleias solenes não me dão nenhum prazer.

22 E, ainda que me ofereçais holocaustos e ofertas de manjares, não me agradarei delas nem atentarei para as ofertas pacificas de vossos animais gordos.

23 Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos porque não ouvirei as melodias dos teus instrumentos.

INTRODUÇÃO

O livro de Amós é surpreendentemente atual. Sua profecia condena a idolatria e denuncia as injustiças sociais que às vezes são normatizadas pelo “status quo de um determinado grupo social. O mais triste é saber que o sistema religioso, assim como os demais (politico, jurídico e social) podem se mancomunar junto à corrupção. Amós não pensou duas vezes em tocar a dedo na ferida de Israel e desafiá-los ao arrependimento, caso contrário, a nação receberia o juízo de Deus.

Ele profetizou aproximadamente três décadas antes da destruição de Israel pelas tropas da Assíria. Ainda hoje. a voz do profeta continua a ecoar alteando a bandeira da justiça no estandarte da adoração cristã. O livro de Amós é conhecido como o livro da justiça de Deus e nos ensina que a adoração não pode desassociar-se da retidão e dos princípios bíblicos e justos” revelados na Palavra de Deus.

1- O PROFETA AMÓS

1. Sua vida. O nome Amós significa ‘carregador de fardos’. Em . alusão ao seu nome, podemos dizer que sua fala era pesada e a sua palavra, uma carga do Senhor. Por causa de sua origem humilde o profeta não apresenta seu sobrenome, indicando que sua família não era conhecida (Am 11). Ele provinha de uma classe trabalhadora portanto estava acostumado a “carregar fardos” Deus chamou um homem calejado para uma dura tarefa. Amós permaneceu m soluto em cumprir sua missão.

Foi duro nas denuncias e exortações porque sabia que se o povo não ouvisse suas palavras o peso do juízo divino derramado sobre Israel seria ainda maior. Ele era natural de Tecoa (Am 1.1). Essa cidade ficava a uns 20 km ao sul de Jerusalém junto ao deserto da Judeia. Essa região ficava próxima à estrada que ligava Jerusalém a Hebrom e Berseba. Foi nessa região que João Batista se levantou como profeta. Amos foi um profeta sulista que atuou como missionário no Reino do Norte (Israel). A certeza do chamado divino revestiu o profeta da coragem para denunciar

2. Um homem simples. Amós fala a partir de sua realidade, por isso se apresenta como um legitimo representante de uma classe explorada, que não tinha voz nem vez. Ele era pastor boleiro e cultivador de sicômoros (Am 11: 7:14). Possuía múltiplos empregos. Era um homem trabalhador que fez questão de identificar sua origem humilde (Am 7.54 15). Sabia que seu ministério era ratificado, não pela tradição por trás de um nome, mas pelo chamado divino: Tal como Davi, era pastor, entretanto, suplementava o seu trabalho cultivando sicômoros (figueiras bravas). Durante os meses de verão, os pastores mudavam o rebanho para lugares mais baixos e pegavam serviços paralelos como “boieiro” ou “cultivador de sicômoros para terem o direito de pastar com seus gados naquelas regiões.

Sicômoros era a fruta consumida pelos mais pobres. Os ricos se deliciavam com o figo comum. O pecado do orgulho combatido por ele, não fazia parte de sua vida Ele era um homem simples. Joao Crisostomo ensinou que a humildade é a raiz a mãe a ama-de-leite, o alicerce o vinculo de todas as virtudes. O cristão deve expressar a humildade em sua vida, pois Deus se agrada dos simples (SI 24.4). Israel ensoberbou-se; por isto foi humilhado de modo contrastante, os humildes são honrados por Deus (Tg 4.10).

3. Um homem preparado. Como pastor, ele passava muito tempo sozinho, meditando e observando a natureza. As ilustrações utilizadas em suas profecias foram extraídas da vida diária, indicando a originalidade dos seus pensamentos, Era leigo no sentido que não havia recebido formação em um estabelecimento oficial, visto que não tinha estudado nas escolas de profetas. No entanto, não era um homem ignorante. Embora não tivesse passado por uma educação profética formal, cie demonstrou muito conhecimento.

Assim como Moisés e Davi, o tempo com o gado lhe proporcionou uma cultura mental destinada a reflexão Amos demonstrou um grande conheci- mento da lei de Moisés. Não devemos desprezar as pessoas que não tiveram a oportunidade de passar por um sistema de formação oficial pois aprendemos com Amos que todos podem ser usados por Deus, independente da classe social ou do currículo formativo Deus procura ‘corações piedosos’ e não somente ‘mentes brilhantes’, pois seu Espirito capacita aqueles que são chamados (Dn 2.21; Tg 1.5).

II – O CONTEXTO HISTÓRICO DE SUA PROFECIA

1. Período de paz. Amós desenvolveu o seu ministério na época em que Jeroboão II reinava em Israel, e Uzias, em Juda. Foi um período de grande prosperidade para ambos os reinos. De acordo com o Antigo Testamento ele foi contemporâneo de Oseias, Jonas Isaias e Miqueias O clima do governo entre Jeroboão II e Uzias era amistoso. As nações que poderiam perturbar Israel tinham sido dominadas. A luta contra a Síria terminou com a vitória de Israel. O rei tinha restabelecido os termos de Israel Rs 14.25). Os reinos do Norte e Sul expandiram seus territórios de tal modo que conseguiram recuperar quase todo o território do império davidico-salomónico.

Esse período ficou conhecido como a idade de ouro para ambos os reinos. A ideia de um juízo divino parecia não se adequar as circunstancias daquela época. As ameaças assírias de Tiglate-Pileser III (745-727 aC.) se manifestariam apenas algum tempo depois. A paz experimentada pelos israelitas lhes trouxe uma sensação enganosas de segurança, por isto rejeitaram a mensagem de Amós. Que Deus nos livre das sensações enganosas da vida! Devemos guardar o nosso coração (Pv 4.23 Jr 17.9) entregando-o a autoridade de Cristo.

2. Período de prosperidade. A paz politica e a expansão territorial conduziram Israel para um periodo de prosperidade material. As nações vizinhas eram tributarias do Norte. As riquezas a afluíam para Israel Os novos ricos perdiam a paciência com as restrições de trabalho impostas pelas lei do sábado. A vontade de acumular riquezas se tomou maior do que o anseio de obedecer a Lei do Senhor. A ganancia tem sido uma fonte de tropeço para multos (1 Tm 6.9.10). Os pobres não eram tratados de forma justa (Dt 15.11; 24.15). A luxuria dos ricos era conseguir à custa da opressão e exploração (Am 2.6-8).

Os ricos controlavam tudo inclusive o judiciário. As decisões dos tribunais eram todas favoráveis aos ricos e extremamente opressivas aos pobres, Amós se levantou contra as injustiças sociais e combateu os sistemas desonestos que pervertiam o direito dos necessitados. Os homens de sua época estavam tão contumazes em acumular riquezas que se esqueciam de atentar para a necessidade de seus irmãos. Lembremo-nos de que o desprezo ao pobre e um grave pecado diante de Deus (Dt 24.15: Is 3.15)

3. Paganismo religioso. A força material de Israel contrastava com sua fraqueza moral. O sumo sacerdote Amacias, por exemplo, era de classe leiga e não provinha da descendência sacerdotal; tal questão era um grande ultraje a fé verdadeira em Israel. Quando Amós profetizou que Israel só achava fora do prumo por causa dos pecados de idolatria e materialismo introduzidos pela casa de Jeroboão (Am 77-9), Amazias demonstrou que era um ”sacerdote comprado” defendendo os interesses do rei ao tentar proibi-lo de continuar profetizando (Am 7.12.13).

As leis divinas estavam sendo burladas, a religião tinha se corrompido (Am 7.10-14), Jeroboão II incentivou a prática dos cultos a fertilidade por meio de um sistema de adoração ao bezerro de ouro (2 Rs 14.24-25). A adoração a Jeová permanecia concomitantemente ac paganismo (Os 2.13,16,17). Centros pagãos foram construídas nas principais cidades do Norte Gilgal Betel, Da Samaria (Am 4.4: 8.14). Alguém precisava combater estes pecados, o por este motivo, Deus levantou o corajoso Amós.

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III – ADORAÇÃO COM JUSTIÇA

1. A mensagem do profeta. O livro de Amos pode ser dividido em duas partes principais. Na primeira seção situam-se os oráculos que vieram pela palavra (Am 1-6) aqui encontramos juízos entregues para oito nações Damasco, Gaza, Tiro Edom, Amom, Moabe Juda e Israel (Am 1-2). O profeta apresentou uma série de discursos de julgamento contra Israel (Am 3-6). As denúncias de Amós partem do geral para o especifico. Primeiro falou as nações, depois foi especifico em detalhar os pecados de Israel.

Na segunda seção do seu livro estão as visões (Am 7-9). Para fortalecer sua intimação, Amós apresentou uma série de símbolos do juízo vindouro (Am 7,8 e 9) e por fim. terminou sua mensagem apresentando a restauração futura de Israel (Am 9.11-15). Sua profecia confrontou, principalmente as instituições de Israel ao denunciar os pecados que destruíamos fundamentos sociais, morais e espirituais da nação. Estamos preparados para pregar uma mensagem de confronto?

2. Responsabilidade social. Amós encontrou um mau governo em Israel, Oseias seu contemporâneo, fez denúncias semelhantes (Os 5.1;7.5-7). As instituições de Israel transformaram a justiça em alosna, uma erva daninha (Am 5.7). Elas perverteram o direito do próximo. Não aceitavam a repreensão. Aborreciam na porta aqueles que os repreendiam (Am 5.10). O portão de qualquer cidade era o lugar onde a justiça era administrada (Dt 22.15). Se um profeta ou juízos repreendessem, sofreria represálias. Por uma questão de conveniência, muitos se silenciaram (Am 5.13).

Os pobres eram pisados, extorquidos e explorados (Am 510) também eram rejeitados nos tribunais de justiça (Am 5.12). Seus direitos eram violados (Am 2.7;4.1; 5.11). Amós denunciou a prática do suborno (Am 8.4,6) e cumpriu o seu papel de responsabilidade social ao denunciar a injustiça. A ira de Deus. na pregação de Amós era a justiça divina reagindo contra as injustiças humanas.

3. Adoração com justiça. Conforme vimos, apesar dos múltiplos pecados e das injustiças sociais a adoração nos espaços supostamente “sagrados” continuava de forma natural. Os “ricos injustos’ gostavam de frequentar os santuários e exibirem seus sacrifícios sonegando a Deus a verdadeira adoração (Os 8.13; Am 5.22). O sacrifício desprovido de justiça representava uma transgressão ao Senhor. Os cultos foram embelezados.com a contratação de levitas Muitos músicos profissionais que não descendiam da linhagem de Levi foram contratados para tocar nestes templos. A musica oferecida para as pessoas era excelente, enquanto a adoração sincera a Deus era precária (Am 5.23).

O espetáculo em volta do culto maquiava a superficialidade da adoração. Amós declarou que a adoração era como “estrepito: um “barulho ensurdecedor” diante dos ouvidos do Senhor (Am 5.23); Deus não estava aceitando aquela adoração sincrética, espetaculosa teatral e desprovida de justiça. Os cânticos cultuais perdem o valor quando não há arrependimento sincero (Am 8.3) A adoração crista não é apenas um item da liturgia, mas uma prática de vida uma resposta obediente a Palavra de Deus (Sl 51.17; 119.10; 1 Jo 2.24). Mais do que adorar a Deus somente com as lábios, adoramos ao Senhor com nossas vidas.

SUBSÍDIO

“O cenário religioso e social de Israel era de total descaso para com as coisas de Deus. Os sacerdotes se aproveitavam de suas funções para tratar de seus próprios interesses e se tornarem ricos. Quem tinha dinheiro podia comprar sentenças judiciais e juízes corruptos usurpando o direito dos mais necessitados: Pai e filho dormiam com uma mesma prostituta. E todas tinham a certeza de que, se seguissem os ritual descritos na te de Moises, não precisaram se preocupar com as vidas pessoais.

A situação em tão séria que Deus deu a Amós uma visão em que apareceu um prumo, um instrumento com o qual uma parede era medida para que se verificasse se estava reta ou não. Como prumo, um hábil o construtor poderia ver se a parede poderia ser aproveitada em uma reforma ou se deveria ser demolida para que outra fosse colocada em seu lugar. E o prumo de Jeová mostrou que a parede Israel estava torta.

Essa falta de retidão não era demonstrada apenas na forma como cultuavam, mas principalmente na forma como os mais abastados tratavam os mais carentes, exigindo deles tributos e fazendo pouco caso do que a lei ordenava a ajuda aos pobres (COELHO, Alexandre: DANIEL Silas Rio de Janeiro: CPAD 2012 p. 33).

CONCLUSÃO

A justiça social pregada por Amos aponta para a obediência aos princípios da Palavra de Deus. Devemos lembrar de que os fundamentos da verdadeira religião são constituídos pela forma como tratamos o próximo. Adoração sem justiça é uma ofensa a Deus. Uma religião que diz honrar a Deus, mas despreza, explora ou oprime o semelhante e uma fraude. Amos nos ensina que a verdadeira adoração exige comunhão vertical, com Deus, e horizontal com o próximo

HORA DA REVISÃO

1. Qual o conteúdo da profecia de Amós? Sua profecia condena a idolatria e denuncia as injustiças sociais.

2. Quem era Amós? Amós era um pastor de Tecoa (Judá) que também trabalhava como boieiro e cultivador de sicômoros. Ele era um camponês, um legitimo representante das classes mais simples.

3. Na época de Amos qual era o estado politico e religioso de Israel? Israel vivia um tempo de paz e de grande prosperidade material. A religião tinha só corrompido. A adoração a Jeová permanecia concomitantemente ao paganismo religioso e a idolatria.

4. Por qual motivo Jeroboão Il investiu nos cultos religiosos embelezando a liturgia e construindo novos espaços de adoração no Norte? Por razões politicas O objetivo principal era entreter os nortistas a fim de que eles não cultuassem ao Senhor em Jerusalém, assim a riqueza do Norte não afluiria para outra região politica

5. Por que Deus rejeitou a adoração praticada em Israel naquele periodo? Além do problema da idolatria, a adoração era teatral, desprovida de atitudes de justiça e amor para com o próximo. Rituais extemos não constituem a verdadeira adoração. A adoração que agrada a Deus é feita a partir de um coração justo.